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Cintia narrando

— COMO ASSIM A CEGA DEU COM A LINGUA NOS DENTES? - estava completamente irritada. Estava em um beco sem saída.

— É como eu te falei. Ela abriu a boca e contou tudo. Estão armando de pegar vocês essa noite quando voltarem.

— Não podemos ir para casa. Precisamos ir para outro estado até sabermos o que fazer.

— Cintia, eu não posso fugir assim.

— Foda-se o que você vai fazer Diogo. Eu vou fugir e pensar em algo. - desliguei o telefone com raiva. Esse incompetente que deixei tomando conta de cada passo da Carla naquele curso.

Estava cercada de todos os lados, e a culpa era daquela maldita. Teria que fugir com meus pais para outro lugar até a poeira abaixar.

Comecei a andar de um lado para o outro. Para onde iriamos? Precisava por a cabeça no lugar até ter um plano para acabar de vez com a Carla, e dessa vez sem falhas.

Iriamos para Salt Lake City. Não é tão longe de L.A, e conseguiria ficar atenta não só aos passos da policia, mas também aos passos de Tomás e Carla. Peguei meu celular e liguei para minha mãe.

— Alô? - ela atendeu desconfiada.

— Pegue suas coisas e avise o pai. Precisamos ir agora. A ceguinha nos entregou.

— Nós não vamos Cintia. Chega de compactuar com seus planos sem fundamento por puro ódio e inveja! Não vamos receber mais ameaças suas!

— Se vocês resolverem desistir desse plano, eu mato a Carla ainda hoje.

— NÃO! Eu vou ligar para o seu pai e encontramos você ai! - desliguei o celular.

Precisava de um plano, e nele teria que estar incluído Tomás e eu no final. Juntos para ser mais específica. Carla nunca o terá. Ela pode achar que sim, mas na verdade a vida dela está prestes a se tornar um inferno.

 Ela pode achar que sim, mas na verdade a vida dela está prestes a se tornar um inferno

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Tomás narrando

Já era noite, e resolvemos ficar todos a espera da noticia da prisão dos três, na casa da Vivian. Bete se juntou a nós, assim como o restante dos familiares da Vivian que moravam com ela. Todos estavam completamente malucos por conta do casamento. Ideias novas surgiam toda hora, e cada uma mais doida que a outra.

— Posso falar uma coisa? - falei no ouvido da Carla, que passou a prestar atenção atentamente, enquanto o resto praticamente falava alto e riam. – Se eu pudesse me casaria com você agora e fugiria com você. - falei baixinho no ouvido dela que riu.

— Faça isso. - ela disse. Quando ia beija-la, meu celular tocou e todos pararam de falar. — Alô?

— Eles sumiram. - Artur disse desacreditado

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora