Capítulo 8

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SEM REVISÃO

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PLAYBOY

O que dizer daquele fim de semana?...foi estressante, longo e tinha literalmente fodido com a minha cabeça. Um beijo, uma porra de beijo que ficou dois dias inteiros rebobinando na minha cabeça e me fazendo ter ereções em momentos nada próprios. Eu não sabia dizer o que era aquilo que estava acontecendo comigo, nunca fui um homem de não conseguir controlar meu corpo, mas daquela vez estava sendo praticamente impossível.

Eu acordei naquela manhã de segunda feira com uma ereção do caralho e irritado. Fiz como havia feito desde que tinha chegado naquela merda de conjunto: me aliviei com a mão e quando terminei me xinguei. Que porra era aquela? Eu não podia deixar aquilo acontecer. Estava certo que eu era homem, já fazia tempo que eu não transava, ter ereções naquelas circunstancias era normal, o único problema era o fato de que era sempre a mesma mulher que me fazia ficar excitado. A Flavia já havia pedido para ficar comigo, a Sabrina vivia se oferecendo e tantas outras amigas delas faziam o mesmo, mas nenhuma me fazia ter uma reação incontrolável quanto aquela menina desaforada que morava bem em frente ao prédio onde eu agora residia. Aquilo estava errado, completamente errado.

Levantei-me da cama naquele dia com um humor do cão. Tomei um banho demorado e quando terminei, me vesti com uma calça jeans e uma camiseta. Peguei meu capacete, a chave da minha moto e sai. Subi na minha Suzuky 900 cilindradas e dei a partida. Não iria para a pista naquele dia e estava decidido. Fodas se o DG achasse ruim, eu só queria um dia de paz e me esquecer um pouco do playboy.

Sai pilotando do conjunto, segui em direção a zona sul, mais precisamente, segui em direção a minha casa situada no condomínio Lar das Oliveiras, rua perimetral do Jambeiro, numero 222. Fazia anos que eu não ia até lá, mas o porteiro se recordava bem de mim. Depois de alguns segundos de estranhamento devido as minhas roupas incomuns na região, ele liberou minha entrada. Eu segui com a moto pelas ruas de pedras e parei em frente a minha casa, a casa que eu havia comprado depois de seis anos de trabalho e algumas promoções e condecorações. Parei minha moto na porta e entrei. A casa estava bem cuidada, a piscina bem limpa e a grama do jardim verde. Através das portas de vidro era possível ver o interior da sala com lareira conjugada com a copa, tudo bem organizado e limpo. Pelo jeito os ajudantes que eu deixei tomando conta da casa, estavam fazendo um bom serviço.

Eu abri a porta de vidro da entrada principal e entrei. Sentei-me no sofá de couro preto, fechei os olhos e respirei fundo. Eu sabia que nunca deveria ter ido até ali, mas a sensação de estar em casa e me senti como Dante, compensava todos os riscos. Eu abri os olhos e observei o espaço, o chão azulejado com porcelanato creme brilhava, a lareira estava limpa e a TV de LCD estava sem nenhuma poeira. Olhei em direção a cozinha conjugada e tudo brilhava e minha mente viajou naquele momento. Pensei na Luna, em como eu havia a encontrado jogada no sofá da casa do Marcão, e das panelas sujas que eu havia visto na cozinha dele. Imaginei ela na minha cozinha, andando pelo espaço com aqueles shorts e camisetas que ela costumava usar quando estava de folga, ela deitada no meu sofá...mas no meu caso, no meu pensamento ela estava nua e ao invés de filme estaríamos fazendo um programa de adultos.

-Que caralho Dante. Esquece essa menina.- eu me xinguei.

-Que menina?- uma voz feminina soou atrás de mim.

Eu me levantei do sofá em um pulo e com o coração acelerado, mas quando vi quem era a mulher me senti estranho. Fazia anos que eu não a via, sendo mais especifico, fazia três anos que eu não encontrava a dona daquela voz. Para ser sincero, foi ela uma das responsáveis por eu ter decidido entrar naquela missão que me prendia naquele mar de merda.

Lados Paralelos #Wattys2019Onde histórias criam vida. Descubra agora