Antídoto

22

Estou morrendo de fome, e aqui estou eu na porta do alojamento. Estou com medo da minha barriga roncar qualquer hora.
Vc : Então, tchau.-Disse e ele continuou sem me olhar.
Suspirei forte, quando coloquei a mão na porta do carro, ele tocou o meu ombro.
Que bipolar!
Virei devagar para encarar ele.
Luan : Desculpa por eu ser esse idiota.-Me olhou-Eu só estou acostumado a tratar as pessoas de uma maneira má educada.
Vc : Você sabe que isso é errado.-Me virei para ele
Luan : É, eu sei.-Desviou o olhar do meu.-Vou te levar pra comer lá no shopping, pode ser ?
Vc : Tanto faz.-Me encostei no banco-Por mim poderíamos ter comido onde estávamos.-Olhei para frente.
Ele me olhou de canto de olho. Com gestos rápidos ele ligou o som. Odeio essas músicas que ele ouve, odeio ainda mais por causa do volume. Mas não acho educado da minha fazer isso. Revirei os olhos e me aconcheguei no banco.
Até que essa cidade de SP é bonita. O campus daqui é enorme.
[…]
Vc : Você mora com sua familía ?-Mordi um pedaço do meu taco.
Luan : Não.-Bebeu um pouco de refrigerante.
Vc : Então você mora aonde ?-O olhei curiosa.
Luan : Em uma república.-Revirou os olhos-Agora para de fazer perguntas e termina de comer isso logo.
Vc : Isso se chama, tacos, Luan!-Dei um sorriso
Luan : Isso tem gosto de isopor.-Me olhou
Vc : Você já comeu isopor ?-O encarei
Luan : Termina de comer logo isso.-Ele colocou um taco em minha boca e sorriu.
Quando o Luan quer ser uma pessoa adorável, ele consegue.
Luan : Tá me ouvindo ?-Ele pegou a bandeja da minha mão e colocou denovo na mesa.
Vc : Eu quero levar e por sobre o balcão.-Reclamei quando ele tirou a bandeja da minha mão…