Capítulo 15

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Oi queridxs!

Desculpem a demora, acabei de escrever agora =P

Capitulo direto do forno. Neste temos um pouquinho do desenrolar do romance do casal, mas a partir do próximo a historia começa a andar para a segunda parte. (quem leu o livro da Carol sabe do que estou falando ;)

Gente, não fazia ideia do que fazer nesse capitulo, então relevem, porque fui escrevendo por instinto. Eu tenho o enredo na cabeça, mas sempre tem umas partes que ficam difíceis e confusas de colocar no papel. Tem capítulos que só servem mesmo para desenvolvimento psicológico e emocional dos personagens e não tem muita ação ( é o caso desse)

Diga o que acharam e não se esqueçam de votar.

Criticas construtivas são muito bem vindas ;)

Beijinhos e até o proximo

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Luna

Eu ainda estava lá, no meio dos sacos de cimento e tijolos, escondida dentro daquela garagem inacabada e sentia uma dor no peito. Era tão angustiante ouvir aquelas palavras do Marcão, tão duro pensar que o que ele havia dito havia grandes chances de ser verdade. Eu vi nos olhos do meu amigo que ele se sentia triste por mim e aquilo era tão ruim. Eu amava o playboy, por mais que não admitisse, eu amava aquele homem. Nos momentos que eu estava com ele eu me sentia tão leve, tão feliz e completa. Eu gostava do seu cheiro amadeirado misturado com nicotina, seu olhar quando me observava fazia meu peito se aquecer e meu corpo se acender. Ele me fazia bem, tão bem que eu tentava de todas as maneiras me esquecer que ele era um traficante. Quando eu estava com o playboy eu tentava ao máximo não ficar martelando aquilo na cabeça, tentava imagina-lo como um cara normal, com um emprego comum. Eu fazia aquilo para diminuir a minha culpa de estar com um cara que fazia tantas coisas erradas, mas o olhar do Marcão quando me viu com ele, fez a realidade cair como uma pedra e esmagar toda aquela historia imaginaria frágil que eu havia criado no meu inconsciente. Era tão ruim ver que meu amigo se entristecia de me ver com o homem que eu amava. Pior ainda era ouvir aquelas palavras de aviso da sua boca. "E se o Marco estivesse certo? E se o playboy estivesse comigo apenas por tesão? Homens que eram capazes de fazer as coisas que ele fazia, não costumavam ser do tipo que se apaixonavam. " eu pensei e senti uma dor no peito. Eu estava me segurando, mas não consegui conter as lagrimas quando minha imaginação pintou um quadro na minha cabeça em que o playboy só queria brincar comigo.

As minhas lagrimas eram poucas e eu respirava fundo para tentar diminuir e parar de chorar, quando o playboy voltou a entrar na garagem. Ele estava bem diferente do jeito que havia saído. Não estava mais com aquela postura arrogante nem impetuosa, nem parecia estar com o mesmo espirito de briga, muito pelo contrario. Ele tinha uma expressão cansada, pesada e quando ele levantou o rosto para mim e me encarou eu conseguir ver um olhar de culpa.

Eu passei a mão pelo rosto para enxuga-lo e encarei de volta em silencio. O playboy permaneceu inerte por alguns segundos enquanto me encarava, de repente seus olhos avermelharam e ele veio até mim. Quando parou na minha frente, ele me envolveu em um abraço apertado e respirou fundo. Foi um abraço quente, gostoso que me aqueceu por inteira e fez a minha angustia diminuir.

-Me desculpa menina.- ele pediu em voz baixa.

Eu senti um nó na garganta ao ouvir sua voz rouca carregada de culpa. Dava para sentir o peso que ele tinha e eu engoli meu choro e o apertei de volta. Eu não sabia o que falar, eu mesmo tinha tantas duvidas, tantas incertezas, não sabia o que podia fazer para ele se sentir melhor se nem eu mesmo estava me sentindo bem. Apenas me limitei a abraça-lo de volta. Nós dois estávamos em uma situação que não tinha como resolver naquele momento.

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