Miguel
Ayla está uma gracinha com aquela mancha vermelha no pescoço dela, e eu também percebi que ela está bem desconfiada, ela não pode ficar desconfiada, pelo menos não agora.
Ela usou aquela desculpa esfarrapada para sair da sala, nem sei bem o porque, eu sei que ela gosta de saber das coisas, assim que ela sai da sala, eu resmungo com meu pai.
- Pai, não é para ela saber disso ainda.
Meu pai dá um sorriso irônico.
- Ela vai saber uma hora, é melhor ela saber agora do que descobrir pelos outros - ele aponta para fora, mas precisamente para Manu - porque ela está aqui? ela não tinha saído.
Eu reviro os olhos - tinha, mais quis voltar.
- Porque você colocou ela de volta?
- Por causa do Heitor, ele queria que eu mandasse a Ayla embora, para ela entrar de novo, e eu neguei, e tive que fazer isso.
Ele dá um sorriso.
- Porque ela?
Dou um sorriso de lado.
- Eu não escolhi isso para fingir ser minha noiva, ou minha mulher, eu só contratei porque ela era sincera, meio bocuda, mais muito inteligente, e parecia que ia dar conta, mas, quando levei ela no almoço a Mar e o Marcos, eles amaram ela, e eu vi a oportunidade perfeita.
Meu pai fica em silêncio, me observando.
- Conta, para ela, filho.
- Para que? Isso não vai importar nada, e capaz dela ir embora.
- Temos que fazer a viagem - ele diz - e ela vai saber que tem coisa errada, não acho que ela vai te perguntar, mas se alguém na viagem deixar escapar.
- Ela não vai com a gente.
Eu digo decidido.
- Eles vão contar para ela - ele resmunga - e aí vai ser bem pior.
- Vou dar folga para ela.
Ele suspira.
- Deixa ela ir viajar com a gente, ela trabalha para você, vai Miguel pensa um pouco, vai ser bom para nós.
Dou um suspiro, não quero envolver Ayla com a minha família.
- Vou pensar.
- Então, se resolva você com ela depois - ele aponta um dedo para mim - porque agora ela ainda pode aceitar e vocês manterem a amizade que vocês tem, mas depois não espere nada.
Eu sabia disso, eu queria contar, eu queria contar, mas eu não sei se eu quero arcar com as conseqüências depois.
Nós somos uma empresa, uma grande empresa de negócios que abrangem diversas áreas, como, por exemplo, o nosso escritório. Eu escondi dá Ayla, é que somos os donos de tudo, e que ela não está trabalhando para um empresa minuscula, e sim para um grande.
E, eu não quero contar isso para ela, porque eu menti.
- Agora vamos falar dos negócios?
Pergunto para meu pai, ele assente.
- Acho que isso pode ser alterado.
Ele diz, enquanto mostro um gráfico de crescimento.
- Pode ser melhor, muito melhor, é só dar uma pressionada.
Após a minha reunião com meu pai, sirvo mais uma xícara de café para ele.
- Cadê a Ayla?
Meu pai pergunta.
- Tá no banheiro.
Meu pai ri da minha cara, que ótimo.
- Você acha mesmo que eu acreditei que ela foi ao banheiro? por favor, né filho, vá chamá-la.
Eu fecho meus olhos e me levanto, caminho até a porta, e dou uma olhada, nada de Ayla.
- Manu, você sabe onde está a Ayla?
Ela dá um sorriso irônico, para mim.
- Perdeu sua mulher foi? Ela está com o Heitor.
Como é?
- E o que ele está fazendo lá?
Ela abre um sorriso malicioso - aí eu já não sei.
- Pai, espera uns dois, ou melhor espera um pouco.
Meu pai faz um final de vai logo, e eu vou para o consultório do Heitor.
- Cadê a Ayla?
Ele me olha assustado - eu não vi a Ayla.
- A Manu disse que ela estava aqui.
- Ela mentiu para você - ele diz - eu não via a Ayla hoje.
Eu saio da sala, e escuto uma risada, ótimo.
- Ayla - eu grito no meio do corredor - Ayla.
Até que ela aparece bem no meio do corredor, com um sorriso no rosto, e as bochechas rosadas. Ela é linda. Eu chamo ela com o dedo, ela nega, e me chama com o dedo, dou um suspiro e caminho em sua direção, ela antes de chegar na porta vem ao meu encontro, e me abraça pela cintura.
- Você não vai brigar, não é?
- Porque eu vou brigar?
Pergunto, para irritar ela.
E minha meta dá certo porque ela revira os olhos.
- Estamos fazendo uma decoração para o natal?
- Natal?
Ela sorri de lado, e morde o lábio.
- Eu disse natal? - faço que sim - eu quis dizer de carnaval.
Não, acredito nisso.
- Ayla.
- Falei para você não brigar.
Ela resmunga me olhando, e dou um suspiro.
- E vamos colar aonde essa decoração?
- Advinha?
Ela pergunta divertida, e abri um sorriso lindo.
Droga, Ayla.
- Deixa eu pensar - eu coloco meu dedos em seu cabelo - você está suada, quero ver se está fedendo?
Ela me olha com um olhar irritado, e eu me aproximo mais passo a ponta do meu nariz em seu pescoço, ela se arrepia, e não tem nada fedendo, só tem aquele perfume que ela sempre usa.
- Você não respondeu minha pergunta.
Olho para ela, e sorrio - você não está fedendo - ela suspira - acho que pelo escritório.
Ela faz uma carinha triste, e eu a puxo para um beijo.
Ela me empurra, e eu mordo seu lábio, ela geme.
- Aqui não, paspalho.
Ela passa a mão pelo meu braço, e me segura pela mão, e vai me puxando para a salinha, que agora está decorada, com um monte de enfeites coloridos.
- Tem vida agora.
Agora, tinha vida ali, dou um sorriso, e me abaixo até chegar na altura do ouvido dela.
- Meu pai quer falar com você.
Ela vira uma estátua, e eu dou risada.
- Pode por esses enfeites na minha sala, e na do Heitor.
Ela sorri, e me abraça.
Como eu gosto dessa menina.
Quando subimos, meu pai só quis se despedir dela, e nada mais, e foi embora, nós deixando ali com cara de taxo.
- ótimo.
Ayla jogou alguns enfeites em mim, e ordenou.
- Começa.
Nego com a cabeça.
Nem autoridade, eu tenho mais.
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Romance#2 em Brincadeira Amor, que comecem os jogos Que comecem os jogos Que comecem os jogos Amor, que comecem os jogos Que comecem os jogos - Ready for it? - Taylor