37

572 41 7
                                    

Carla narrando

— Agora segura ela Tomás. - após a cerimônia insistiram que fizéssemos pelo menos algumas fotos juntos e foi a parte mais engraçada. Tomás me segurou e começou a me rodar.

— Não Tomás. - comecei a rir, mas ele não parava. Depois me colocou no chão. — Agora eu tô tonta. - ele me abraçou, beijar-me em seguida.

— Tô chateado por não ter tido festa. - Edgar falou decepcionado. Mas mudou seu tom para mais animado.  – Então, para compensar, vamos fazer algo que jamais esquecerão quando voltarem. - fez uma voz maliciosa.

— Falei pra não deixa-los organizarem. - Tomás falou me dando um selinho em seguida.

— Eu não podia dizer não para os dois. - falei. – Eles estavam tão tristinhos. - ele tocou meu rosto.

— Já tô cansado.

— Eu também. Não quero mais fotos. - comecei a rir. — E o que vamos fazer agora? - perguntei.

— É surpresa. - me deu um beijo na ponta do nariz. — Vou falar com o Dylan e já vamos.

— Ok. - respirei fundo. Seria hoje o "dia D" e estou realmente preocupada. Nunca fiz...

— Tudo bem Carla? - Vitória chegou perto de mim.

— Eu tô bem sim. - tentei falar o mais natural possível. Vitória me abraçou e ficamos conversando sobre coisas aleatórias, mas minha cabeça estava em outra coisa.

— Acho que podemos ir. - Tomás disse me abraçando por trás.

— Amanhã estaremos no aeroporto para nos despedirmos. - Vivian disse se aproximando e me abraçando.

— Eu estou com medo. - falei no ouvido dela. — E se ele não gostar? E se ele ficar bravo quando souber que não tenho experiência nenhuma com aquilo?

— Ele sabe que você não tem experiência. Não se preocupe que Tomás vai cuidar muito bem de você querida. - ela disse desfazendo o abraço e tocando no meu rosto. — Eu estou tão feliz por você. - sorri pra ela e fui me despedir dos outros junto com Tomás. Logo saímos da casa dele e chegamos a rua.

— Sabe de uma coisa? Não tivemos nossa dança. - Tomás disse quando fechou o portão.

— É verdade. - falei rindo, enquanto ele me puxava pra perto de seu corpo quente, envolvendo a minha cintura com o braço. — E qual vai ser a nossa musica mesmo?

— Bem... Vamos encontrar uma. - Tomás deu uma risada rouca no meu ouvido, o que me fez arrepiar.

— Estamos dançando na rua? Assim... No meio da rua? - perguntei incrédula e gargalhando.

— Estamos. Mas não se preocupa, porque a rua está deserta. E a noite está linda.

— Parece tudo perfeito.

— Já sei qual é nossa música. - começamos a nos mover lentamente de um lado para o outro. Ele respirou fundo.

[...]

Tomás cantava realmente bem. Sua voz tinha um tom baixo e rouco, o que me fez ficar mais apaixonada, se é que é possível ficar mais do que já sou. Deitei a cabeça em seu peitoral e fiquei ouvindo as batidas de seu coração.

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora