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Em plena quarta feira, eu estou dentro de um ônibus que não está tão lotado para minha sorte, indo para o trabalho. Eu estou cansada, não sei bem o porque, ah na verdade, eu sei sim, é por causa do campeonato, e da viagem.

E estou tão distraída que se o ônibus não dá um solavanco, eu perdia o meu ponto, aperto o botãozinho em cima, e o motorista para, ufa! não quero nem pensar que se ele não parasse, eu ia andar para burro.

Dou uma arrumada na minha roupa, e solto meu cabelo, e vou caminhando bem devagar, vou por um caminho diferente, e descubro um supermercado, e me animo na hora.

Eu amo um supermercado, só não me pergunte o porque, porque eu não sei a resposta, e eu vou ficar te devendo, ok?  

Dou uma olhada na hora, e dava tempo, começo a dar um passeada pelos corredores, em busca de alguma promoção, mas tinha nada, então decido ir embora, e continuo andando pela rua, até chegar no prédio.

- Bom dia.

Falo, e vou andando para o elevador, aperto meu andar, e vou andando e para a minha surpresa a Manu, não está na mesa dela, dou de ombros, quando eu escuto um grito alto chamando o meu nome.

- Oi.

Grito de volta, tentando identificar o grito.

- Você pode vir aqui no banheiro rapidinho.

Banheiro, que nojo, ela não consegue nem fazer as coisas em paz. 

Bato na porta do banheiro, com um aviso, e vou entrando.

- Eu preciso de papel.

Ela diz, de dentro de alguma cabine.

- Tudo bem, vou pegar.

Digo, into até o armarinho e pegando o que ela precisa, entro para ela, assim que ela me mostra os pés.

- Obrigada.

Eu saio do banheiro, e vou para a minha sala, procuro a minha chave na bolsa, e abro a porta, me sento na minha cadeira, e coloco minha bolsa de canto, coloco meu crachá, e penduro a chave de volta, e vou ligando o computador, vou ao banheiro, volto e tomo um pouco de café quentinho que estava ali.

Vou da uma olhada na mesa de Miguel, e aproveito para dar uma arrumada porque estava uma zona,  não leio nada, só organizo, e tal, vou para  a minha mesa e a arrumo também, e começo o meu trabalho, mas, eu estou tão cansada que não consigo me concentrar direito, dou uma olhada no relógio, e dou um sorriso.

- Miguel vai demorar para aparecer, e eu vou apagar mais só uns segundinhos, eu prometo.

E me escorre para a frente do assento, e deixo minha cabeça se encostar no encosto do assento, deixando meu cabelos todo para fora da cadeira, dou um suspiro, e até eu pegar no sono, só escuto barulhos.

Sinto algo molhado em meu pescoço, e eu passo a mão para tirar, me aconchego de novo, e sinto o molhadinho de novo, passo a mão de novo, até que sinto lábios no meu pescoço, seguidos por um estralho em seguida. Pera, lábios? Eu abro os olhos assustada, e dou uma escorregada da cadeira, algo segura a cadeira, e a mim, e quando eu vejo um Miguel risonho na minha frente.

- Não te pago para dormir, Ayla.

- Seu idiota - eu pisco - você me assustou.

- Tadinha dela - ele passa a mão no meu cabelo - agora acorda, meu pai vai entrar na sala em uns minutos, e não quero que ele te veja dormindo.

Dou um suspiro, e me arrumo na cadeira.

- Eu não estava dormindo.

- Não? - ele pergunta rindo - o que você está fazendo?

Pronta para isso?Onde histórias criam vida. Descubra agora