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Tomás narrando

Duas longas semanas se passaram, e eu estava padecendo nas mãos da Cintia. Ela me atormentava a cada dia, e me fazia sentir cada vez mais nojo dela. Dizia que queria conhecer minha família, porque iria se casar comigo.
Realmente, é maluca. Toda vez que eu ameaçava deixa-la, ela me falava coisas que iria fazer não só a mim, mas também a Carla. Eu queria falar com os pais dela, mas a mesma dizia que eu não sabia a verdade sobre a sua família.

Eu não tinha mais esperança.

Talvez, Bete devia ter se esquecido de tudo o que combinamos.

— Está tão longe ultimamente Tomás!O que está acontecendo? - Edgar me tirou dos meus pensamentos

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— Está tão longe ultimamente Tomás!
O que está acontecendo? - Edgar me tirou dos meus pensamentos.

— Não é nada!

— Tem certeza? Você anda tão estranho!

— Só umas coisas que andam acontecendo, mas nada com que deva se preocupar!

– Irmão, pode contar comigo para o que precisar! Mas não posso te ajudar, se você não me contar o que está havendo!

— Não se preocupe Edgar, está tudo bem.

Meu celular tocou.

— Alô? - atendo, enquanto olhava para
Edgar sentado a minha frente.

— Tomás? Sou eu, Bete! - sorri ao ouvir a voz dela.

— Eu pensei que não iria me ligar! - falei e Edgar me olhou com uma cara engraçada.

— Tínhamos que fazer a Cintia acreditar que vocês não estão mais se vendo, e nem pensando um no outro!

— Eu entendo! Então...

— As convidei para um chá depois do curso da Carla, para que ninguém desconfie.

— Tá bem, estarei presente!

— Está certo, tchau querido!

— Tchau.

Desliguei, e Edgar me olhava rindo. Começou a cantarolar.
— Tomás tem um encontro, Tomás tem um encontro. Tomás... AI! Obrigado pela almofada!

— De nada!

Comecei a me preparar para ir a casa de Bete. Finalmente, depois de tanto tempo longe da Carla, ia poder abraçá-la sem medo de sermos ameaçados.

Finalmente poderia vê-la rir para mim. Tomei um banho rápido, me troquei e fui para a casa da Bete.

— Ah, que bom que chegou! - ela disse me abraçando. — Pode se sentar, daqui a pouco elas chegam.

— Eu estou tão feliz! - disse me sentando.

—Você gosta mesmo dela não é? - Bete se sentou na minha frente.

— Gosto! Ela é diferente de qualquer garota que eu já conheci.

— Eu acredito, se não, não estaria fazendo isso por ela.

— Eu tenho medo que algo aconteça a ela... E se a Cintia fizer alguma coisa?

— Eu não posso garantir nada, pois essa menina é um enigma. Nunca se sabe o que ela pode fazer! Ela é doente!

Nesse momento a campainha tocou. Bete e eu olhamos um para o outro, e ela sorriu para mim.

— Vamos com calma para não assusta-la. - assenti, e fiquei no canto da sala sem fazer barulho.

Bete abriu a porta. Vivian entrou primeiro, seguida por Carla e Sammy. Ela estava do mesmo jeitinho de sempre, só que seu sorriso não estava radiante como antes.

— Oi meu amor! - Bete disse a abraçando.

— Oi Bete, sabe que eu não ando bem ultimamente, mas não pude recusar tomar chá com você.

— Que bom que resolveu vir Carla, eu tenho uma surpresa para você!

— Uma surpresa? Que surpresa? É tanta coisa ruim que me acontece, que qualquer surpresa é motivo de susto. - ela riu e aquele sorriso era perfeito.

— Vem aqui. - ela segurou a mão da Carla e a trouxe para perto de mim.

Bete fez sinal para que eu tocasse as mãos dela, e assim fiz. Senti um arrepio, e me deu uma vontade de chorar imensa. Mas não de tristeza, e sim de felicidade. Carla deu um sorriso largo e feliz, e deixou uma lagrima cair.

— Tomás?

— Oi.

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora