48.

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Ayla.

Eu estou totalmente sonolenta, eu acho que eu tinha dormido cedo, porque eu olhei para o relógio ao lado da minha cama, e ainda nem era meia-noite.

E, eu estava com uma dor de cabeça insuportável.

Levantei da cama, e fui na minha mala atrás de algum remédio para tomar.

Miguel tinha colocado um jarrinho de água, e um copo na mesinha que ficava ao lado da minha cama.

Peguei o copo enchi de água, e tomei o remédio.

Eu odiava sentir dor de cabeça.

Deito na cama de novo, e viro para um lado, me cobrindo em seguida.

E fico quietinha na cama, tentando pegar no sono, de novo, mas eu não consigo, eu contei carneirinhos, eu imaginei borboletas, mas nada resolveu, então, eu levanto da minha cama, envolvo a coberta em meu corpo, incluindo a minha cabeça.

E saio do quarto, coloco a mão na maçaneta da porta do Miguel.

E torço que a porta esteja aberta.

Abro a porta lentamente, e vejo Miguel esparramado na cama, eu fecho a porta rápido, sem fazer barulho, e caminho lentamente até a sua cama, estico o edredom, e me enfio em baixo com coberta e tudo, eu dou uma ajeitada na minha posição, e me viro ficando de frente com Miguel.

Ele parecia tão calmo dormindo, alias ainda mais calmo, porque ele era a calmaria em pessoa.

- Tá tudo bem?

Ele pergunta baixinho.

Como ele me viu deitando aqui, se ele estava quieto até agora.

- Só vamos dormir.

Dou um suspiro, e fecho meus olhos, e dessa vez não demoro quase nada para dormir.

Quando, acordo, eu me sinto renovada, sabe quando dormimos direito, então, eu estava assim hoje, me espreguiço e abro meus olhos lentamente, e vejo que eu estava sozinha na cama.

Gemo de prazer, e viro para o lado, e fico ali deitada quietinha, não me importando com nada.

A porta se abre lentamente, revelando um Miguel, que sorri para mim.

- Você está bem?

Ele se deita na cama ao meu lado.

- Sim, eu estou melhor.

- Ainda bem, fiquei preocupado quando você apareceu no quarto ontem.

Dou um sorriso de lado.

- Eu tava querendo colo, eu tava com dor de cabeça, e não estava conseguindo dormir.

Ele se vira para mim, me olhando.

- Você não me falou isso, ontem.

- Você estava dormindo.

Ele se senta na cama.

Ele fez uma careta - vem cá - eu me aproxima mais dele, e deixo minha cabeça se encostar em seu peito - estou te dando colo agora.

Dou uma risadinha.

- Eu liguei no lugar onde você comprou sua passagem, e consegui que eles devolvessem seu dinheiro.

Olho para cima, observando-o enquanto fala.

- E, tenho mais uma coisa para te contar.

- O que?

Pergunto baixinho.

- Você quer o almoço ou o café da manhã? - ele dá uma pausa - fiquei em duvida do que trazer.

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