Paixão incontrolavel

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Quando cheguei do trabalho decidi relaxar na minha jacuzzi, lembro que essa minha aquisição foi muito suada, juntei todos os centavinhos para fazer como eu queria, um deck de madeira na área externa da casa com uma jacuzzi redonda.

Tirei a roupa enquanto enchia, joguei os sais de banho que mais gosto e coloquei o celular próximo, em cima de uma toalha grossa.

Era óbvio que nessa altura do campeonato eu já tenha me dado conta de que alguma coisa tem de errado com Ágata, não é apenas trabalho que a impede de estar comigo, eu senti hoje em sua voz, e até mesmo em suas palavras que tinha algo mais ali.

Respirei fundo tentando me concentrar no que devo fazer de agora em diante, eu sei que estou louca por ela, mas não sei se é saudável para mim passar por tudo isso, ela não se abre, e eu não consigo nem imaginar o que pode estar acontecendo, o melhor a fazer é me afastar, mas será que consigo?

Depois do longo banho pensei em sair, mas desisti quando começou uma forte chuva lá fora.

Estourei pipoca e derreti manteiga pra jogar por cima com um pouco de sal, coloquei um filme na TV e me deitei no sofá enrolada na minha manta fina.

Acordei com o celular despertando e a TV ligada, meu corpo doía e minha garganta estava irritada, fui para o banheiro arrastada, espirrando e com o corpo mole, era o início de uma gripe daquelas.

Tomei um banho quente e liguei para o escritório para avisar que eu não iria trabalhar. Tomei meu café da manhã e voltei para a cama depois de tomar um remédio para gripe.

Respirei fundo e resolvi abrir a caixa de e-mail, desde ontem de manhã que estive com Ágata mantive meu email fechado, já fazem quase 24h.

Como era de se esperar havia alguns e-mails dela.

1º e-mail
DE: Ágata
PARA: Suzane
ASSUNTO: Boa tarde

Olá, passando pra deixar um beijo carinhoso de boa tarde.

2º e-mail
DE: Ágata
PARA: Suzane
ASSUNTO: Ocupada?

Suzan, está ocupada ou chateada com algo?

3º e-mail
DE: Ágata
PARA: Suzane
ASSUNTO: Me responda

Sei que está aí, pq me ignora?

4º e-mail
DE: Ágata
PARA: Suzane
ASSUNTO: OK

Não vou mais insistir.

Ao ler os e-mails eu estava com o coração acelerado, eu deveria agradecer a oportunidade e me afastar dela de vez, mas não era simples assim, eu era capaz de sentir seu cheiro só de pensar nela, isso já estava saindo do meu controle.

Depois de muito pensar resolvi não respondê-la, coloquei uma roupa quente e fui para casa dos meus pais almoçar, minha mãe fez questão de fazer uma sopinha e eu jamais recusaria.

Depois de almoçar e tomar um remédio caseiro voltei para casa, antes de me aproximar percebi que tinha um carro estacionado no meu portão, e eu já imaginava quem era.

Abri a garagem e entrei, percebi Ágata entrar antes que o portão se fechasse, desliguei o carro e saí, ela se aproximou de mim e me beijou.

— Estou gripada. — Disse me afastando.
— Quer ir ao médico?
— Não, já estou melhor, tomei remédio.

Entrei em casa e ela entrou atrás, me sentei no sofá e ela se aproximou.

— O que aconteceu? Você não me respondeu, achei que tinha acontecido algo.
— Não vi seus e-mails. — Menti.
— Estava com saudades,Suzan.

Ela se sentou no meu colo me abraçando.

— Ágata... eu não estou bem, não me leve a mal, mas preciso descansar.
— Tudo bem. — Disse ela se levantando.

Ela se virou em direção a porta mas antes olhou para mim.

— Suzane, tem certeza que é só isso?
— Sim.

Ela se virou e se foi, uma angústia apertava meu peito, era sufocante, ver aqueles olhos negros suplicarem meu toque, meu carinho e tentar evita-la era péssimo.

*

Dois dias se passaram até que eu estivesse totalmente recuperada, por mais que eu tentasse evitar Ágata eu não conseguia, e estava cada vez mais envolvida.

Estava acompanhando a reforma do escritório que graças às chuvas estava com infiltrações, meu celular começou a tocar, era Ágata, número desconhecido já era quase seu contato.

— Está no escritório ainda ou já saiu pra almoçar?
— No escritório.
— Estou indo aí.

Ágata chegou trazendo uma sacola grande nas mãos, me puxou para minha sala e me beijou.

— Desculpa pelo atraso, foi difícil encontrar. — Disse ela me entregando a sacola.

Abri apoiada na mesa, era um abajur novinho como o que ela quebrou.

— Ágata, não precisava.
— Faço questão, eu quebrei, nada mais justo.

Ágata usava um longo vestido azul escuro, seus seios redondos mostravam os bicos empinados, ela estava sem sutiã, aliás, ela raramente usava sutiã quando estava comigo, e isso me enlouquecia.

— Volto já. — Disse.

Dispensei o pessoal que estava fazendo a reforma para almoçarem mais cedo e voltei para a sala.

Beijei sua boca colando seu corpo no meu, minhas mãos tocavam seus seios pelo tecido grosso do vestido, puxei seu vestido para cima mostrando seu corpo perfeito, ela me olhou nos olhos, ela não gostava de ficar nua na minha frente.

— Seu corpo é lindo. — Disse olhando-a.

Puxei a pra mim para que se sentasse no meu colo com as pernas abertas e nua e sorri, ela era linda.

Segurei seus cabelos puxando-os enquanto penetrava com meus dedos e beijava sua boca, coloquei um mamilo na boca e mordi, ela gemeu alto me fazendo ficar louca.

Ela se esfregava na minha mão enquanto gemia meu nome, até que não aguentou e gozou gemendo alto.

Coloquei-a deitada e subi nela sem desgrudar nossas bocas, eu estava suada e ofegante, tanto quanto ela.

Rapidamente Ágata colocou suas roupas de volta, eu jamais ia entender essa vergonha toda.

— Quer que eu peça nosso almoço? — Perguntei.
— Não, preciso voltar.
— Tudo bem.

Ela me olhou e me abraçou.

— Você é tão importante para mim, Suzan.
— Eu quero você, Ágata, quero muito mais de você.
— Eu sei, eu sei Suzan, me dê um tempo ok? Preciso me estabilizar antes de conseguir deixar um dos meus empregos.
— Ágata, vou indicá-la para um cliente meu, ele é o diretor de um hospital, se eu conversar com ele...
— Não... — Me interrompeu ela. — Não é necessário, agradeço mas prefiro resolver sozinha.
— Como quiser.

Ágata foi embora e eu saí, fui até o restaurante de costume e fiz meu pedido, enquanto aguardava, refletia em tudo o que já aconteceu até agora com Ágata, eu já não conseguia mais ficar sem ela, eu estava apaixonada por Ágata, e sei o quanto isso pode ser complicado.

O mistério de Ágata Onde histórias criam vida. Descubra agora