Carla narrando
— Agora segura ela Tomás. - após a cerimônia insistiram que fizéssemos pelo menos algumas fotos juntos e foi a parte mais engraçada. Tomás me segurou e começou a me rodar.
— Não Tomás. - comecei a rir, mas ele não parava. Depois me colocou no chão. — Agora eu tô tonta. - ele me abraçou, beijar-me em seguida.
— Tô chateado por não ter tido festa. - Edgar falou decepcionado. Mas mudou seu tom para mais animado. – Então, para compensar, vamos fazer algo que jamais esquecerão quando voltarem. - fez uma voz maliciosa.
— Falei pra não deixa-los organizarem. - Tomás falou me dando um selinho em seguida.
— Eu não podia dizer não para os dois. - falei. – Eles estavam tão tristinhos. - ele tocou meu rosto.
— Já tô cansado.
— Eu também. Não quero mais fotos. - comecei a rir. — E o que vamos fazer agora? - perguntei.
— É surpresa. - me deu um beijo na ponta do nariz. — Vou falar com o Dylan e já vamos.
— Ok. - respirei fundo. Seria hoje o "dia D" e estou realmente preocupada. Nunca fiz...
— Tudo bem Carla? - Vitória chegou perto de mim.
— Eu tô bem sim. - tentei falar o mais natural possível. Vitória me abraçou e ficamos conversando sobre coisas aleatórias, mas minha cabeça estava em outra coisa.
— Acho que podemos ir. - Tomás disse me abraçando por trás.
— Amanhã estaremos no aeroporto para nos despedirmos. - Vivian disse se aproximando e me abraçando.
— Eu estou com medo. - falei no ouvido dela. — E se ele não gostar? E se ele ficar bravo quando souber que não tenho experiência nenhuma com aquilo?
— Ele sabe que você não tem experiência. Não se preocupe que Tomás vai cuidar muito bem de você querida. - ela disse desfazendo o abraço e tocando no meu rosto. — Eu estou tão feliz por você. - sorri pra ela e fui me despedir dos outros junto com Tomás. Logo saímos da casa dele e chegamos a rua.
— Sabe de uma coisa? Não tivemos nossa dança. - Tomás disse quando fechou o portão.
— É verdade. - falei rindo, enquanto ele me puxava pra perto de seu corpo quente, envolvendo a minha cintura com o braço. — E qual vai ser a nossa musica mesmo?
— Bem... Vamos encontrar uma. - Tomás deu uma risada rouca no meu ouvido, o que me fez arrepiar.
— Estamos dançando na rua? Assim... No meio da rua? - perguntei incrédula e gargalhando.
— Estamos. Mas não se preocupa, porque a rua está deserta. E a noite está linda.
— Parece tudo perfeito.
— Já sei qual é nossa música. - começamos a nos mover lentamente de um lado para o outro. Ele respirou fundo.
[...]
Tomás cantava realmente bem. Sua voz tinha um tom baixo e rouco, o que me fez ficar mais apaixonada, se é que é possível ficar mais do que já sou. Deitei a cabeça em seu peitoral e fiquei ouvindo as batidas de seu coração.
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O amor é cego
Teen FictionAos 14 anos Carla perdeu a visão. E após isso sua família se distanciou e a vida perdeu sentido pra ela. Até encontrar Tomás, um baterista de uma banda muito popular, o problema é que o encontro só foi possível por conta de sua irmã, uma garota rud...