Capítulo 14

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Oi gente!

Sei que estou atrasada, mas o wattpad me sacaneou :P. Estava escrevendo pelo celular, quando o aplicativo travou e apagou mais da metade do que eu havia escrito. Tive que refazer quase o capitulo completo. São exatamente 01h00 da madrugada e eu tenho que acordar as 04h30, estava até agora escrevendo para postar para vocês então relevem se tiver erros muito grotescos :O.

Eu tive uma travada nesse capitulo, então não sei se ficou bom. Espero que vocês gostem

Votem e comente, quero saber o que acharam.

Obs: foto do Marcão.

SEM REVISÃO.

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Playboy

Ela ainda estava deitada com a cabeça em meu peito e os braços em volta do meu tronco. Sua respiração era tranquila, leve, enquanto dormia profundamente. Não que a Luna tivesse corpo ou rosto de uma criança, longe disso, mas ela tinha uma coisa no jeito, no olhar, que a fazia um tanto infantil e leve. Seus cabelos revoltos em volta do seu rosto sem maquiagem transparecia uma pureza tão destoante com o tipo de coisa que eu via todos os dias no meu trabalho. A Luna me fazia lembrar dos meus primeiros romances, das minhas primeiras namoradinhas de quando eu ainda era um garoto.

Eu olhei para o teto e vi nós dois refletidos no espelho daquele quarto de motel barato. O contraste da cor dos nossos corpos nus entrelaçados com o fundo daquele lençol de cetim vermelho, refletidos no teto. Eu me fitei e não nego que me senti errado. Nunca imaginei que estaria em um motel drive in de beirada de BR com uma menina doze anos mais nova que eu. Nossa diferença estava ali, refletida no nossos rostos para me fazer lembrar da minha culpa. Toda a experiência que eu tinha e que aquela menina sequer sonhava em ter estava refletida ali, naquele espelho de motel.

Eu me senti culpado, errado, mas o que eu poderia fazer? A Luna poderia ser uma menina comparada a mim, mas ela era a minha menina. Não havia jeito de voltar atrás parceiro. Como eu poderia conviver ao lado da Luna fingindo que não havia nada? Eu me conhecia, sabia dos meus limites e aquela menina já havia transpassado todos eles. Eu não conseguiria fingir que ela não era nada para mim, não suportaria vê-la com outro cara e fingir que não fazia diferença. Confesso que durante aquele dia eu havia cogitado abandonar aquela missão e cair fora daquele conjunto, porque eu sabia que estaria colocando a Luna em risco ao me envolver com ela, mas aquilo era algo que eu não podia fazer. Nem tanto pelo trabalho, mas por ela mesmo. Eu me via em uma sinuca de bico, porque se eu abandonasse a missão e saísse do conjunto, ela ficaria sozinha com o Dg rondando. Só de imaginar aquele desgraçado encostando nela, eu sentia meu coração apertar e meu sangue ferver. Se eu continuasse levando as coisas do jeito que estavam, agindo por impulso como eu andava fazendo nos últimos meses, o risco de alguém descobrir nosso envolvimento era enorme e isso também a colocava em risco. Eu não poderia largar a missão e me relacionar com ela tendo o risco do DG descobrir minha identidade, pois ela e a família moravam na comunidade e isso a colocaria em risco também. Eu me disponibilizaria para tira-la daquele conjunto a qualquer momento, mas sabia que ela não aceitaria. Já havia percebido que a Luna se preocupava com a mãe e com o irmão de uma forma que parecia ser ela o responsável por eles, ela não sairia de lá e deixaria os dois para trás e eu tinha certeza de que nenhum dos três aceitaria sair da casa própria, para morar em algo que eu houvesse pagado. A melhor saída para aquela situação era nós dois agirmos juntos para levar aquela historia da forma mais segura possível, principalmente para ela.

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