- Daniel
Acordei em um quarto todo branco, com aqueles barulhinhos de máquina de hospital charo, pera, eu to em um hospital? O que aconteceu?
As memórias da noite anterior vieram átona , eu fui espancado e quase fui estuprado... meus olhos encheram de lágrimas, deixei elas rolaram, olhei pras os lados e vi minha mãe dormindo de mal jeito na cadeira.
- Mãe - chamei um pouco alto e na mesma hora ela acordou assustada.
- Meu filho, você acordou, graças a Deus - falou vindo até mim e me deu um abraço.
Gemi de dor, to muito machucar.
- Desculpa meu filho, mas agora você tá bem, a mamãe ta com você - ela falou com uma voz doce mas quase chorando.
Concordei com a cabeça, enquanto chorava.
- Vou só chamar o médico e já volto, rapidinho - falou, me deu um beijo na bochecha e saiu.
Sabia que ela não ia somente chama o médico, ela vai chorar também, minha mãe não gostar de chorar na minha frente.
Fechei meus olhos e as imagens não saíam da minha cabeça, até ver Rafael, por que ele me ajudou? Eu não entendo, acho que qualquer um ajudaria alguém que ta sendo abusado, mas preciso agradecer a ele, se não fosse ele, eu teria sido... chorei mais só de pensa, ainda não to acreditando que isso aconteceu.
Logo minha mãe entrou no quarto junto com um homem, que julgo ter a mesma idade da minha e ser o médico. Ela veio pra o meu lado esquerdo e segurou minha mão, me dando um sorriso doce mas com os olhos vermelhos de quem acabou de chora, o homem se aproximou do meu lado direito e forcei a vista pra se seu nome no jaleco, mas sem sucesso.
- Olá garotão, fico feliz que tenha acordado - ele sorriu e eu forçei um sorriso de lado - Eu sou o Doutor Carvalho - falou.
Carvalho? Será que ele é o pai de Rafael e Enzo?
- Doutor , posso fazer uma pergunta? - perguntei.
- Claro Daniel - falou simpático.
- Desculpa se tive sendo intrometido, mas o senhor e pai de Rafael e Enzo? - perguntei.
- Sim, meus filhos me avisaram que um colega estava aqui, então vi cuidar de você pessoalmente - falou ele sorrindo.
- Obrigado Doutor, sei que o senhor deve ser muito ocupado - falei sem jeito, no fundo to surpreso por Enzo e principalmente Rafael fazer isso por mim.
- Não precisa agradece - sorriu e sorri de volta - Mas então senhor Daniel, você tem machucado por todo o corpo mas graças a Deus não quebrou nada, também não chegou a ser abusado e os infelizes que fizeram isso com você já estão presos - falou.
Concordei com a cabeça, sem saber o que fala.
- Quando ele vai pode receber alto Dr.Carvalho ? - falou minha mãe sem encara ele.
- Vou pedi uns exames, mas creio que amanhã no fim da manhã ele vai poder ir pra casa - ele respondeu sério sem encara minha mãe.
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Não posso me apaixonar por ele ( Romance Gay )
Подростковая литератураDaniel, um garoto de 17 anos, inteligente, bom filho pra sua mãe, bom amigo mas é excluído por ser pobre. Rafael, um garoto de 18 anos, o badboy da escola, filho de um homem rico, popular, arrogante e grosso, seu robe favorito é infernizar a vida d...