Saint Seiya - Filhas do Tempo (REVISANDO)

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A desconfiança predominou no olhar do pisciano, será que Asmita sabia de algo que ninguém sabia? Por que o santo de virgem era tão misterioso dessa forma?

— Continuem. — incentivou o virginiano e por fim calou-se deixando que o silêncio passasse pela mente de todos.

Albafica virou-se para a saída da casa fingindo não se importar, mas por dentro morria de curiosidade. Any sentiu-se melhor e logo voltou a caminhar ao lado de Aísha, que muito preocupada segurava a mão da amiga. Manigold ainda estava ofendido, estava sendo tão gentil e carinhoso que nem ele mesmo se reconhecia, por que Any não gostava disso?

Dohko não estava em casa, muito menos Sísifo e El cid, tanto Manigold, quanto Albafica, já não esperavam encontrar Kardia em casa, afinal, este adorava atazanar a vida do coitado do Degel. Apesar de divertido, Kardia era um tanto imprevisível e Albafica já planejava uma maneira de apresentar as meninas sem que o escorpiano tente fazer algo com elas, mas era difícil, só mesmo Degel para controlá-lo.

Aísha notou a feição do canceriano, que mentalmente pensava em uma maneira de agradar Any, a ruivinha sorriu e ficou a observá-lo. Apesar da fama de malcriado e rebelde de Manigold, em seu coração havia muitos sentimentos bons, havia aprontado muitas coisas ruins, mas a nobreza de um cavaleiro de ouro prevalecia em sua mente. O grande mestre Sage o ajudou a trabalhar os sentimentos de vingança que nutria em seu coração, mas ainda havia um grande desejo ali, desejo esse que talvez custasse sua vida.

Assim como Mani, Albafica também tem uma história a contar, seu sangue tornou-se tão venenoso quanto suas rosas e isso o impede de permanecer mais perto das pessoas, até mesmo das pessoas que gosta. Enxergou em Aísha uma leveza completamente apaixonante, ela com toda certeza seria o tipo de mulher no qual ele se apaixonaria, porém, haviam tantos quesitos, era injusto prender alguém dessa forma.

— Ora ora ora, se não são os cavaleiros da quarta e décima segunda casa. — Kardia de escorpião se levantou olhando para os quatro que chegavam. — Trouxeram brinquedos. — o azulado mexeu-se para ir na direção deles, mas Degel o segurou pela capa de sua armadura.

— Nem pense nisso. — o aquariano disse num tom sério. — Olá Albafica, Manigold... garotas?

— Estamos interceptando a visita delas para o velhote. — Manigold disse sorrindo. — Mantenha esse aracnídeo longe delas.

— Ora seu.... — Kardia soltou-se e encarou o amigo de câncer. — Logo você? — era improvável que Manigold se aproximasse de uma mulher apenas para levá-la ao grande mestre.

— Kardia... Não temos tempo a perder. — Albafica disse sério. — Podemos passar, Degel?

— Sim. — Degel respondeu com frieza e obrigou o amigo de escorpião a se sentar.

— Hunf. — Kardia resmungou e cruzou os braços.

Seus olhos foram nas garotas e brilharam inspirando maldade. Olhou Any e achou que ela combinaria mais com Degel, ao passar os olhos percebeu Aísha, os cabelos avermelhados lhe lembravam algo que ele gostava muito, maçãs. Suas bochechas esquentaram quando seus pensamentos foram além da beleza da garota, de certa forma ele tinha uma queda por ruivas. Albafica balançou a cabeça negativamente, sentiu uma sensação diferente em seu peito, como se estivessem a cobiçar suas amadas rosas. Não quis mais pensar nisso e continou a caminhar atravessando a casa de aquário. Manigold foi andando ao lado das garotas e logo se lembrou que talvez pudesse impressionar Any com uma conversa ou um presente.

"Será que uma viagem ao Yomotsu seria agradável para ela?" pensou e logo acabou por rir sozinho, chamando a atenção da morena.

— Diga-me, quantos anos você tem? — ele perguntou ao ver que havia conseguido a atenção dela.

— Dezoito, e você? — perguntou em reciprocidade ao assunto.

— Vinte e três. — ele sorriu, ela era mais nova e isso o deixava ainda mais interessado. — Espero que gostem do santuário.

— Por quê? — Aísha perguntou voltando a empolgação de antes, havia esquecido do que aconteceu com Albafica.

— Vai ser muito bom poder treinar vocês, apesar que o santuário não é lugar para garotas. — ele gargalhou e logo se deu conta que estava frente ao templo da deusa Athena. — Hm...

Os dois cavaleiros se prostaram de joelhos frente ao mestre Sage, Any e Aísha observaram o velho como se fossem cair para trás, as vestes bonitas e as jóias de ouro davam um ar de importância ao homem, que antes sentado, colocou-se de pé. Agora elas tinham certeza que não era brincadeira dos dois, aquilo tudo realmente era real.