Capítulo 18 - O regresso a casa de Charlie

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A atmosfera ruidosa n'A Toca estava se tornando demais para Ron. Era um dia de Domingo e quase toda a família se reunira, o que significa que o lugar estava lotado. Dizendo a Lilá que ele precisava de um ar, e não precisava de nenhuma companhia, Ron saiu da casa e se abaixou nos degraus da frente.

As coisas entre ele e Lilá tinham sido difíceis desde que começou a trabalhar para o inimigo. Ele tinha ido junto com o plano de Harry de compensá-la, mas até agora estava provando inútil. Lilá não lhe disse nada útil porque nunca mencionou o trabalho. Ela estava ciente de que Ron não aprovava quem estava trabalhando, então Lilá tentou facilitar as coisas ao não falar sobre seu trabalho. Em um sentido, Ron apreciou o gesto, pelo menos, deu-lhes alguma chance de fingir que tudo estava bem entre eles, mas também era frustrante considerando que Harry continuava engendrando-o para obter informações.

- Está tudo bem? - Uma voz por trás de Rony de repente perguntou, tirando-o de seus pensamentos.

- Sim. - Ron respondeu, sem olhar em volta. Ele sabia que era Lilá, por isso não via o ponto de dar uma volta. - Eu só queria paz e tranquilidade.

- OK. - Lilá disse calmamente. - Você quer que eu saia?

Ron contemplou a oferta antes de balançar a cabeça. - Fique. - Apesar de tudo o que estava acontecendo, ele ainda cuidava de Lilá, se fosse que ela deixasse seu trabalho, então tudo ficaria bem entre eles e eles poderiam ter um futuro real juntos.

- Eu sei do que se trata. - Lilá disse enquanto se sentava ao lado de Ron. - Isso é sobre o meu trabalho. Você ainda não aceitou quem eu estou trabalhando, não é?

- Você pode me culpar? - Ron resmungou. - Ela é má, Lilá. Ela guia os Comensais da Morte, e não se esqueça de quem era seu pai.

- Ela não é má. - Inspirou Lilá, defendendo sua chefe. - Você concordou em dar-lhe uma chance e não julgá-la.

- Estou lhe dando uma chance. Estou vindo a esta idiota noite de caridade com você, não estou? - Ron respondeu. Ele concordou relutantemente em comparecer à festa de caridade da Senhora das Trevas na primeira semana de janeiro, mas ele não estava exatamente ansioso por isso.

- Sim, você concordou. E eu realmente aprecio isso. - Lilá disse.

- Ainda acho que é tudo apenas um ato. - Ron avisou sua namorada. - Eu acho que sua instituição de caridade, a escola e qualquer outra coisa que ela venha são apenas capas. Ela ainda é a filha de Voldemort e ela é uma má notícia. Marque minhas palavras, um dia toda a gente a verá pelo que ela realmente é, e não será bonito.

- Se você diz. - Lilá suspirou, sabendo que não tinha sentido discutir com Ron. Ele e Harry ficaram tão pisqueados com a Senhora das Trevas, e eles não queriam ouvir nada que ela tivesse a dizer em defesa de sua chefe.

- Eu sei que você não acredita nisso, e você gosta dela. - Ron contou a sua namorada. - Mas estou preocupado com você, Lilá. Eu não quero que você se machuque.

Lilá sorriu para Ron, antes de se inclinar e dar um beijo gentil. Embora fosse irritante ele não a escutar, ela agradeceu que ele estivesse preocupado com ela. Ela sabia que estava desperdiçando seu tempo e a Senhora das Trevas não era má, mas, tendo em conta a ela, ela podia entender sua cautela.

- Vamos, voltemos para dentro. - Ron disse enquanto eles quebraram o beijo.

De pé, ele ofereceu a Lilá sua mão e puxou-a para ela ficar de pé. Ainda de mãos dadas, o casal virou-se e caminhou alguns passos para a porta da frente. A mão de Ron acabara de pousar no punho da porta quando havia uma forte aparição atrás deles. Puxando sua varinha para fora, Ron girou ao redor, preparado para qualquer perigo que ele possa enfrentar. Em vez de perigo, ele se encontrou cara a cara com o irmão Charlie.

A Senhora das Trevas ReinaOnde histórias criam vida. Descubra agora