Letícia

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Letícia:

Suzane não tirava os olhos da minha boca, e eu estava excitada e com os mamilos duros marcando o tecido fino do vestido, quando terminamos o jantar, ela pagou e me puxou pela mão de forma possessiva.

Eu não podia nem se quer acreditar que ela estava ao meu lado novamente, ficar anos longe dela foi sem duvidas pior do que tudo que passei naquele inferno de clínica.

Enquanto dirigia, sua mão estava colada no meu corpo, estávamos em silêncio apenas ouvindo uma leve melodia de fundo.

Ela estacionou na minha casa, desceu do carro e abriu a porta para mim.

— Desça.

Obedeci rapidamente parando de frente para ela.

— Me dê o vestido e pegue uma caixa no porta malas.

Esse horário dificilmente teria alguém na rua, não demorei a obedecê-la, tirei o vestido ficando completamente nua, o vento frio me arrepiava inteira, seu olhar pesava sobre meu corpo, dobrei o vestido e entreguei para ela, ela destravou o porta malas e rapidamente peguei a caixa.

— Vá na frente.

Abri a porta de casa e assim que ela entrou, tranquei, eu ansiava por seu toque, apesar de conhecê-la o suficiente para saber que essa noite eu não teria direito ao orgasmo.

— Abra a caixa.

Abri com cuidado e encontrei um caderno de folhas pretas e uma caneta prateada, embaixo do caderno havia uma caixa com minha coleira social, sorri internamente tentando conter as emoções.

— Me sirva, quero vinho.

Rapidamente corri para encher uma taça para ela, voltei para sala onde ela estava sentada e entreguei.

Ao lado dela estava um cane revestido em couro, ela me olhou e fez sinal para que eu me aproximasse.

Ela me observou completamente, puxou os meus mamilos colocando prendedores, a fisgada me dava uma leve dormência na pele.

— Acho que você desaprendeu algumas regras básicas, vou ajudá-la a se lembrar, ajoelhe-se com a bunda para cima, as pernas afastadas e os ombros o mais baixo que conseguir, quase rente ao chão.

Me ajoelhei ficando como ela havia ordenado, totalmente exposta, ela colocou em minha frente o caderno e a caneta, seus saltos estavam próximos ao meu rosto.

— Você vai escrever:
"Jamais devo me oferecer qualquer outra pessoa que não seja minha dona"
"Jamais devo tentar provocar minha dona com joguinhos"
"Jamais devo beber até passar dos meus próprios limites"
"Jamais devo desobedecer, ser infiel, ter medo, ou esconder algo de minha dona"
"Minha dona estará sempre acima de tudo"
Você vai repetir até que eu ordene que pare.

Comecei a escrever atenta palavra por palavra, repetindo frase por frase como fazia como criança em atividades escolares.

Meus joelhos já estavam incomodando quando eu estava na 16º folha, Suzane estava sentada no sofá atrás de mim, senti a ponta do cane deslisando pelas minhas coxas e passando de leve na minha umidade, meus mamilos já estavam dormentes com os prendedores, Suzane me acertou muitas vezes durante o tempo em que estive nessa posição fazendo com que minha bunda ficasse muito, muito quente e ardendo.

Soltei a caneta tentando esticar os dedos adormecidos pela posição e senti minha pele sendo castigada imediatamente com o cane.

— Não ordenei que parasse.

Peguei novamente e continuei a escrever, ela se aproximou e deslizou os dedos em meu corpo, alcançou os mamilos tirando os prendedores e massageando-os com os dedos.

Seus dedos deslizavam e espalhavam minha excitação, ela me penetrou de uma vez me fazendo gemer e perder a concentração, em seguida deixou um forte tapa me fazendo voltar a escrever.

Meus joelhos estavam dormentes, não sei por quanto tempo eu já estava naquela posição, eu já tinha escrito quase o caderno todo, Suzane passou a língua em todo meu sexo me fazendo suspirar, ela bateu com o cane em minhas coxas me fazendo queimar de imediato.

— Levante-se.

Com muito esforço eu consegui me levantar, meu corpo todo doía pela posição, Suzane ainda estava impecável vestida daquele jeito que eu tanto amava, eu queria toca-la, beija-la, mas não podia.

Ela tocou meus seios chupou mordendo levemente, segurou meus cabelos e passou a língua pelo lóbulo da minha orelha, eu gemia baixinho tentando abafar tanta excitação, ela socou dois dedos repetidamente em mim, eu estava prestes a perder o controle, ela tirou os dedos e me fez chupa-los.

Eu estava quase pingando de tão excitada que estava. Minha excitação já começava a escorrer pelas coxas.

— Você sabe que apesar de não estarmos juntas, você fez coisas que não deveriam, não é mesmo?
— Sim senhora. Está arrependida? — Senti minhas mãos suarem e meu corpo mudar de temperatura.
— Apenas em alguns pontos senhora. — Ela me olhou balançando a cabeça e parou de me tocar acertando um forte tapa na minha bunda, eu podia quase ver faíscas saindo do seu olhar.
— Explique-se.
— Não posso me arrepender tentar tê-la novamente para mim.

Ela se levantou do sofá e me puxou pra perto dela, pela primeira vez em tanto tempo ela me beijou, seus lábios tinham sede dos meus, eu poderia facilmente chegar ao ápice somente com seus beijos, eu estava sensível.

— Guarde tudo, vamos para o banho.

Coloquei de volta o caderno e a caneta na caixa, fechei e coloquei sobre o móvel da sala, arrumei tudo e fui para o banho, ela já estava lá, pela primeira vez a vi nua novamente, eu queria toca-la, ah como amo essa mulher.

— Venha Letícia.

Rapidamente entrei, senti suas mãos me lavarem, ela massageava meu corpo enquanto passava o sabonete em mim, eu não tive direito ao orgasmo mas não estava frustada, eu estava feliz, eu estava com meu coração pulando de felicidade.

— Ah minha loira, você é tão gostosa. — Disse ela deslizando um dedo para dentro de mim.

Me encostei no box e abri um pouco as pernas para que ela me tocasse, gemi sem conseguir me controlar.

Ela desligou o chuveiro e se ajoelhou colocando uma perna minha em seu ombro enquanto me chupava, eu estava ofegante.

Minhas pernas tremiam e eu estava perdendo as forças, ela percebeu e parou, me deu um beijo na testa e saiu do banheiro.

Terminei meu banho e encontrei Suzane já deitada usando um short com uma camiseta minha e vendo TV, coloquei uma roupa e fui na cozinha beber água.

— Lê, quando vir traz meu celular. — Gritou ela.
— Ok. — Respondi.

Conferi as portas e janelas e procurei o celular dela, havia umas 4 ligações perdidas da Ágata, e algumas msgs que  mesmo sem desbloquear era possível ler.

"Suzane, preciso te ver"
"Está aí?"
"Suzane, me atende, vamos comemorar, ele assinou o divórcio"

Minhas mãos começaram a tremer, e a felicidade que transbordava em mim a minutos antes, deu espaço ao desespero, eu só conseguia chorar por saber que agora Suzane poderia me deixar e ir atrás dela.

— O que aconteceu? — Disse ela aparecendo na porta e me fitando.

Eu balancei a cabeça tentando negar mais a mim do que a ela o que tinha acabado de ver, entreguei para ela o celular e voltei para o quarto.

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