14.

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Eu vou atrás do menino.

- Oi.

Ele me olha e sorri.

- Ayla.

- Augusto.

Ele desce de um pequeno palanque e me abraça, abraço-o de volta.

- Vamos conversar?

Ele pergunta, e eu faço que sim.

Ele vem para uma boate conversar? Meio impossível, isso não acha.

O som, estava alto demais, e eu quase não entendi nada do que ele falava, ou era porque ele já estava mais para lá do que para cá.

- Sério?

Ele está falando sobre o liquido colorido que ele está bebendo, e eu tento segurar o riso.

E tento também de parar de pensar, por Miguel diz, que demostro demais isso.

- Sim, gatinha - ele pisca para mim - quer um pouco.

Miguel, dou uma olhada em volta, e o vejo, e óbvio que ele está acompanhado.

Volto meu olhar para meu acompanhante, que está brincando com um detalhe do meu vestido.

- Isso sai?

- Isso é da blusa - sorrio - o que acha de andarmos um pouquinho?

Meu gurda costas, nem está mais prestando a atenção em mim mesmo.

- Então, você gosta daqui?

Ele me olha, e assente.

- Eu sempre venho aqui - eu engancho ele pelo braço, vai que ele cai, eu não tenho força nenhuma para levanta ele do chão - as pessoas me chama pelo nome aqui.

- A é, e como é o seu nome?

Pergunto brincando, ele me olha sério.

- Não te falei meu nome? - ele pergunta - Sou Augusto.

Ele se aproxima de mim, e me dá dois beijos em minha bochecha. Mas, ele envés de sair de perto de mim, e fica bem próximo do meu rosto, me analisando.

- Você é bem bonita.

Dou um sorriso - obrigada.

Se estiver esperando para ouvir um: você também é lindo, é bom se sentar, porque não vai ouvir não.

Quando eu vejo que ele vai tentar me beijar, eu me afasto, e aponto para frente.

- Banheiro.

E saio em disparada, deixando ele ali. Eu fiquei com dó, mas meu eu não estava aquentando ele mais.

Entro no banheiro, e uso o mesmo, e pego um batom que eu tinha colocado na bolsa, e o passo bem devagar pelos meu lábios, quando escuto meu celular vibrar, pego o mesmo da bolsa, e dou uma olha, e nem desbloqueia a tela.

Sabe quando você, lê a mensagem com a tela bloqueada mesmo, para não mostrar que você leu, fiz isso, a mensagem era do Miguel.

" Coração, se importa de voltar sozinha, arrumei algo interessante aqui."

Eu não vou ter escolha mesmo, vou? Então guardo meu celular na bolsa, e volto para o meu batom, uma menina sai do banheiro, e eu limpo o que eu borrei, e meu celular toca, mas eu não atendo, dou um sorriso na frente do espelho.

- Seu celular.

A menina fala, me olhando.

- é só uma pessoa chata ou duas.

Pronta para isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora