Saint Seiya - Filhas do Tempo (REVISANDO)

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Os olhos de Any se fecharam sentindo uma imensa dor se manifestar por seu corpo, mas ao contrário da escuridão que esperava ver, viu e ouviu um grito agudo e teve certeza de quem ele vinha. A morena olhou Manigold com certa preocupação e o namorado sorriu dando apoio para a menina, como se dissesse que ele, Hakurei e Sage aguentariam Thanatos enquanto ela iria em busca de Aísha.

Sem pensar duas vezes a morena se teletransportou para a presença da ruiva, que deitada nas escadarias de peixes chorava em desespero. Ela não queria perder o filho e muito menos Albafica, o desespero tomava conta dos olhos azuis que outrora deram origem ao mais puro sentimento.

— Any! — a ruiva chamou enquanto observava a irmã se ajoelhar ao seu lado. — Por favor me ajuda!

— Aísha, o que aconteceu? — a mais nova olhou-a com preocupação enquanto segurava a cabeça da ruiva. — O que está sentindo.

— Estou perdendo meu filho. — a garota respondeu deixando uma lágrima cair.

Any olhou um tanto desapontada pela falta de informação da outra, talvez se tivesse dito que estava grávida ela não permitiria que ela viesse para uma guerra para evitar coisas desse tipo. Porém, apesar de chateada, Any amava Aísha e já amava a criança também, não poderia deixar que seus inimigos colocassem em risco a vida de um ser tão precioso. Num suspiro Any começou a tirar a armadura que a ruiva usava e ao depositar a mão sobre o ventre da menina pôde notar no rosto da pisciana a dor que ela sentia.

— Olhe para mim! — chamou á ruiva enquanto a via fechar os olhos. — Eu salvarei seu filho, mas preciso que fique acordada.

— Any… Por favor, Albafica ficaria muito bravo se algo acontecesse ao nosso filho.

A filha de Chronos fechou os olhos sentindo muito em ter que fazer o que iria fazer, porém, o que significava uma vida diante do amor que sentia pela irmã. Ao lançar os olhos aos céus emitiu uma rajada cósmica que obrigou o resto da barreira de Athena despencar de vez, somente desta forma poderia usar todo seu poder e ajudar a criança.

Enquanto Any e Aísha tentavam salvar o bebê, Defteros adentrou a casa de peixes ao lado de Degel e Shion, que também ouviram a mensagem de Asmita, o virginiano agora entrava em confronto com Ícelos fora do santuário. Albafica segurava uma rosa branca enquanto sua boca e seus olhos sangravam, denunciando o veneno que possuía em seu sangue, Hypnos parecia ainda mais forte a cada ataque, mas Albafica sabia que nem mesmo o deus do sono seria páreo para sua força como cavaleiro. No fundo, ele já havia alcançado seu objetivo. O corpo do deus já sentia o poder do verdadeiro cavaleiro de peixe.

— Trouxe seus amigos para a batalha? — o deus do sono perguntou sorrindo. — Mas não tem problema, há poder para todos vocês.

— Viemos apenas assistir. — um cosmo azul cortou a atmosfera, era Dohko. Com um sorriso alegre o moreno olhou com deboche. — O poder de Albafica ultrapassa o que seria necessário para te vencer, Hypnos.

O sorriso de Defteros alegrou até mesmo Degel, que não possuía um humor tão apurado. Agora a batalha seria travada pelos quatro cavaleiros e o deus, será que Hypnos era forte o suficiente para aguentá-los juntos.

A atmosfera denunciou a baixa temperatura quando flocos de neve começaram a bailar pelos restos da casa, estrelas foram vistas ao redor de todos e enquanto Albafica caminhava em passos lentos para se juntar aos amigos, todos sentiram um tremor abalar a estrutura das doze casas obrigando-os a se equilibrar. Com Aísha nos braços Any retornou ao templo de Athena, ou ao menos o que restava dele, seus cabelos negros balançavam com o vento que corria pelo local e dela uma energia devastadora era emanada, quando a garota abriu os olhos todos puderam notar uma diferença, num olho o negro predominava e no outro havia apenas um laranja vivo.

— Não pode ser… — a voz de Thanatos se propagou ao ver Any. A garota colocou Aísha de pé e a ruiva resistiu. — Então… É você mesmo.

— Pela primeira vez em minha vida alguém me atingiu o suficiente para me fazer sentir dor aqui. — Any colocou a mão sobre o peito esquerdo. — Não matarei seu irmão pois sei que os meninos já irão fazer isso por mim. — a garota andou para o lado de Sage e o ajudou levantar, o sangue predominava no rosto do velho, porém, ao sentir a mão da menina o levantar ele pôde sentir certeza que ela havia despertado o auge do poder que possuía na alma. — Mas você Thanatos… — a mão da menina se estendeu formando uma meia lua e ao movê-la para frente Thanatos sentiu-se sufocado. — Vai pagar… 

O deus levou a mão ao pescoço tentando resistir, porém, o braço de Any se moveu para cima retirando-o do chão enquanto o enforcava. Manigold se levantou mostrando o típico sorriso psicopata que só ele sabia dar, sabia que havia encontrado a mulher certa para amar. Destemida, maldosa e acima de tudo poderosa, juntos iriam destronar o mundo se fosse necessário, mas jamais iriam se ajoelhar diante de seres como Thanatos e Hypnos. O cosmo de Any, Defteros, Dohko, Albafica, Manigold, Sage, Hakurei, Degel, Aísha e Shion se manifestaram juntos, o santuário foi engolido por uma imensa esfera de energia, que depois de alguns  segundos explodiu levantado com elas a vida de Thanatos e Hypnos, os selos de Athena serviram para selar os deuses gêmeos juntos, porém, junto com a explosão e Ícelos, também se foi a vida de Asmita.