Desejo

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Com a boca ainda colada a dela eu tirei seu cardigan, ela abriu os olhos e me encarou, mordi levemente o canto esquerdo do lábio inferior dela, fazendo-a gemer, ela estava tão ofegante quanto eu, eu não conseguia parar.

Ela acariciou minhas costas por baixo da minha blusa com suas mãos frias, senti aquilo como um sinal verde para avançar e puxei-a para o quarto, procurei o zíper do seu vestido e assim que alcancei desci de uma só vez, ela estava de lingerie branca de renda, abri seu sutiã e aproximei seu mamilo dos meus lábios, ela alcançou a tomada e apagou a luz, apesar de me incomodar com a atitude eu não questionei.

Segurei seus cabelos para trás inclinando sua cabeça enquanto eu a beijava, puxei sua calcinha colocando-a no bolso da minha calça, toquei seu corpo, eu queria senti-la completamente, sua barriga definida, seus seios empinados, suas curvas, beijei seu pescoço enquanto minha mão descia acariciando levemente seu clitóris molhado, ela se contorcia cada vez que eu a tocava em círculos lentos e torturantes.

— Suzane. — Suspirou ela me deixando louca.

Me ajoelhei e toquei seu clitóris com meus lábios e língua, ela gemia descontrolada segurando forte entre os lençóis, segurei firme suas coxas enquanto chupava, lambia e mordia deixando-a cada vez mais próxima do orgasmo, e ela gozou, me puxando contra ela, e gemendo meu nome deliciosamente como ninguém nunca fez.

Estava na cozinha esperando Ágata que tinha pedido para tomar banho, ela apareceu com os cabelos bagunçados e as bochechas rosadas, percebi que ela procurava não me encarar, estava tímida com o que acabara de acontecer.

— Gosta de temaki? Esse restaurante tem os melhores temakis que já comi na vida, sente-se. — Disse tentando quebrar o constrangimento dela.
— Nunca provei esses, amo temaki.

Ela se sentou encarando a parede da sala, pegou um temaki e mordeu, ela suspirou.

— Delicioso. — Disse.
— Não tanto como você. — Sorri deixando-a constrangida novamente.

Terminamos de jantar e ficamos na sala trocando beijos e carícias, percebi que em alguns momentos ela olhava o relógio dourado em seu pulso.

— Posso te fazer uma pergunta? — Disse enfim.
— Sim, Suzane.
— Por que apagou a luz? — Ela me olhou como se esperasse que eu perguntasse qualquer coisa, menos isso.
— Sou tímida, não fico a vontade.
— Você é linda, Ágata, seu corpo é lindo, você é perfeita. — Ela balançou a cabeça negativamente como se não estivesse acreditando em nenhuma palavra que eu disse.

Subi em seu colo e a beijei, ela suspirou em meio aos meus beijos e me afastou.

— Preciso ir Suzane, obrigada por tudo.
— Não vá agora, Ágata. Dorme comigo?
— Não posso, preciso voltar ao trabalho.
— Quer que eu te leve?
— Não, o motorista está vindo me buscar, obrigada.
— Motorista?
— Sim, da família que trabalho.
— Tudo bem.

Beijei-a com paixão, sua boca era deliciosamente carnuda, lábios bem desenhados e redondinhos, eu poderia beija-lá a vida toda sem me cansar.

— A gente se fala. — Disse me dando um beijo leve nos lábios e se foi.

Eu a acompanhei até a porta e a vi entrar no carro preto e sair, a cada dia mais eu desejava saber quem era essa mulher e quais segredos ela escondia.

*

Pela manhã fiquei na cama até muito tarde, não tinha e-mail ou ligação da Ágata, eu desejava loucamente vê-lá, toca-la novamente, eu não conseguia tirar essa mulher da minha cabeça.

Me levantei e fui ao banheiro, tomei um banho rápido e escovei os dentes, posicionei a xícara para tomar meu café, enquanto tentava alcançar um pacote de bisnaguinhas no fundo do armário.

Me sentei e fui tomar meu café, quando ia me deitando no sofá ouvi a campainha, xinguei mentalmente, abri o portão e dei de cara com Ágata, ela usava uma calça jeans clara com uma blusa de lã cinza, ela voltou ao carro e sussurrou algo baixo o suficiente para que eu não escutasse, o motorista se retirou e ela entrou.

— Não está trabalhando? — Perguntei.
— Sim, mas dei uma fugida pra te ver, tem problema?
— Não, entre.

Ela entrou me beijando, ter o beijo dela pela manhã era a melhor coisa pra começar meu dia.

— Ágata. Só peço que me avise com antecedência quando vir, minha mãe apesar de saber, ela não aceita muito bem o fato que eu me relaciono com mulheres. Não quero ter problemas com ela, apesar de não morarmos juntas, minha mãe está quase sempre aqui.
— Tudo bem, me desculpa.
— Não tem importância, ela está viajando, o lugar mais seguro para ir quando puder é o escritório.
— Tudo bem.

Ágata se sentou no meu colo enquanto me beijava, minhas mãos passeavam pelo seu corpo enquanto eu distribuía beijos no seu pescoço.

— Suzane... -Suspirava ela entre meu toque.

Puxei a blusa dela para cima mas ela segurou minhas mãos e me olhou nos olhos.

— Não posso agora, desculpa, só vim te dar um beijo rápido, preciso ir.

Empurrei-a contra o sofá apertando meu corpo contra o seu, ela gemia de uma forma que me arrepiava inteira.

— Suzane... tenho que ir, desculpa. — Disse ela me fazendo levantar.
— Tudo bem.

Ela me deu um longo beijo antes de se virar e ir embora, essa mulher era o furacão em pessoa.

Eu estava ofegante e com o coração disparado, a cada vez que Ágata passava por essa porta eu sentia que não conseguia controlar meus atos, eu queria segurar para que ela não fosse embora, eu queria que ela ficasse.

Estar tão envolvida e louca por uma mulher que eu mal sei sobre, é deliciosamente sufocante.

O mistério de Ágata Onde histórias criam vida. Descubra agora