Num tenho mucho o que falar hoje, então vou só deixar meu twitter aqui mesmo @ceuatelua, chamem lá! Espero que gostem, beijoo!
Com amor, Mar.
____________________________________Eu estava radiante com o dia, e nem conseguia dormir de tanta felicidade. Já era madrugada e Vitória já dormia calmamente ao meu lado. Infelizmente tive que desfazer a cena que me deixou de coração derretido a horas atrás, tirei Lis do peitoral de Vi e a coloquei pela primeira vez em seu bercinho. Eu estava receosa por ser a primeira noite da minha pequena em casa, por esse motivo deixei a porta aberta e não parava de ir em seu quarto checar sua respiração.
Olho o relógio, duas e vinte e dois da madrugada, e quando estava me preparando para tentar dormir, ouço o choro alto e estridente da minha filha. Levanto da cama em um pulo e corro para seu quarto, meio desesperada e sem saber o que fazer.
-Okay, o que você quer, pequeninha?—Pergunto regada de confusão, enquanto a pego no colo. Lis ainda chorava alto e seu rostinho já estava ficando vermelho.
-Ela deve tá com fome, Ninha. —Ouço a voz de Vitória e me viro para sua figura sonolenta na porta.
Obvio que ela estaria com fome, eu deveria saber disso. Tudo bem, como eu faço isso? Sento na poltrona branca com minha pequena no colo.
-Quer que eu saia?—Vi pergunta e eu nego com a cabeça, ela então entra no quarto e se aproxima.
Tento lembrar das coisas que a enfermeira me disse mais cedo e assim reproduzir. Abaixo uma das alças do pijama revelando meu seio e a levo até ele. Lis não para de chorar, e não faz nem menção de se aproximar do peito, o que me faz olhar para Vi desesperada. Lembro das palavras da enfermeira, falando que se ela não conseguisse mamar seria necessário outro tratamento.
-Ela não quer, Vi. —Digo chorosa. Pensar em voltar para o hospital e vê-la naquela situação novamente me fazia querer entrar em pânico.
-Calma, Ana. —Vitória se aproxima e ajoelha ao meu lado. —Cê tá com fome, plincesinha? Então bora comer? —Ela sussurra na direção de Lis e a ajusta novamente em meus braços, Lis parece procurar meu peito e só então a aproximo mais. Seu lábio superior encosta no meu mamilo e só então ela abocanha. Sinto um desconforto enquanto ela tenta sugar, mas não vejo ela tendo sucesso. Respiro fundo tentando me acalmar e vejo Vi fazer carinho nas costas dela. Depois de algumas tentativas, quando eu e minha filha já estávamos quase em prantos, ela consegue.
Dói, é uma sensação esquisita, muito esquisita.
-Tá vendo, mamãe. Eu consegui. —A mulher ao meu lado fala com a voz fininha me fazendo sorrir entre meu rosto já de expressão chorosa. Olho para baixo vendo Lis, que deveria estar faminta, puxar o leite de forma cada vez mais rápida. Sinto um alívio no coração. A verdade é que depois de tudo eu ainda era a pessoa mais medrosa do universo, e quando se tratava do meu serzinho, que ainda era tão pequenininha e já havia passado por tanto, é que eu queria proteger e prevenir.
Ana Lis segue por longos minutos se alimentando. O quarto estava silencioso, Vitória praticamente dormia com a cabeça encostada no braço da poltrona e eu já estava sonolenta também. Quando a vejo largar o peito e se aninhar, já dormindo, ao meu corpo, levanto e a coloco de maneira mais delicada possível no berço. Vi desperta assustada e sinto vontade de rir, mas apenas pego em seu braço e a guio até meu quarto. Ela se joga na cama e rapidamente fecha os olhos, e eu, desligo a luz e faço o mesmo. A vejo juntar seu corpo no meu e me puxar para um abraço cansado, e eu, aconchegada nos braços da minha mulher, deixo o sono me tomar por completo.
Desperto sentindo falta do calor do corpo de Vitória junto ao meu. Tateio ao meu lado na cama e não a sinto, então abro os olhos rapidamente não a vendo ressonar ali. Levanto da cama lentamente, ainda sentindo meus olhos pesarem e saio do quarto. Já parecia estar tarde, o que me faz pensar a quanto tempo eu não havia me dado o luxo de dormir tanto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Segundo sol
RomanceAna Clara estava no meio do caos, literalmente. Sofrendo às consequências de um suposto erro, sua vida muda de cabeça para baixo, sendo obrigada a sair de sua pequena Araguaína para encarar a grande selva de pedra, São Paulo. Quem dera ela esse foss...