24.

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Sexta-feira.

Não queria ficar em casa, escolhendo roupa o casamento, e nem para as duas festas que o casal iria fazer, sim, para mim isso era jogar dinheiro fora, eles vão ter três festas: a primeira, eu fugi. A segunda iria ser uma festa normal, e a terceira e última festa era um segredo, pelo menos por enquanto.

Fora, o casamento que ia ser domingo, e ainda ia ter a festa.

Meu deus, como uma pessoa pode querer tanta festa?

Então, como eu não estava afim de escolher roupa, e Miguel me deu folga para que eu fizesse isso, fui para o escritório, sim eu fui trabalhar, eu podia ter aproveitado, mas não, eu quis ir trabalhar.

Bobona, eu sei.

Bato na porta, e espero que ele diga entre, mas isso demora para acontecer, então como ali é minha sala também decido entrar, sem ser convidada mesmo, e eu to nem aí.

Mas, quando eu abro a porta, eu me arrependo amargamente.

Manu está sentada no colo de Miguel, ela está passando a mão no corpo dele, a cadeira está vira de costas para mim, e eles estão tão distraídos na brincadeirinha, que não percebem a minha presença ali.

Eu me sinto traída, e meu coração se aperta de leve, e eu fico chateada.

E eu fico com dúvida se eu devo ou não ficar ali ou não, mas como sou cabeçuda decido ficar mais um pouquinho, só um tiquinho mesmo, então a cadeira começa a se virar lentamente, e eu vejo que é Heitor que está sentado ali.

- Ai meu deus - eu resmungo para mim mesma.

Os dois, de costas são iguais, como pode? e eu fico parada olhando aquilo, ali bem na minha frente.

E levou um susto muito maior quando sinto uma mão me envolver firmemente pela cintura, e cobrir a minha boca pelo gritinho que eu tinha dado, e logo sinto uma barba, hum, um rosto encostar no meu ombro rindo, ou melhor, tentando conter uma risada.

- Xiu, coração, eles vão ouvir e vai acabar com a festinha deles.

Miguel diz sussurrando em meu ouvido, e me puxa ainda mais contra seu corpo, seus lábios estão grudados no meu pescoço.

- Não pensei que você gosta de assistir essas coisas.

Ele diz divertido.

Eu nego.

Ele me vira para ele, e tira a mão dá minha boca.

- Eu não gosto - me defendo - eu pensei que era você que estava ali.

Digo baixinho.

Ele me encara surpreso, e dá uma risadinha.

- Você ia ver eu fazendo isso? - nego com a cabela, ué eu ainda não sou doida para ficar uma coisa dessas - coração, olha o que você pensa de mim.

Eu engulo em seco, e em um movimento rápido ele me tira de frente com a porta, e me prende contra a parede.

- Miguel, o que você...

Eu não consigo terminar a frase, porque ele se aproxima seus lábios do meu, e os roça devagar, ela passa a língua pelos meus lábios, e chupa meu lábio inferior, e sela nossos lábios devagar.

- Então, era vocês.

Eu olho para o lado e vejo o casal que estava dentro da sala, parado encarando nós dois.

- Por isso que essa empresa não vai para frente.

Ah é, então? Quer falar vai ouvir.

- Pelo menos...

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