Pronta para isso?

81.

Algum tempo depois.

Já fazia um mês e alguns dias que o Miguel tinha ido para Minas, e eu tinha ficado em casa.

E, eu já estava morrendo de saudades, mas nós conversávamos todos os dias, mas não era a mesma coisa, parecia que faltava alguma coisa.

Eu não tinha me mudado, eu quis ficar no apê do Miguel, e resolvi me dedicar a decorar o meu apê, nos meus tempos livres.

Já que mesmo eu estando aqui, eu resolvia alguns problemas para o Miguel.

E, hoje era feriado, e eu estava arrumando as minhas malas para ir para a casa da minha mãe.

Já tinha arrumado tudo, separei os remédios, peguei as coisas dos cachorros.

- Preciso pesquisar como se leva cachorro em um carro para viajar.

Dou um suspiro, e dou uma busca na internet.

E, depois que eu peguei tudo, levei para o carro, voltei para casa, tranquei a casa inteira, coloquei os cachorros tristes nas coleiras.

Os cachorros tinham ficado sentidos, porque eles estavam quietinhos, e sempre vinham falar comigo depois que o Miguel foi viajar.

E, enfim.

- Vamos.

Digo, animada.

- Primeiro vou fazer xixi.

Corro para o banheiro, e aí sim, eu chego se eu fechei tudo, desliguei tudo, e vamos por o pé na estrada.

Desço com meus bichinhos, e coloco-os no carro, como eu tinha visto na internet.

- Agora sim, vamos torcer para não ficar transito, e não façam coisas erradas aí, se não o pai de vocês vai brigar comigo.

Ligo o rádio, e vamos.

O começo da estrada estava tranquila, mas depois de um tempo começou a ficar mais carregada.

Meus pais moravam no interior, em uma cidadezinha que fica a uma três horas.

E, eu estava doida para ir para casa.

Depois de parar por diversas vezes, finalmente eu cheguei em casa.

Minha mãe estava na rua conversando com uma mulher.

Embico o carro para a garagem, e saio de dentro do mesmo.

- Mãe.

Minha mãe era tão distraída que não tinha percebido que era eu.

- Filha.

Sai correndo para os braços dela.

- Você não me avisou que vinha.

Ela me abraça apertado.

- Eu quis fazer uma surpresa.

Ele me aperta mais.

- Vem, vamos entrar.

Abro um sorrisinho.

- Abre a garagem que eu vou entrar de carro.

Ela arqueia uma sobrancelha.

- Você não me contou que comprou um carro.

Ela diz, meio desconfiada.

- Não, comprei é do Miguel.

Ela se aproxima do carro, e os dois cachorros latem, fazendo ela se assustar e eu rir.

- E, veio com dois cachorros.