Marte.

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Mozão, obrigada pela enorme ajuda nesse e em quase todos os capítulos, Segundo sol é nossa, te dedico! Tu é foda! Amo você demais. Beijo.

Com amor, Mar.
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Acordo logo cedo junto a Vitória, com um sorriso no rosto lembrando do dia anterior. Hoje voltaríamos para São Paulo, Vi precisava voltar para as aulas e eu, precisava começar a procurar por um emprego. Organizei tudo rapidamente e depois fui ajudar Vitória com a sua mala que sem duvidas alguma era a coisa mais bagunçada que eu já havia visto na vida. Quando finalizamos tudo, levamos para o carro de Feli, sobre os olhares tristes de Dona Isabel que já amargurada comentava da saudade que sentiria. Por fim, tomamos café rapidamente, e fomos nos despedir.

Vitória passou longos minutos abraçada com sua mãe, com os olhinhos de cor que eu ainda não havia descoberto, cheios de lágrimas. Dona Isabel sussurrava coisas para ela que eu não me permiti me aproximar para escutar, pois obviamente, era um momento delas.

Minha sogra anda até mim assim que se desvencilha do abraço com a filha, e eu então a abraço forte.  Por meio do afeto, a agradeço pelos dias ali me presenteado, pela hospitalidade, pelo acolhimento que aquela família se dispôs a depositar em mim e na minha pequena.

-Volte sempre, Ana. Eu já disse mil vezes, mas você já é de família. Já te considero filha assim como considero Ana de Sabra. Você é sempre bem vinda aqui. Você e minha netinha. —Dona Isabel fala após nos afastarmos e eu, de olhos marejados também, a agradeço de profundo coração. Aquilo era importante para mim.

Acolhimento, proteção, consideração.
Foi o que veio junto ao meu segundo sol.

Quando nos despedimos de todos, entramos no carro de Feli. Dessa vez, ele nos levaria até Palmas para então pegarmos o vôo.

Durante todo o percurso passamos rindo. Vitória não parecia triste pela despedida, na verdade eu sabia que ela sentiria tanta saudade quanto qualquer um daquela casa, mas o sentimento que prevalecia dentro de si ali era gratidão. Sempre gratidão. Ana, namorada de Sabra havia vindo junto com Feli para o fazer companhia durante a volta, e ela, durante toda a estrada, fez graça pra Lis, que abria cada sorriso gigante em sua direção, nos fazendo rir da mesma maneira.

Naquela situação, não vimos nem o tempo passar, quando nos deparamos, já estávamos em frente ao aeroporto. Feli nos ajuda com as malas e quando tudo já havia sido feito, nos despedimos novamente. Eu odiava despedidas. Abraço Ana enquanto Vi e seu primo tinham seu momento, e ela fala que estava feliz demais de não ser a única nora chamada Ana de Dona Isabel, me fazendo rir. Abraço Feli também e eles vão embora, nos deixando ali no aguardo do vôo.

O vôo é chamado e andamos até o portão de embarque. Dessa vez, Lis não dormia, parecia mais inquieta que nunca, mas não era um problema até então. Quando estávamos devidamente acomodadas em nossas poltronas, Vi pega Lis do meu colo e a nina para tentar faze-la dormir. Eu acabo encostando a cabeça em seu ombro e pelo jeito, dormi toda a viagem, pois algum tempo depois sinto Vitória me cutucando avisando que havíamos chegado.

Quando chegamos no meu apartamento, deixo as malas em qualquer lugar e me jogo no sofá, sendo acompanhada pelo riso de Vi. A encaro.

-Ta cansadinha? —Ela pergunta e eu faço que sim com a cabeça, cheia de manha. —Descanse, amor, tenho planos para nós essa noite.

-Planos? Er...Que planos? —Sento no sofá de imediato, engasgando com a saliva e forçando tosse para desengasgar. Vitória ri alto, fazendo Lis se mexer em seu colo.

-Vinho, Ninha. Calma. Só Vinho. —Ela fala entre risos me fazendo corar. Volto a deitar no sofá. —Vamos pra cama. Bora.—Ela me estende a mão e eu a seguro, sendo guiada cheia de sono até o nosso quarto. Deito na cama com a roupa que estava mesmo e Vi deita ao meu lado, colocando nossa filha , ainda acordada, entre nós.

Segundo solOnde histórias criam vida. Descubra agora