Honest || Nathan Maloley

•20

H O L L Y

Entro no carro de Nate e logo observo o rosto do mesmo fazendo uma análise mental apenas para checar se o mesmo estava bem.

--O que aconteceu ?-- pergunto inclinando meu corpo para checar o rosto do garoto mais a fundo.

--Nada-- Nate pergunta fechando a cara.

--Por que estava chorando ?-- pergunto acarenciando o rosto do garoto que me olha confuso.

--Não preciso da sua preocupação, princesa-- Nate fala forçando um sorriso e logo em seguida retira minha mão de seu rosto.

--Você acha que eu gostaria de me preocupar com você ?-- pergunto óbvia e Nate nega com a cabeça --Então fique quieto e me fale logo o aconteceu.

--Nós vamos viajar-- Nate diz depois de alguns minutos pensativo e eu me assusto.

--Nós ? Nós quem ?-- pergunto em completa confusão.

--Eu e você, e meus... pais-- Nate fala e eu infelizmente me sinto traída.

--Pais ?-- pergunto ainda mais confusa começando a ficar mal comigo mesma.

--Sim-- Nate responde sem me olhar.

--Pensei que eles tinham morrido-- retruco me encolhendo.

--Olha-- Nate começa se virando pra mim em completa agitação --Eles não morreram e infelizmente estão bem vivos, eu menti para você porque... eu não sei, ok !? Eu não faço ideia, eu simplesmente não queria te falar.

Depois da breve explosão de Nate a única coisa que consegui fazer foi respirar fundo e me focar em qualquer coisa que não fosse as mentiras do garoto. Eu não podia me sentir mal por isso, ele não tinha obrigação nenhuma de me contar a verdade.

--Tudo bem-- digo pensativa e Nate me olha confuso.

--Que ? Tudo bem ? Assim ? Sem nem ao menos me mandar ir para a merda ?-- Nate pergunta em completa confusão.

--Você não tem obrigação de me contar nada, a alguns dias atrás você não sabia nem meu nome, você não tem obrigação de confiar em mim-- respondo calmamente sem o olhar.

--Mas você confia em mim, Holly-- o moreno diz.

--Quem sabe um dia eu também consiga sua confiança-- digo lhe mandando um sorriso triste, já que eu mesma sabia que nunca em toda a minha vida Nate confiaria em mim.

--Você vai viajar comigo ?-- Nate pergunta ligando o carro e logo começando a seguir caminho para seja la onde.

--Não ne, você esta ficando maluco ? Quer que eu diga o que para minha mãe, "Mãe sabe aquele menino que você acha um marginal, então, eu estou dando uns pegas nele e ele me chamou para viajar com ele"-- falo fazendo uma voz um tanto quanto estranha e Nate ri.

--Eu posso tentar convencer ela-- Nate diz como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

--Nem se você fosse Rutherford-- falo prestando atenção nos braços do garoto.

Nate parecia ser perfeito em todos os aspectos possíveis, ou talvez eu só o amasse demais para ver qualquer erro no mesmo.

--Primeiro que eu sou bem mais gostoso que esse tal de Rutherford-- Nate fala convencido.

--Mais inteligente você não é-- confirmo convicta fazendo o mesmo me dar uma rápida olhada.

--Pensei que gostasse de mim-- Nate fala colocando uma de suas mãos no coração enquanto a outra segurava o volante.

--Eu te amo, é diferente-- falo sem nem ao menos medir minhas palavras fazendo Nate parar o carro de repente fazendo assim com que meu corpo praticamente voe para frente --MINHA PANELINHA DE CHOCOLATE, VOCÊ ESTÁ FICANDO MALUCO !!!!.

--VOCÊ QUE ESTA, VOCÊ NÃO ME AMA-- Nate grita com os olhos arregalados.

--VOCÊ FEZ ISSO SO POR ISSO ? VOCÊ QUER MATAR NÓS DOIS ??-- grito assustada.

--NÃO EXAGERA-- Nate fala passando as mãos por seus fios de cabelo.

--EM QUE SENTIDO ?-- pergunto me virando para o mesmo.

--Em todos, você não pode me amar e eu não quis matar ninguém-- Nate se defende me fazendo negar com a cabeça.

--Tudo bem, então eu definitivamente não te amo, não amo ASSASSINOS-- destaco a última palavra de minha frase fazendo Nate me olhar mortalmente.

--Exagerada-- Nate diz.

--Maria fumaça-- falo prendendo o riso e logo Nate bate sua mão direita em sua testa.

--Você é louca-- Nate afirma me fazendo sorrir inocente.

--Por você-- digo sem tirar o sorriso de meu rosto.