Capítulo 55

61 9 5
                                    

Minha vida finalmente começava a se transformar e eu sentia que era uma transformação maravilhosa, minha melhor amiga e irmã sabiam do meu segredo e me apoiavam com todas as forças, gostavam de Thomas e viam nele a pessoa perfeita para mim, mesmo sendo um garoto.
Ele começou a andar mais com a gente, percebi que ele e Chris também se davam muito bem, o bom do Thomas era que não tinha praticamente ciúmes, mesmo sabendo que um dia já gostei de Christian, ele o tratava normal e apoiava minha amizade com ele, afinal Chris sempre seria meu melhor amigo.
Já Ryck e Thomas também era os típicos amiguinhos inseparáveis, mesmo Thomas sendo gay sabia conversar sobre tudo o que Ryck adorava e isso fazia os dois serem bem próximos. Me questionei se Ryck o trataria normalmente se soubesse que ele era seu cunhado.
E realmente se tornou seu cunhado, real! Oficial!
Thomas me pediu em namoro durante aquela semana, me levou para sair sexta a noite e me fez uma bela surpresa com sua declaração. Claro que eu me fiz de difícil dizendo mil sims, mas decidi ser bonzinho e dar uma chance, finalmente estava desencalhado!
Por mais que a declaração dele em forma de um poema que escreveu para mim tivesse sido linda demais, sendo mais do que o suficiente para disparar meu coração, contando um pouco do que passamos para nos encontrar, Thomas ainda me prometeu que um dia usariamos alianças de compromisso, quando não tivessemos mais que esconder nossa paixão... E mais do que nunca quis gritar ao mundo que estava perdidamente apaixonado por ele.
Tinhamos tido relações só uma vez até então, duas semanas se passaram desde que fui na casa dele, tinha voltado lá só para conhecer seus pais, mas não ficamos juntos daquela forma.
Então quando o final de semana chegou de novo, percebi que todo mundo iria sair com seu respectivo par. Por que eu não poderia chamar o meu para vir no meu apartamento, então?
Ele chegou na hora do almoço, seu sorriso encantador sempre o acompanharia para onde fosse.
- Oi!- Entrou, me deu um beijo rápido e falou animado- Trouxe o que pediu!
- Ah, teremos salmão para o almoço!- Falei comemorando e pegando a sacola de sua mão com o peixe.
- Trouxe uma torta também, para a sobremesa.
- Meu irmão não está aqui para devorá-la antes de todo mundo, então está ótimo!
Ele deu risada e foi colocar a sobremesa para gelar um pouco.
Na verdade eu tinha chamado ele aqui na intenção de termos um pouco de privacidade, mas eu não sabia como deixar explícito que queria fazer aquilo de novo... Até tentei dizer algumas coisas, mas eu não consegui ser nem um pouco direto. Caramba, eu tinha vergonhado do meu próprio namorado? Iriamos acabar ficando só na primeira vez. Pronto, foi uma vez na eternidade! Bem que sempre falaram que sexo e Ryan não dava certo!
- Ryan, acho que o tempero está queimando...- Falou Thomas enquanto eu estava tendo essa discussão mental comigo mesmo e me distrai, corri para a panela onde havia deixado o tempero e salvei por pouco.
- Tem certeza de que não quer ajuda?- Perguntou ele se encostando na geladeira atrás de mim e me analisando.
- Não precisa, meu objetivo é fazer o almoço, então é isso o que vou fazer!
- Vamos ver se iremos comer hoje, então...- Falou ele brincando.
Eu corei levando para o outro sentido, o que estava acontecendo com a minha ingenuidade, Senhora do céu?
Coloquei no forno, enquanto pegava o pote de salada e preparava um pouco para nós. Me peguei pensando se eu seria mesmo um bom namorado, nesse um mês e alguns dias em que saímos e nos conhecemos mais percebi que Thomas realmente tinha bem mais experiências do que eu, tinha vezes que eu simplesmente não chegava nem a entender do que ele estava falando. Parecia que ele estava querendo uma coisa que eu não tinha certeza se poderia dar... E se fosse mesmo o caso e não fossemos muito compatíveis? Eu me sentia um pouco infantil com ele, não pelo fato de Thomas ser um ano mais velho do que eu, mas por sermos opostos. Eu tinha muito ciúmes, nunca tinha namorado daquele jeito e era tímido demais, já ele não tinha ciúmes, já tinha tido boas experiências em namoros e ainda era seguro de si... Será que dariamos certo mesmo?
Thomas estava atrás de mim me observando.
- Você parece pensativo, anjo...
