Meses mais tarde...
Manigold contemplava o corpo nu de Any sobre o colchão, sua necessidade de fazer amor as vezes a deixava cansada e dormir era a melhor forma de descansar. Haviam se passado bastante tempo desde a guerra contra os deuses gêmeos, nada parecia preocupá-los até então, exceto o tempo, este estava passando rápido e eles temiam essa passagem, mas não era suficiente para fazê-los esquecer do presente. As costas nuas da menina tinham um tom tão pálido que nem parecia que treinava sobre o sol duro da Grécia todos os dias, os seios pequenos estavam quase totalmente envoltos pelo lençol, mas ainda ficava a parte rosada que o canceriano adorava observar e tomar com os lábios, mas desta vez não o fizera, visto que era um ato para acordá-la. Any sentou-se repentinamente na cama revelando o resto do corpo ao namorado e ambos ouviram batidas frenéticas á porta.
— Anda prevendo o futuro? — o canceriano sorriu enquanto se levantava e jogava a camisa para a mais nova, que deveria se vestir antes que ele abrisse a porta. Ela assim o fez, vestiu-se mas ainda assim se manteve enrolada aos lençóis. — Albafica? — Manigold questionou a aparição do amigo. Aísha estava entrando no nono mês de gestação e se afastar dela não era uma boa ideia. — O que está fazendo aquia? E a Aísha?
— Preciso da ajuda da Any. — o pisciano parecia completamente desesperado. — Aísha entrou em trabalho de parto.
— Tudo bem, ela já está indo. — Manigold disse e lançou um olhar a cama, mas não pôde vislumbrar o corpo da amada. — Ou já deve estar lá.
Any sempre se preocupou muito com o bem estar da irmã, mesmo não sabendo que esta era sua irmã, o que era estranho, pois das duas a morena era a mais nova. Não importava se vestia apenas a camisa de Mani e uma calcinha, o que realmente importava era como a outra estava.
Deitada sobre a cama e suando frio, Aísha depositava gritos agudos na atmosfera, suficientes para qualquer um perceber que estava doendo muito, a criança mexia-se dentro de sua barriga causando contrações fortes que iam e vinham, ela queria vir ao mundo para conhecer os pais e os tios, mas antes que pudessem ver este acontecimento, seria necessário muita dor.
— Any... — a ruiva moveu a cabeça para o lado fazendo uma expressão de dor. — Não engravide, isso dói muito.
Any sorriu, apesar de querer lamentar. — Eu não posso engravidar. — admitiu sentando-se a cama e ajeitado a amiga. Manigold e Albafica entraram no quarto no exato momento da fala da mais nova, e diante desta declaração, até as contrações do bebê param, evitando os gritos de Aísha. — Preciso que seja forte, vai doer um pouco, mas prometo que quando acabar você está com ele nos braços.
— Assim espero. — Albafica disse tentando se anunciar e cortar o clima tenso entre o outro casal. — Eu estarei ao seu lado. — o pisciano segurou a mão da ruiva e esta deixou uma lágrima cair enquanto sentia a criança se mover novamente.
— Preciso de toalhas e coloque água para esquentar. — a morena olhou o namorado que não esperou mais que um segundo para ir em busca dos pedidos da menina.
Aísha estava deitada sobre a cama com as pernas abertas e Any sentada ao seu lado, a cada contração ouvia-se um grito de dor e suor escorria junto as lágrimas da ruiva. Dar a luz realmente não era uma missão fácil no século XVIII. Manigold trouxe todas as toalhas necessárias e a água estava esquentando, faltava apenas uma coisa, a boa vontade do bebê a vir ao mundo. Quanto mais tempo passava, mas Aísha se desesperava, a criança parecia não querer sair e doía tanto que parecia ter seus ossos esmagados um a um.
— Any, por favor, está doendo muito. — Aísha pediu enquanto apertava a mão de Albafica com força. — Tira essa criança de mim.
— Não da. — a morena disse. — A criança está sentada, eu achei que com o movimento ela fosse chegar no lugar. — a amazona de relógio explicou enquanto pensava numa alternativa.
— Faça ela sair sentada mesmo! — Manigold disse sem pensar no que falava.
— Não dá, a cabeça deve ser a primeira coisa a sair, eu mataria Aísha se fizesse isso. — o desespero tomou conta dos quatro e enquanto os gritos da ruiva perfuravam seus tímpanos Any tomou uma decisão. — Preciso de uma faca.
— O que você vai fazer? — Albafica perguntou espantado. — Não pode cortá-la.
— Albafica, é isso ou os dois irão morrer! — explicou a morena em desespero. — Ou abrimos a barriga dela e tiramos essa criança, ou ficaremos sem ambos.
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Saint Seiya - Filhas do Tempo (REVISANDO)
FanficAntes de morrer Chronos tirou fragmentos de sua alma para se manter vivo, agora, séculos mais tarde, esses fragmentos reencarnam ao noroeste da Inglaterra e trazem um novo alerta ao mundo. Athena tem a missão de proteger as filhas do tempo e manter...