OI OI VOLTEI! Então gente, sinto muito pela demora viu, mas é que esses dias tão sendo corridos que só pra mim, num to tendo tempo pra nada. Primeiramente gostaria de agradecer aos comentários, to muito feliz que ces tão gostando! Também queria deixar claro que a gravidez vai sim ter um desenvolvimento bom, mas no momento to focando mais nelas se conhecendo, calmai que jajá tem mais drama! Deixem seus comentários, adoro ler tudin <3 e se quiserem falar comigo, to la no twitter no arroba ceuatelua. Espero que gostem do capitulo! Beijo, Aninha.
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Sinto os olhos pesarem enquanto troco de acorde, ainda era manhã, mas não era tão cedo. O sono e cansaço consumia meu corpo, mas não havia sido uma madrugada perdida em vão. Por volta das duas da manhã, quando meu olhos quase fechavam pra dormir, ouço meu celular tocando, coisa que não acontecia a tempos. O pego rápido e assim que atendo, ouço o sussurro animado da minha irmã mais nova. Meu coração se encheu de emoção naquele momento, ela me falou que pegou meu número novo com Barbara, e que estava ligando escondido dos nossos pais pois eles não queriam que ela tivesse qualquer contato comigo. Luana tinha quatorze anos, e pelo que me disse, não estava tendo a adolescência que merecia. Ela não podia sair de casa, nem usar o celular sem fiscalização. Sinto um peso enorme na consciência e uma vontade de chorar, se não fosse por mim, ela não estaria sofrendo, e me conhecendo tão bem, ao ouvir minha voz amargurada, se prontificou a dizer que não ligava para aquilo, e que até gostava de viver perigosamente, fugindo das regras da casa que mais parecia uma prisão. Passamos quase toda a madrugada conversando, ela me fazia gargalhar quando contava sobre tudo de Araguaína da maneira mais engraçada possível, não deixando escapar nem mesmo o novo cabelo vermelho da vizinha. Após tanto e tanto papo, logo era de manhã e tivemos que nos despedir. Luana me prometeu que ligaria sempre que desse, e me fez prometer que cuidaria direitinho do seu sobrinho. Não deu tempo nem de dormir dez minutos, eu já levantava da cama e me arrumava, fazendo minha rotina matinal de sempre e seguindo para o parque.
E cá estava eu, bamba de sono e sem a mínima atenção, como sempre.
-Cupcake pra tu. –Ouço a voz rouca atrás de mim, viro e me deparo com o mesmo sorriso largo que me acompanhava a quase um mês.
Pois é, Vitória, por alguma razão ou circunstância, estava aqui todo santo dia desde quando falei que queria sua presença. Duas semanas depois, onde nossa convivência era resumida em sorrisos tímidos e muita cantoria, eu me perguntei o que ela fazia da vida e porque dedicava tanto tempo a minha insignificância, e foi então que resolvi a questionar. Acabei descobrindo que ela tinha dezenove anos assim como eu, fazia teatro no turno da noite, que largou direito e veio para São Paulo sozinha por sua vocação ser a arte, e que foi totalmente apoiada por sua família. Durante esse tempo nós conversamos tanto, sobre tudo, mas eu era totalmente seu oposto, ela era bastante aberta e descontraída, e não parecia ter qualquer filtro sobre contar algo de sua vida, ela só tratava tudo de boa. Já eu, por ser mais fechada, ainda não a comuniquei sobre nem um terço da minha vida, incluindo minha gravidez, mas ela não parecia se incomodar, as vezes perguntava algo, mas nada muito profundo e pessoal, acho que ela já percebia como é o meu interior. A verdade é que sua presença estava sendo essencial na minha vida, não sei o que seria se estivesse largada sozinha no meio desse caos.
-Obrigada, Vitória—Pego o bolinho e sorrio em sua direção. Ela se senta ao meu lado, colocando a mochila do lado e pegando uns papeis de dentro dela.
-Demorei um pouquinho hoje, tive que correr pra tomar café da manhã na padaria que por acaso tava lotada. 'Vamo' supor que eu quase incendiei uma panela hoje.—Ela fala séria e eu a encaro, prendendo o riso. Olhando pra minha cara, ela acaba soltando a risada, e eu a acompanho.
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Segundo sol
RomanceAna Clara estava no meio do caos, literalmente. Sofrendo às consequências de um suposto erro, sua vida muda de cabeça para baixo, sendo obrigada a sair de sua pequena Araguaína para encarar a grande selva de pedra, São Paulo. Quem dera ela esse foss...