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Duas horas da manhã.

Esse foi o horário que o meu querido Miguel, me fez levantar para irmos para o aeroporto.

Miguel tinha mudado completamente de ideia sobre ficar mais sois dias aqui no Rio.

Então, estávamos voltando para casa.

- Miguel, podíamos voltar por outro meio de transporte.

Resmungo, enquanto ele vai me puxando pelo aeroporto.

Ele estava me puxando, porque eu ainda estava dormindo em pé.

Fazer, o que?

Ainda é de madrugada, e eu estou morrendo de sono.

- Não, esse é mais fácil e rápido.

Eu solto um resmungo alto o suficiente, ele me encara.

- Fora que temos uma reunião cedo, então temos que chegar rápido.

Olho para ele.

- Primeiro, que você podia ter remarcado a reunião para outro dia e - faço o dois com os dedos - segundo, nos não temos reunião, você tem uma reunião, você esqueceu que eu pedi demissão?

É, eu ia continuar com essa ideia.

Até ele me contar toda a verdade.

Ele para de repente, e fica me encarando.

- Porque, Ayla? - ele pergunta - porque, eu não consigo entender o porque?

- Porque você mentiu para mim, e me enganou.

Digo, resmungando.

Ele fica me olhando como se parecesse tomar uma decisão.

- Ayla, fica trabalhando comigo até você conseguir outro emprego.

E lá vem ele falando de dinheiro, porque é isso que está induzido por trás.

- Não, Miguel – eu mordo minha bochecha – eu consigo me virar até conseguir outro emprego.

Ele fica em silêncio.

- O que eu faço para ter você de volta?

Olho para ele confusa.

Ele estava querendo dizer como amiga ou como companheira de trabalho?

- Ter a minha amiga, ter você comigo no trabalho – ele sorri – porque eu sei, que quando chegarmos em São Paulo, a probabilidade de ficarmos juntos, de se vermos, é quase mínima, e eu sei que vamos se separar.

Eu engulo em seco.

Por isso, eu não imaginava confesso.

- Miguel, no dia que você me contar toda a verdade.

Levanto um dedo pedindo silêncio, porque eu sei que ele ia abrir a matraca dele, para começar a tagarelar.

- Eu sempre vou estar lá, por você – dou um sorriso – sempre vou estar, é só ir me procurar que você vai me achar, não importa o que aconteça.

Ele fica me olhando, e se aproxima de mim.

- Eu digo a mesma coisa para você.

Eu abro um sorriso, e o abraço, um abraço apertado.

Porque eu sabia, que tudo que ele falou era verdade.

Aquela história de fingir ser namorada iria se acabar.

Nos não se veríamos com tanta frequência.

E, isso estava me machucando.

- Eu amo você.

Pronta para isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora