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Carla narrando

Simplesmente amei ter passado aquelas horas com o Tomás e sua família. Todos foram muito legais comigo. A mãe dele era simplesmente uma pessoa maravilhosa, e uma mulher incrível. Ela me contou tudo que passou com Edgar e Tomás, e com certeza ela estava na lista de pessoas que admiro.

Edgar era meio doido, mas eu adorei o jeito dele. A cada segundo ele me fazia rir.

Me despedi de todo, e agradeci a eles por me receber. Ela era muito mãezona. Ela me abraçou calmamente.

— Obrigada por tudo. - eu disse em seu ouvido.

— Eu que agradeço meu bem. - ela disse no meu ouvido.

Saí de mãos dadas com o Tomás. Ele subiu na moto, e em seguida eu subi. Aquela sensação de estar andando com ele, não tinha explicação. Era muito boa. Abraçar o corpo dele naquele momento é algo sem igual. Ele parou a moto.

— Eu quero sorvete. Quer também? - ele falou rindo.

— Quero.

Ele comprou nosso sorvete, e nos sentamos na mesa da sorveteria.

— Seja sincera... Gostou de passar o dia comigo? - ele perguntou.

– Quer a verdade? - falei séria.

— Quero. - ele disse em um tom preocupado, porque não sabia a minha resposta.

— Esse dia podia não terminar nunca, só para eu poder ficar mais com você. - falei as ultimas palavras num sussurro, pois estava morrendo de vergonha. Ouvi quando ele empurrou a cadeira. Onde ele vai? Tá bem. Ele se sentou ao meu lado. Colado em mim. Fiquei sem jeito e comecei virar a cabeça para vários ângulos.

— Eu não quero que esse dia termine. - ele disse perto do meu ouvido, e fiquei arrepiada. Fechei os olhos.

— Não me leva de volta.

— Eu preciso. Mas tenha paciência. Eu vou ajudar você.

A essa hora, já sentia a respiração dele bem perto do meu rosto. Minha boca estava entreaberta, e não conseguia fecha-la. Queria que ele me beijasse. Tomás colocou a mão nas minhas costas, puxando-me para perto dele. Coloquei minhas mãos em seus ombros. Nossas bocas começaram a se encostar. A dele também estava entreaberta. Ele pressionou um pouco mais meus lábios com os dele, e aquilo logo virou um selinho demorado e gelado. Estava respirando muito pesado, e ele também. Logo, sua língua pediu espaço para que o beijo se aprofundasse mais. Não hesitei, e abri a boca lentamente.

A sensação de ter os lábios dele nos meus era a coisa mais perfeita que eu já senti. Ele me beijava com calma, explorando cada centímetro da minha boca, e eu fazia o mesmo. Ele acariciava as minhas costas, e coloquei meus braços em volta de seu pescoço, fazendo carinho em sua nuca. Logo, comecei a sentir calor. Mas não calor de um sol de 40°. Era um calor bom, se é que isso existe. Interrompemos o beijo, e encostamos nossas testas.

— Eu estou apaixonado por você. - ele disse. Toquei no rosto dele.

— Eu também estou apaixonada por você. - sim. Eu estava loucamente apaixonada por ele. Ele tomou meus lábios novamente. Não podia estar mais feliz.

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora