Pronta para isso?

63.

Eu estava tomando um banho, na verdade enxaguando meu cabelo, quando a porta do banheiro se abriu com tudo.

- Ei.

Eu resmungo.

- Preciso falar com você.

- Não dá para esperar eu sair do banho.

- Não - abro um olho para ver ele - estou tentando falar com você desde que chegamos em casa.

- Quando chegamos em casa, você foi fazer o almoço, e não quis tocar no assunto.

- Porque não era a hora - ele se defende - só que depois fui falar com você no seu quarto, e a porta estava trancada.

Espremo meu cabelo, e pego o condicionador.

- Eu estava dormindo, queria descansar.

- Pois bem, vou falar agora.

Olho para ele.

- Preciso que você vá comigo em um lugar hoje a tarde.

- Isso podia esperar eu sair do banho.

Nós tínhamos essa mania de querer conversar com o outro, quando o outro estava no banheiro, seja lá o que o outro estivesse fazendo, nós entrávamos e batiamos um papo.

- Não podia, porque você precisa se arrumar assim que sair do banheiro - ele levanta um dedo - e vamos em um jantar com os meus amigos depois que resolvemos o problema da tarde.

- Você só me fala isso agora?

Pergunto.

Do nada surgiu vários compromissos.

- Eu avisei que eu tentei avisar antes.

Ele resmunga.

- Tá bom, deixa eu terminar meu banho, e eu vou me arrumar.

- Agiliza, em.

Ele fala me provocando.

Dou um suspiro bem alto.

- Chato.

Eu grito.

Faço uma careta, e termino o meu banho, e me seco, e coloco a roupa que eu tinha planejado colocar, mas agora ela não seria mais útil porque ela podia ser vista como um pijama.

Por isso, eu resolvo ir no quarto do Miguel.

- ó Miguel....

Ele põe o dedo no lábio para que eu fique em silêncio.

Dou de ombros, e vou fuçar no guarda roupa dele.

Vai que eu acho uma roupa interessante, eu adoro usar as roupas dele.

Estou prestando a atenção na roupa, até ouvir o nome.

- Não, Amanda, não, eu já disse que eu vou, e vou levar a Ayla junto - ele revira os olhos - eu vou acompanhado, não vou ir para ver você, e não me interessa o você acha.

Eu dou um sorriso maquiavélico.

Miguel nega com a cabeça, ele sabia o que eu ia fazer.

Eu vou caminhando para a cama dele, e subo na mesma. Ele estava sentado na cama, eu colo um dos meus joelhos entre suas pernas, e começo a dar beijinho no seu pescoço.

- Desliga.

Eu peço baixinho, e mordo o lóbulo da sua orelha.

Ele suspira, eu dou uma risadinha, e começo a dar vários selinhos em seus lábios.