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Aísha olhou bem a irmã e engoliu seco com a pergunta, não havia pensado em nenhum possível nome para sua filha e queria que este fosse algo significativo para todos e não apenas para o casal. Afinal, Any e Manigold foram mais do que necessários para que o nascimento da menina fosse possível.

— Quero que seja Mya. — ressaltou e os três a olharam questionando o porquê daquela escolha. — Usando o M do nome do Mani, o Y da Any e por fim o A, meu e do Albafica. — explicou.

— É uma bela escolha. — o pai se aproximou olhando a criança nos olhos. Ela era tão quietinha que nem parecia ter acabado de nascer. — Acho que você precisa amamentá-la. — disse olhando a ruiva mais velha.

— Tem razão! — Any disse olhando Aísha em reprovação.

— Eu no lugar dela já estaria fazendo um escândalo. — Manigold confessou passando a criança para os braços da mãe. Aísha pareceu entrar em transe ao observar a criança, nunca havia imaginado que um dia pudesse trazer algo tão precioso para o mundo.

Os outros se afastaram deixando a outra a vontade com a filha, saíram do quarto mantendo uma conversa agradável sobre como iriam cuidar da pequena ruiva. Aísha sentiu uma pequena dor quando a filha sugou seu seio buscando pelo leite, mas em instantes já estava acostumada com aquilo, era como cócegas. Mal podia imaginar como seria quando ela tivesse dentes.

— Você acha que Zeus irá se meter? — Albafica perguntou encostando-se em um dos pilares.

— Muito improvável. — confessou a morena sentada sobre o colo do namorado. — Aquela mulher parecia ter uma ligação muito grande com Zeus, parecia prever o que aconteceria caso ele tentasse algo contra nós.

— Como ela era? — o pisciano parecia interessado em desvendar o porquê da misericórdia do deus do raio.

— Não muito alta, cabelos ruivos e um corpo de dar inveja. — Any respondeu explicando a aparência de Kelly.

— Agora entendo porquê Zeus obedeceu, ele é um tarado. — Manigold disse revirando os olhos.

— Não quero saber a aparência. — orientou o anfitrião da casa. — Ela parecia importante ou tinha uma personalidade que deixasse desconfiança?

— Sim. — Any virou-se para o irmão de batalha e sorriu levemente. — Acho que conheço alguém que pode nos ajudar a saber quem é ela. — num piscar de olhos seu corpo desapareceu do colo de Manigold. Os cavaleiros se olharam e o canceriano suspirou, amava muito Any, mas esse jeito de querer fazer tudo sozinha o irritava, apesar de também possuir essa características.

Os passos descalços de Any foram ouvidos por Degel quando a mesma adentrou a décima primeira casa. Ainda vestia apenas a camisa do namorado, mas isso já não era problema algum, sabia que Degel era um homem respeitador e que não possuía nenhum tipo de sentimento, além da amizade, por ela. 

O aquariano fechou o livro em mãos e levantou o olhar quando a morena parou a sua frente. Os olhos amarelos e a pele extremamente clara denunciavam o que ele já suspeitava, havia sentido o cosmo de Any se manifestando e sabia que agora ela era muito mais do que uma simples amazona.

— Está precisando de mim? — o aquariano perguntou voltando seu olhar para o livro e retornando a abri-lo.

— Degel... — Any aproximou-se sentando ao chão frente ao trono da casa de aquário. — Krest era seu mestre, certo?

— Sim. — a expressão séria tomou conta do rosto do mais velho. — Meu e do Kardia também.

— Eu acho que conheci uma amiga dele. — explicou balançando a cabeça. — Você conhece alguma mulher chamada Kelly?

Saint Seiya - Filhas do Tempo (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora