Honest || Nathan Maloley

•4

P.o.v Holly

Hipertensão arterial sempre será minha maior inimiga, ela fazia com que eu me parecesse tão fraca perto de tudo e todos. Eles eram tão mais fortes que eu.

Naquele dia não havia um sequer comprimido em minha mochila e eu não podia julgar o desespero de minhas amigas. Eu estava no chão e tudo o que eu conseguia ouvir eram os gritos de Lolla. Ela se preocupava muito com minha saúde, eu não achava necessário mas ela achava, e muito. Então eu também não podia julga-la.

--Cara, vocês são estranhas-- escuto a voz de Johnson em um murmuro e sinto vontade de chorar.

--DIGA ALGO QUE NÓS JÁ NÃO SABEMOS JOHNSON-- Lolla grita com o garoto.

--Hm, eu vou chamar a enfermeira-- escuto alguém dizer e eu entro em pânico.

--Ah, não precisa, realmente não é necessário-- Oly fala rápido na tentativa de fazer seja lá quem, desistir dessa ideia estúpida.

--Eu acho necessário-- escuto mais uma pessoa dizer. Eu estava perdida.

--Você não tem que achar nada-- a voz de Kenzie sai rude.

Minha visão vai se ageitando aos poucos e logo ela esta totalmente recuperada. Não é hoje que eu tenho um infarto.

--Holly, cadê seus remédios ?-- Kenzie pergunta preocupada olhando em meus olhos.

--Hm, eu não peguei, você sabe, eles estavam brigando então eu não me lembrei de pegar-- falo rápido e logo um nó se forma em minha mente.

--Você precisa do remédio, o que a gente faz agora ?-- Oly pergunta brava.

Eu sabia que tinha as preocupado mas eu não tinha muito o que fazer quanto a isso. Eu não tinha culpa de nada, ou tinha ?.

--Apenas esperem-- falo calma fechando meus olhos.

Minha respiração vai se acalmando ao poucos. Eu sabia que estava fazendo um show para todos do colégio verem mas eu não conseguia evitar aquilo. Droga eu era tão fraca.

--Ele não está mais aqui, caso essa seja sua preocupação-- sussurra Oly em meu ouvido.

Saber que Nate não estava me vendo perder o controle era um tanto quanto tranquilizante.

--Ele saiu assim que Stassie começou a brigar com Lolla-- Kenzie fala e eu respiro fundo.

Agora eu teria que encarar olhares curiosos cedentos de explicações sobre meu desmaio mas eu apenas teria que levantar a cabeça e fingir que metade da escola não estava me olhando buscando informações. Eu iria conseguir. Eu tinha que ser forte pelo o menos nesse momento.

Assim que coloco meu pijama de sempre, na tela de meu notebook uma chamada via Skype aparece, eu sabia que se tratava de minhas amigas querendo saber como eu estava e só de pensar nos sermões que eu levaria parte de mim quis recusar a chamada, mas elas precisam de mim.

Assim que atendo a chamada três narizes aparecem em minha tela, era uma maneira estranha e única de cumprimento então não podia ser rude. Coloco meu nariz na câmera e logo começamos a rir.