As três Ana's

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Ei tu, vim matar um pouquinho a saudade que eu tava dessa história e de vocês! Espero que gostem!
Ps: A capa linda do capítulo quem fez foi a Cat, obrigada coisa linda, você arrasa!

Com amor, Mar.
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Ana Clara

-Assim, filha. Coloca esse dedinho aqui, esse aqui e esse aqui.—Posiciono os dedos de Ana Lis em cima das cordas de Merli, o pequeno violão que tínhamos dado a ela em seu aniversário de sete anos, formando um dó aparentemente perfeito, até o momento que ela passa os dedos pelas cordas e o som estranho soa pela sala.

-Está quase bom. Vamos tentar mais uma vez?—Elogio após ver a cara de frustração da minha pequena.

-Mamãe, isso foi bem ruim.—Lis suspira e eu acaricio seu rosto, a fazendo olhar para mim.

-Nada que você não possa contornar. Vamos, tente mais uma vez.—A encorajo e logo após ela posiciona os dedinhos com dificuldade, nas cordas que havia mencionado anteriormente. Lis novamente passa os dedos sobre as cordas e dessa vez o som sai mais limpo, não perfeito, mas bem melhor que da vez passada.—Ta vendo florzinha de lírio. Agora é só treinar os acordes que te ensinei e pronto, você já tem sua primeira música.

-Obrigada mamãe—Lis fala animada, deixando o violão cuidadosamente sobre o sofá e se jogando em meus braços.

-Hm, que abraço bom. Será que eu mereço um desse também?—A voz rouca da minha esposa soa pelo lugar chamando nossa atenção.

Vitória Falcão estava em pé em frente a porta de entrada do apartamento, de braços abertos e de sorriso grande no rosto. Seu rosto parecia cansado, ela estava empenhada nas ultimas semanas em sua personagem na nova peça que faria, sendo mais uma vez, escolhida para ser a protagonista.

-MÃE—Lis corre em sua direção, pulando em seus braços. Vi levanta, a girando, como fazia todos os dias, fazendo nossa filha gargalhar.

-Oi minha plincesa. Como foi seu dia?—Vi pergunta andando em minha direção com dificuldade por possuir uma Lis já não tão pequena no colo. Levanto do sofá me aproximando dela.—Oi coisa linda

-Oi amor.—Sorrio, depositando um selinho breve em seus lábios.

-Foi bem legal. Hoje a professora passou mais um trabalho e ainda sorteou as duplas, acredita que não cai com Lena? Ainda bem que o Gabriel quis trocar comigo.—Ana Lis desata a falar, animada. —E mamãe estava me ensinando violão, sabia que quase aprendi uma música inteira?

-Sério mesmo, florzinha? Depois quero ver tudinho, do trabalho até a música, okay?—Vitória dá corda, falando também animada e recebendo uma confirmação sorridente de nossa filha.

-Vá lavar as mãos para jantarmos, Lis.—Peço, fazendo a criança sair saltitando em direção ao banheiro.

Assim que Ana Lis sai do cômodo, vejo Vitória olhando rapidamente para os lados antes de me puxar pela cintura para mais perto, me fazendo rir baixo de sua atitude desconfiada como se ainda fossemos adolescentes.

-Você é muito linda, sabia?—Ela pergunta retoricamente e por mais que tivéssemos anos de convivência, ainda ficava constrangida com seus elogios aleatórios.

-Você diz todo dia, Vi.—Acaricio seu rosto devagar, a fazendo sorrir em minha direção.

-Eu só falo verdades, né Naclara.—Seu sotaque parece mais forte na frase, me fazendo rir.—É pra você não esquecer nunca, Ninha, não esquecer nunca que é a mulher mais linda do mundo, e que eu te amo cada dia mais.

Segundo solOnde histórias criam vida. Descubra agora