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- Depois, vou te apresentar cada cantinho da casa.

Miguel avisa, enquanto me sento em uma cadeira.

- Pode ser, mas quero só os lugares principais para não me perder.

Miguel ri.

- Ayla, aqui não é tão grande assim para se perder.

Eu reviro os olhos.

- Mas, eu preciso de um estralar de dedos, ou uma distração e eu me perco.

Ele ri, de novo.

- Ok, coração, pontos principais certo? - faço que sim.

A mãe dele que estava na cozinha, reaparece com uma travessa.

- Não se sirvam ainda, vou trazer o resto.

- Quer que eu te ajude? - pergunto já me levantando.

Ela nega.

- Miguel vai me ajudar - ela pisca para mim - você é visita, quero que fique aí.

Vejo Miguel se levantar, e eu aproveito para dar um olhada - discreta - pelo ambiente, a casa em si era bem simples, o problema era o tamanho dela.

- Agora, seja um homem educado, e sirva a sua mulher.

Ele me olha com ironia, mas o mesmo tempo seu olho brilha de diversão.

- Amor, coração, o que você quer comer?

- Amor, coloca o que eu gosto de comer.

Provoco-o.

Ele arqueia uma sobrancelha para mim, e depois sorri.

- Filho, vocês estão a um ano juntos, impossível que você não saiba.

Um ano. risos. acho que são dois, ou três meses, que nós se conhecemos.

- Vou por um pouquinho de tudo, porque eu sei que você adorar provar as coisas.

E, ele o faz, coloca um pouquinho de cada em meu prato.

- Obrigada.

Digo quando ele coloca o prato na minha frente.

Miguel serve a mãe dele, e em seguida se serve.

Ele se senta ao meu lado, e começamos a comer em silêncio.

- Filho reparei em uma coisa.

Olho para ela, assim com Miguel.

- Cadê a aliança de vocês?

Miguel e eu se entreolhamos, e eu sorrio.

- Nós decidimos não usar aliança.

Miguel concorda.

- Até porque, mãe, não houve um pedido oficial.

Olho para ele, confusa, o que ele ia apontar falando isso.

Não tinha sentido.

- Espera - ela sorri - você pediu ela em namoro?

- Ele pediu, só que de brincadeira - respondo - só que o que nós tínhamos foi ficando sério, e como já estávamos juntos, não comentamos mais nesse assunto.

Eu minto, e ela fica encarando Miguel.

- Filho, não acredito em uma coisa dessas - ela o repreende - pode tratar de resolver esse assunto, o mais rápido possível.

Miguel sorri para a mãe dele.

E pega uma da minhas mãos, e leva ao seus lábios, depositando um leve beijo ali.

Olho para ele, e abro um sorriso.

- Ai vocês são tão lindos juntos - ela suspira - o que vocês estão planejando fazer hoje?

- Eu queria ir dar uma volta na praia.

- Eu queria descansar - Miguel diz me olhando - mas, vou fazer isso depois de ver o mar.

Dou um sorrisinho para Miguel.

Terminamos de comer, e a mãe dele saiu para ir dormir, comecei a tirar os pratos da mesa com a ajuda de Miguel, e lavei a louça.

- Vem vou te mostrar a casa - ele sorri, seguro em sua mão - começando por aqui fora.

Tinha uma piscina.

Ai meu deus, tinha uma piscina.

Miguel me olha e sorri para mim, e eu tenho certeza que meus olhos estão brilhando.

- Bom, acho que você gostou.

Eu olho para ele sorrindo, e deixo minha cabeça ir para traz.

- Eu amei.

Ele me abraça, e dá um beijo em minha bochecha.

Enfim, ele me apresentou a casa inteira, e por último ele me mostrou os quartos, e eu ficaria em um que era ao lado do dele.

- Bom, vou me trocar para nós irmos para a praia.

Digo, para ele. Antes que ele resolva a questionar ou qualquer coisa do tipo.

- Vou te esperar aqui.

- Sim, senhor.

Eu entro no quarto, e arrumo minhas malas, tiro essa roupa pesada, e coloco uma roupa mais levinha - biquíni, uma camiseta branca - e um chinelo, e saio do quarto.

Miguel está de costas para mim, e eu dou um sorrisinho de lado, fechei a porta com todo o cuidado para não fazer barulho, e sai correndo, e pulei com tudo em suas costas.

Ele xingou baixinho, e eu comecei a rir.

- Minha mãe tá dormindo.

Ele diz, quando eu começo a rir sem parar.

- Ayla.

Ele resmunga rindo também.

Saio de suas costas, e vou descendo de vagar as escadas.

- Onde fica a praia?

Ele resmunga e diz - pertinho daqui.

Dou de ombros, e enrosco meu braço no dele, enquanto caminhamos  a praia.

- Meu deus, é perto mesmo - digo animada.

Já estou pensando na infinitas possibilidades de vir para a praia.

- Eu sei, o que você está pensando.

Ele diz todo convencido, e eu reviro os olhos.

- Ah é, o que eu estou pensando?

Ele me puxa para ele.

- Que você vai vir para a praia diversas vezes.

Droga!

Ele me conhece.

- Não vou comentar.

Resmungo baixinho.

Miguel sorri vitorioso.

- Vem vamos ir nadar.

Tiro minha camisa, e a amarro no meu braço.

Entro na água com tudo, claro que tomando cuidado.

Miguel entra logo em seguida.

- Para que trouxemos essa roupa, vamos voltar encharcados.

- Quem liga para isso agora - o puxo para mim - agora, nós devemos só aproveitar isso aqui.

E eu o puxo para um beijo.

Miguel envolve suas mãos em minha cintura me puxando mais para ele, os movimento da água, a paz.

Melhor lugar, melhor viagem, e melhor companhia.

Dou um sorriso, durante o beijo, e Miguel coloca uma de suas mãos em minhas bochechas, e me beija de novo.


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