Capítulo 2

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Oi queridxs, como vão?! 

Mais um capitulo para vocês. Curtem, comentem, quero saber se estão achando a historia interessante.

Beijinhos e até o próximo capitulo!

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Playboy

Conjunto habitacional Águia Azul. Duas horas de distancia do morro do papagaio. Um lugar no fim de mundo, um lugar no fim do mundo e lá estava eu de babá do DG. Nossa mudança foi feita as pressas, eu, o DG e duas mochilas de roupa em cima de uma moto. Tivemos que sair literalmente corridos do morro digamos que o tio Sam não estava muito propenso à conversa e não queria ver a cara do DG. Saímos durante a madrugada e chegamos no conjunto por volta de cinco da manhã, o céu ainda estava escuro e todo esquema estava armado. Eu e o DG ficaríamos em um dos apartamentos do conjunto. O lugar não era tão pequeno, dois quartos, sala, cozinha e banheiro, o barracão onde eu vivia no morro era menor, mas levando-se em conta o fato de que eu viveria no mesmo teto que o DG, aquele lugar se tornava minúsculo. Quando nós chegamos no conjunto, um dos rapazes da pista já estava nos esperando, o Sam já havia combinado tudo. A boca que funcionava no conjunto era do tio do DG, era ele que comandava tudo, bastou uma ligação e o antigo gerente foi para o morro do papagaio e deixou espaço para o DG. Para ser bem sincero, o Sam estava unindo o útil ao agradável mandando o DG para aquele fim de mundo. A boca do conjunto dava muito dinheiro, mas não rendia tanto quanto os outros morros, deixar o DG comandar tiraria um peso das costas do Sam...acredito que nas circunstancias atuais, o Sam precisasse mesmo diminuir um pouco o peso, porque era bem provável que uma guerra estourasse bem nas suas costas. Isso vai contra a ética, mas eu não me importaria de deixar eles se matarem, se não fosse o fato de essas guerras afetarem tanta gente inocente.

O conjunto era construído em um declive, os prédios divididos em duas etapas e separados por uma rua central. O apartamento onde ficaríamos era na etapa de cima. Assim que chegamos no conjunto, eu e o DG seguimos para o apartamento que seria nosso agora. Era no terceiro andar de um prédio de frente para a rua principal. As janelas de um dos quartos e da cozinha dava vista para rua o que permitia uma boa visão geral do lugar...era um ponto bem estratégico, mas difícil para uma fuga em caso de batida da policia o que me deixou bem curioso. Qualquer bandido com mínimo de inteligência sempre procura lugares que facilitam a fuga.

-É aqui...as coisa do magrelo deixou as parada dele ai, só levou as roupa.- o rapaz que nos acompanhava falou quando chegamos no apartamento.

-Tô ligado, meu tio avisou. Pode voltar para pista e avisa para geral que mais tarde eu vou querer conversar com eles.- Dg respondeu.

O rapaz apenas assentiu e saiu pela porta. Eu deixei meu capacete no chão e desabei no sofá. Fechei os olhos e passei a mão pelo rosto, eu estava cansado, com fome e extremamente irritado de estar naquela merda de lugar, não que o morro fosse melhor, longe disso, mas ali, naquele fim de mundo, eu estava longe de onde ocorria a verdadeira movimentação e consequentemente ficava mais difícil conseguir as informações que eu precisava para pular fora daquela missão e voltar para casa. Minha casa...nem me lembrava mais de como era. Fazia três anos que eu estava naquela missão, vivendo em morros no meio daquela escoria da qual o DG fazia parte.

-Ainda não tô acreditando que meu tio me mandou para essa porra de lugar!- o DG exclamou e jogou o capacete no chão com força causando um barulho alto.

Eu abri os olhos e o encarei sério.

-Você fez merda. Não tiro a razão dele. Na verdade seu tio passou pano para você DG, e você sabe disso. Estuprador na quebrada tem um destino bem pior. Qualquer outro teria te entregado de bandeja para o alemão esquartejar.- eu falei sério.

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