Capítulo 9

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Oi queridxs!

Primeiramente FELIZ PASCOA <3<3

Mil desculpas pela demora, quase não consigo postar esse capitulo, estou com uma crise de sinusite desde terça-feira. Foi um custo conseguir escrever, então me desculpem se tiver erros muito grosseiros. Até queria postar dois capítulos por conta da pascoa, mas essa sinusite realmente atrapalhou meus planos.

Espero que o capitulo esteja do agrado de vocês.

Curtem e comentem, se expressem. A opinião de vocês é muito importante e também podem ajudar na composição da historia.

beijinhos e até o próximo capitulo.

SEM REVISÃO

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Luna

Algumas semanas depois

Mais um dia de semana, mais um dia para pegar a condução lotada, mais um dia para trabalhar, mais um dia para eu me preocupar e mais um dia para eu não parar de pensar no playboy. Minha vida estava um verdadeiro caos, uma bagunça desde que eu perdi completamente a razão, enlouqueci e fiquei com aquele cara. Já não me bastava ter que me preocupar com o desmiolado do meu irmão e aguentar o Riquelme atrás de mim todo dia, agora também tinha que ficar evitando o playboy e diga-se de passagem, aquilo era praticamente impossível de fazer já que depois do dia em que nos ficamos juntos, o cara parecia ter instalado um sensor na minha porta. Era só eu sair de casa seja para ir na vendinha, na padaria, tomar um ar, ir na casa do Marco...até para trabalhar ou chegar do serviços, em todo momento que eu saia pela porta ou estava chegando em casa, o cara estava lá, no porão do prédio dele. Ele fingia que não estava me observando, mas eu conseguia sentir. O playboy estava me vigiando e eu já estava ficando nervosa com aquela situação. Eu me praguejava todo momento que eu o via. A culpa era minha, era toda minha, por não ter segurado a minha vontade e ter ficado com um cara daquele. Agora eu tinha um traficante à minha espreita...

Eu me levantei da cama a contra gosto, eu não estava nem um pouco animada em ir para o trabalho, mas era a vida. Tomei um banho rápido, vesti meu uniforme no banheiro mesmo e me penteei rapidamente. Antes de sair para o trabalho eu fui até o quarto do Riquelme e senti meus olhos se encherem de agua quando vi sua cama vazia. Agora meu irmão estava fazendo o turno da noite na pista, largava o posto as 07h00. Segundo as informações que o Marcão me passou, o Fael estava vendendo maconha no ponto de venda que ficava na rua que circulava o conjunto por baixo. Um imbecil, idiota, retardado que estava jogando a vida no lixo.

Eu tinha cortado relações com meu irmão depois do dia em que eu havia descoberto que ele estava no trafico. Eu até tentei conversar, tentei abrir os olhos do pirralho, mas não adiantou nada. Muito pelo contrario, o meu irmão fez questão de deixar claro que se fosse preciso ele sairia de casa, mas continuaria no meio da bandidagem. Confesso que na hora que ele me disse isso, eu cheguei a pegar as coisas dele no quarto e jogar para o lado de fora, mas minha mãe interveio. Por mim o Fael que fosse se virar sozinho, queria ver se ele continuaria com aquela crista depois que fosse enfrentar a vida sozinho, ter que se sustentar, pagar contas e aluguel com aquela porcaria de dinheiro que ele ganharia vendendo maconha. Eu tinha certeza de que o pirralho não aguentaria nem dois meses vivendo sozinho, sem a minha ajuda e a da minha mãe, eu tinha certeza de que ele voltaria com o rabo entre as pernas, mas minha mãe não permitiu que eu o colocasse para fora. A dona Rosa também estava chateada, desolada, mas diferente de mim, acreditava que o Fael cairia em sim com o tempo, já eu sabia que meu irmão só acordaria para vida se a gente parasse de tampar o sol com a peneira. O Fael pensava que era um homem, mas não sabia nada da vida. Ele estava precisando mesmo era de um choque de realidade, o mesmo choque que eu tive quando meu pai morreu. Eu pensei que estava o ajudando me matando de trabalhar para dar uma vida confortável para ele, mas hoje eu percebia que o Fael é do tipo de pessoa que a gente não pode dar moleza. Ao invés do pirralho usar o conforto para tentar correr atrás de algo digno, de estudar ou fazer um curso, ele usou o fruto do meu trabalho para ficar atoa todos aqueles anos, comendo, vestindo, dormindo, se divertindo e usando o tempo livre para se infiltrar no meio de bandido.

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