— Imagino que teremos uma recepção calorosa assim que os encontrarmos. –disse enquanto estávamos no táxi.
— Estou tão feliz de estarmos de volta. - Carla disse mais feliz que o normal e a abracei.
Assim que Artur nos deu a notícia de que Cintia havia finalmente sido presa, resolvemos voltar para casa, pois a saudade era imensa.
Todos sabiam que estávamos de volta, mas resolvemos não nos expor com uma chegada calorosa no aeroporto, para não fazer alarde. Faríamos isso na hora certa e todos saberiam da história aos poucos.
Carla não se aguentava de ansiedade. Queria rever a todos e é claro que eu também queria. Mas estava mais feliz ainda, porque agora viveríamos juntos na minha casa, que passaria a ser nossa.
O táxi parou em frente a casa. Paguei e descemos. Peguei nossas malas e guiei-a até o portão.— Agora... – destranquei-o. — Essa casa é nossa. - ela sorriu com os olhos cheios d'água.
Entramos e o tranquei de novo, colocando nossas malas em um canto do jardim.
— Tomás, o que vai... – ela deu um grito de susto, pois a peguei no colo.
— Nunca ouviu falar que o marido sempre carrega a esposa quando vão entrar na própria casa pela primeira vez? - ri e ela também. Abri a porta com Carla nos braços e entramos. Tomei seus lábios calmamente e ela correspondeu ao beijo.
— AEEEEE! - nos assustamos com aqueles gritos e coloquei-a no chão. — ELES VOLTARAM! - só o que vi foi Edgar e Vitória correndo em nossa direção. Nos abraçaram tão forte que chegou a doer, mas mesmo assim deu pra retribuir.
— VOCÊS ESTÃO DE VOLTA! – Edgar beijou meu rosto e em seguida o de Carla.
— CONTEM TUDO! ANDEM LOGO! NÃO ESCONDAM NADA! - Vitória disse e então, ela e Edgar nos soltaram dando-nos um momento pra respirar.
Depois disso, falamos com o resto do pessoal que estava lá, que era no caso: minha mãe, Dilan, Bete e Vivian. Todos estavam muito felizes com a nossa volta e queriam saber de tudo sobre a lua de mel.
Elas cercaram a Carla e depois de um mês praticamente sem se desgrudar um do outro, fomos separados. Elas faziam perguntas todas juntas e Carla tentava responder pelo menos por alto.— E como foi Tomás? - Edgar tocou meu ombro e o encarei.
— Ah, foi maravilhoso! - respondi me lembrando de tudo.
— E a Carla? Você tá se segurando né? Faça-me o favor de fazer aquela garota feliz. - Dilan falou em tom de advertência.
— Aquela garota... - olhei pra Carla que ria enquanto falava com a minha mãe. – É uma das pessoas mais importantes da minha vida e jamais irei deixa-la.
— É isso ai. - Dilan bateu nas minhas costas.
— Tá. Mas... – Edgar se intrometeu. – E como foi a primeira noite de vocês? –fez cara de criança curiosa.
— Edgar! - Dilan bateu na cabeça dele. – Intimidade de casal não se fala. Já te disse isso.
— Desculpa mas... – Edgar tentou se explicar.
— Olha... A única coisa que posso dizer é que é bem diferente.
— Diferente como? Posições? - Edgar perguntou alienado e Dilan e eu, reviramos os olhos.
— Não Edgar. É... Você sente algo que te faz sentir melhor.
— É... – Edgar pensou, sorriu. – Ainda não entendi.
— Puta merda! – Edgar olhou para o alto como se pedisse paciência.
— Edgar, você só vai entender quando estiver com a pessoa certa. Quando vocês dois fizerem pela primeira vez você vai entender o que quero dizer. – ele confirmou e olhou para as garotas.
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O amor é cego
Teen FictionAos 14 anos Carla perdeu a visão. E após isso sua família se distanciou e a vida perdeu sentido pra ela. Até encontrar Tomás, um baterista de uma banda muito popular, o problema é que o encontro só foi possível por conta de sua irmã, uma garota rud...