38

574 38 2
                                    

Tomás narrando

Abri os olhos lentamente e olhei para o teto. Imagens da noite passada vieram a minha cabeça e sorri passando o olhar para a mulher mais linda do mundo deitada sobre o meu peito com um pequeno sorriso em seus lábios e abraçando-me levemente. O lençol cobria algumas partes dos nossos corpos, mas podia ver uma de suas pernas descobertas. Passei a mão em seu rosto de leve e beijei o topo de sua cabeça.

Tirei seu braço calmamente de cima de mim e a arrumei na cama. Levantei-me, fiz minha higiene e coloquei minha cueca, indo em direção a mesa pegar meu celular. Sentei na beirada da cama e liguei-o, recebendo em seguida, uma porrada de mensagens e todas do Edgar.

"E ai garanhão? Como foi a noite? Espero que tenha sido carinhoso com a Carla."

Ri com essa mensagem e li a última que ele mandou.

"Tomás, deixei uma mochila com roupas pra vocês dois na recepção. Liga pra eles, que vão entregar no quarto. O voo está marcado para as 14:00 e estaremos lá esperando vocês. Quero os detalhes mais tarde.

Fui até o telefone do quarto e disquei para a recepção, que disse que logo estaria aqui com a bolsa. Não demorou muito e eles chegaram, então aproveitei pra pedir café.

Pensei em tomar um banho, mas olhei pra cama e a tentação de esperar por ela foi maior. Olhei as horas no meu celular e já eram 10:00 da manhã. Me deitei ao lado de Carla e comecei a beijar seu rosto e seu pescoço. Ela riu baixinho e abriu os olhos.

— Oi linda. - falei pra ela, que se espreguiçou.

— Nem acredito que vou ser acordada assim pro resto da vida. - rimos. – A parte ruim é que nunca vou poder olhar pra você.

— Mas pode pegar suas belas mãos... - trouxe suas duas mãos até o meu rosto. – E me tocar todos os dias. - Carla me puxou pra perto de si e a beijei.

— Eu te amo. – ela disse entre o beijo.

— Eu também. – falei pra ela.

Fomos interrompidos por duas batidas na porta do quarto e era o nosso café, que tomamos na cama e conversamos. Ela pediu que eu contasse um pouco sobre as viagens que fiz pelo mundo com a banda e também sobre o país que iríamos visitar. Eu gostava de Tulum, então contei sobre as praias e os lugares históricos que já havia visitado por lá.

Pela primeira vez, iria viajar pra lá sem o roteiro principal e de sempre, que consistia em ir a festas, beber, pegar mulheres, fazer sexo, beber, pegar mais mulheres e beber. Eu já disse beber e pegar mulheres?

— Tomás. – ela me chamou baixo.

— O que? - perguntei tomando um pouco do café.

— Será que a Cintia pode machucar alguém? - ela abaixou a cabeça. Coloquei a caneca de café na bandeja e a mesma na mesa de cabeceira. Sentei-me ao lado da Carla.

— Olha, não quero que se preocupe com isso. O Artur vai cuidar de tudo. Logo, isso acaba. - abracei e ela me correspondeu calmamente, pois tentava se cobrir com o lençol. – Agora, abre a boca. - peguei um morango e coloquei na boca dela, me deitando sobre a mesma, que ria.

— Se tentarmos de novo... - ela respirou fundo. – Vai doer como da primeira vez? - ela disse um pouco mais segura e não sussurrando como ontem.

— Não. - falei no ouvido dela, que se arrepiou. – A segunda vez é sempre melhor. - ela riu e acabei rindo junto.

— Quero tentar de novo. – ela falou no meu ouvido.

Dei um beijo em seu pescoço e fui retirando o lençol de seu corpo, que ela calmamente foi me ajudando a tirar. E mais uma vez ela estava ali, sem nada na minha frente. Carla não tinha o corpo tão avantajado como os das mulheres que eu costumava pegar, mas com certeza era a mais linda e maravilhosa de todas. Tirei minha cueca e fiquei por cima dela. Antes de penetra-la, passei as mãos levemente por suas coxas e podia ver sua intimidade já excitada só pelos meus toques em suas pernas. Queria poder fazer mais, só que não queria ultrapassar todos os limites nesses primeiros momentos. Teria que fazer isso pouco a pouco pra não assusta-la. Afinal, não sei qual será a reação da mesma perante outras situações.

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora