Capítulo 6

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Oi  queridxs!!!! 

Tudo bem com vcs? Mais um capitulo para quem estava ansioso. Decidi que os dias de postagem será todo sábado ou domingo, farei o possível para não atrasar.

Para quem já é meu leitor antigo, sabe que minhas historias sempre são contadas por dois ponto de vista diferentes. Os primeiros capítulos costumam repetir as cenas, até que o personagem esteja mais desenvolvido. 

Eu estava sem muita inspiração, o capitulo não saiu exatamente como eu queria, mas espero que gostem. Não esqueçam de deixar a sua estrelinha e comente. Criticas construtivas sempre são bem vindas ;) 

SEM REVISÃO

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Playboy

Eram exatamente 20h36 minutos quando eu terminei de me arrumar e olhei no meu relógio de pulso. Eu me olhei no espelho e minha cara refletia exatamente o que eu estava sentindo: desgosto. O DG havia inventado de fazer um baile funk no conjunto para atrair mais clientes e eu seria obrigado a passar a madrugada inteira no meio da maloca e ouvindo aquela porcaria que eles chamavam de musica. Para ser bem sincero, eu já estava ficando estafado daquela merda e naquele dia em especial eu estava a ponto de explodir. Eu não sei o que estava acontecendo comigo. No começo da minha carreira eu me sentia excitado só de imaginar estar infiltrado em uma missão, eu direcionei toda a minha carreira na policia para exercer aquele tipo de função. Estudei anos, me especializei, corri atrás, me esforcei justamente para trabalhar como infiltrado e agora tudo que eu queria era pular fora daquele trabalho. Pela primeira vez na minha vida eu começava a pensar em trocar de função. Não sei o porque eu estar me sentindo daquele jeito, mas depois que eu fui parar naquele conjunto, fingir ser quem eu não era se tornou tão pesado, difícil, penoso.

Eu estava pensando justamente nisso, quando meu celular tocou. Eu peguei o aparelho no bolso e quando olhei na tela vi o numero do DG. Atendi no terceiro toque.

-Pode mandar.- eu falei.

-Cole parça. Tu não vai subir não? Tamo todo mundo esperando para passar as ordens pro baile.- o DG falou com voz embolada.

-Já tô subindo.- eu falei e finalizei a ligação.

Eu sai da frente do espelho, peguei meu coldre que estava em cima da cama, o prendi na cintura, apaguei a luz e sai do quarto. Sai do meu apartamento, tranquei a porta e não consegui evitar: olhei para o prédio da frente para ver se via alguma coisa. Aquilo já tinha virado um ritual. Sempre que saía ou entrava no apartamento, eu verificava como estava a movimentação no prédio onde a Luna morava.

Confesso que cada dia que passava eu ficava mais intrigado com aquela menina. Já havia percebido que ela era um tanto séria, sempre andava pela rua com o semblante fechado. Ela também parecia um tanto triste, mas tinha uma certo ar de moleca, principalmente quando estava na companhia da Carol.

Carol era prima da Sabrina, mas era o oposto da namorada do DG. Ela vivia no apartamento junto com a prima, com a tia e também com o menino, filho da Sabrina, de quem ela cuidava como se fosse filho. Já tinha percebido que tanto a Sabrina, quanto a mãe dela, exploravam a garota. Era a Carol quem sustentava a casa e cuidava do filho da Sabrina. Eu realmente achava estranho a garota viver na mesma casa que as duas, mas suspeitava que a causa dela não ter mudado ainda era o Cauã. Era visível e incontestável que ela amava a criança, tanto que eu mesmo já havia visto o menino a chamando de mãe. Durante aquelas semanas, percebi que a Luna só andava com aquela menina. Deveria ser a única amiga que ela tinha no conjunto além do Marcão.

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