- Não é nada demais...- Falei com a cabeça baixa, cortando a salada.
- Tem certeza?
- Tenho, sim.
Thomas me observou de cima a baixo e passou a mão no queixo, pensativo.
Terminei de cortar os tomates e coloquei tudo no pote. Quando percebi, Thomas já estava abraçado em mim por trás e observando o que eu estava fazendo.
Mordi meu lábio, sentindo o calor do seu corpo contra o meu, mas continuei fazendo as coisas e preparando a comida.
Ele beijou meu pescoço e eu falei, meio que automáticamente:
- Está com fome?
- Muita...- Sussurrou no meu ouvido, continuando a beijar meu pescoço. Acho que não era exatamente do mesmo tipo de fome que estavamos falando.
Agora tinha ficado preocupado de ter sido mesmo uma boa ideia ter chamado Thomas para o apartamento, o pessoal podia aparecer lá a qualquer momento... Mas estava tão difícil resistir aos seus beijos.
Soltei a faca e me concentrei só em sentir seus beijos e mãos que passeavam por meu corpo, sentia elas subirem por dentro da camisa que usava e massagearem os músculos da minha barriga e costas.
Thomas parecia querer mais do que só aquilo. Levantou minha camisa e a tirou devagar, aquilo já estava me deixando ofegante. Ele aproveitou que eu estava sem camisa e desceu beijando a parte de cima das minhas costas, parte sensível que fez arrepios percorrerem o meu corpo inteiro e eu me empinar meio que involuntáriamente.
Thomas olhou mais para baixo, eu conseguia escutar sua respiração pesada, então ele passou a mão em mim por trás, apertando e massageando minha bunda, o que eu não queria admitir mas foi incrivelmente bom. Mas o jeans ainda o atrapalhava de fazer tudo o que queria. Suspirei sem saber se fazia ou não, mas a excitação já me controlava, então abri meu cinto e abaixei o ziper da minha calça, dando livre acesso para ele.
Thomas não pensou duas vezes, abaixou minhas calças junto da roupa de baixo e me deixou  seminu. Dessa vez ele apertou com mais vontade, enquanto eu deixava alguns gemidos e suspiros escaparem.
- Irresistível é apelido...- Sussurrou ele se referindo a tatuagem em que tocava. Sorri de leve, sentindo o meu pau latejar reagindo a cada coisa que ele fazia.
Ele passou para a outra parte que não tinha tatuagem e massageou bem devagar, Thomas me olhou cheio de vontade e sem saber se devia ou não, mas me deu um tapa na bunda.
Gemi um pouco mais alto e me empinei mais ainda quando senti o tapa de leve, o que mais estranhei foi que gostei, não chegou a doer, só me excitou mais. Thomas me viu todo curvado sobre o balcão e me olhou malicioso, se esfregou um pouco em mim por trás, o que me fez enlouquecer. Olhei para ele fazendo isso e percebi que estava era querendo como um louco que ele fosse mais fundo que aquilo. Ao perceber que eu realmente queria, Thomas desabotoou e abaixou sua roupa também, mostrando o quanto estava excitado. Vi ele colocar a camisinha que tirou do bolso e me virei de volta para o balcão, ansioso, enquanto ele se aproximava. Me puxou um pouco, fazendo eu me curvar mais sobre o balcão e se endireitou, senti ele penetrando bem devagar, fechei os olhos e gemi ao sentir a dor. Quando colocou tudo, Thomas suspirou e olhou para mim, estava ardendo bastante e naquele momento eu já não tinha certeza de que iria mesmo gostar, mas aos poucos começou a passar.
Ele me falou para dizer quando quisesse que ele continuasse, esperei mais alguns segundos e assenti, mordendo meu lábio inferior. Thomas segurou minha cintura e começou a se mover bem devagar, tentando fazer eu não sentir tanta dor. Sentia ele entrar e sair em movimentos seguidos, que eram tão intensos e profundos que me faziam delirar e gemer sem controle algum sobre mim, depois que a dor passou aquilo se tornou muito bom, cada vez melhor. Ele foi aumentando cada vez mais o vai e vem dos seus movimentos também soltando alguns gemidos, pegou minha mão e colocou em meu membro quando os movimentos já estavam bem mais rápidos. Com a sua por cima da minha, ele foi movimentando e fazendo eu me masturbar, aquilo foi mais do que o suficiente para eu perder toda a minha razão. Nós dois continuamos naquilo por bons minutos prazerosos, até que chegamos ao climax juntos.
Senti ele retirar, enquanto eu meio que me debruçava no balcão, tentando controlar a minha respiração alterada e me recuperar. Caramba... Aquilo foi incrível, não sabia o porquê de eu ter gostado tanto, simplesmente foi tão intenso...
Thomas se aproximou me erguendo um pouco de lado e me beijou com carinho, acariciando meu rosto. Percebi que tudo o que estava pensando estava errado, nós eramos perfeitos juntos e por mais que ainda tivessemos muitas diferenças, acreditava que iriamos aprender com elas.

Depois que limpamos bem tudo e não deixamos vestígios do que haviamos feitos, retiramos o salmão do forno e fomos comer. Ele elogiou bastante, ainda ficamos curtindo juntos e namorando um pouquinho, mas Ryck foi o que chegou mais cedo. Por pouco conseguimos disfarçar antes dele entrar e ver alguma coisa.
- Thomas! Não sabia que tinha vindo para cá.- Falou sorrindo.
- Ryck! Já voltou? Achei que estaria com a Anne...- Falei um pouco nervoso e tentando manter certa distância do Thomas.
- E eu estava com ela, mas Anne teve que voltar cedo por causa dos pais.- Comentou Ryck parecendo chateado.- O que estavam fazendo?
- Nada, só... Conversando mesmo.- Falou Thomas sorrindo.
- Sério? Só isso? Como conseguem fazer só isso sem uma bebida para acompanhar, jogar vídeo game ou assistir alguma coisa? Se torna uma conversa chata!
Não acho, estava bem interessante até o estraga prazeres chegar!
- Imagina, conversar com o Ryan nunca vai ser chato... E você? parece ter se divertido, Ryck!- Comentou Thomas observando ele.
- Se me diverti? Cara, nem te conto o que rolou noite passada, Anne preparou uma surpresinha para mim, que cara não gosta de receber um strip-tease exclusivo, hein? Mano...- Ele deu dois soquinhos no braço de Thomas- Você deve saber do que estou falando! Foi incrível! Sua namorada já fez algo do tipo para você?
- Hã... Na verdade, não.- Falou Thomas dando de ombros.
- Sério? Pois joga essa ideia no ar quando se verem... Posso apostar que vai adorar!- Falou Ryck sorrindo malicioso e foi para a cozinha.
- Devo jogar essa ideia no ar, Ryan?- Falou Thomas sorrindo travesso.
- Quem sabe um dia...- Falei rindo, ele também deu risada e se aproximou querendo me beijar.
- Você ouviu a música daquela banda que te mandei, Thomas?- Ryck voltou do nada e eu e Thomas nos separamos na maior rapidez.
- Ah, sim! São muito bons! Muito bons mesmo!- Falou Thomas um pouco tenso e disfarçando.
Ryck voltou a ir para a cozinha.
- Onde estavamos?- Sussurrou ele para mim, sorri e me aproximei.
- Você viu que a cantora principal também é japonesa? Me lembrou muito a Hillary! Não acha?
Ryck parou vendo a gente correr de novo para nos separarmos e disfarçando de maneiras bem toscas.
- Também me lembrou...- Thomas sorriu sem vontade. E acabamos desistindo de tentar ficar juntos com Ryck ali.
Só bem depois ele parou de vim direto para a sala, mas falou lá da cozinha:
- Nossa, essa torta estava ótima!
Revirei os olhos e me recostei no sofá, irritado com meu irmão.
Nós três curtimos mais um pouco até Thomas ter que ir embora de tarde. Depois que ele se foi, fui até a cozinha pensando em tudo o que aconteceu.
- Bom, já que você comeu toda a sobremesa, tenho que me virar com o que tem.- Falei irritado e comendo uma maça.
- Olha pelo lado bom, estou te deixando mais saudável...- Falou Ryck do sofá enquanto mexia no notebook.
Peguei meu celular e fui me sentar na mesa, mas me encolhi e soltei um murmurio de leve ao sentar, ardia mesmo.
Ryck viu e deu risada.
- Oshi, o que aconteceu aí, Ryan? Deu demais?
Olhei para baixo, quando senti meu rosto corar e disfarcei.
Ryck me olhou, achando estranho e falou:
- Está tudo bem?
- Claro! Por que não estaria?- Falei rápido dando uma risadinha.
- Sei lá... Toda vez que te zouo assim você nega feito doido falando "Lógico que não! Deixa de ser idiota!"
Cocei minha cabeça, tenso.
- Achei que já tinha entendido o recado. Deixa de ser idiota!- Falei e me levantei indo para o quarto para evitar mais perguntas desse tipo.
Ryck ainda reparou que eu não cheguei a negar daquela vez. Mas logo deixou para lá.

Entre Segredos e MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora