Conscience

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Thierry sentiu algo gelado sendo massageado sobre seu peito nu. O cheiro não era dos mais agradáveis, mas a sensação da substância pastosa em seu tórax era maravilhosamente relaxante. A ânsia de vomito que ele sentira há pouco tempo, quando alguém forçara um copo cheio d'água contra sua boca enquanto ele ainda estava sem o controle de si, estava bem melhor agora.


De repente, a massagem acabou e ele sentiu uma mão abrindo a sua boca enquanto dois dedos enfiavam algo lá dentro. A textura era seca, áspera, quebradiça e o gosto, indescritivelmente ruim. Tão ruim que ele interrompeu a massagem que havia recomeçado para levantar de onde estava deitado e por para fora seja lá o que haviam colocado em sua boca.


Um par de mãos segurou seu rosto. Os polegares estavam estrategicamente posicionados em seus lábios, impedindo-o de cuspir.


Thierry abriu os olhos e a primeira pessoa que viu foi Marlon.


- Não faça isso. - ele pedia. Sua voz estava distante mesmo ele estando com o rosto a um palmo do dele. - Deve engolir. É para o seu bem. Eu prometo.


Thierry espremeu os olhos e engoliu a coisa seca. As migalhas arranharam sua garganta e ele tossiu até desmaiar novamente. As mãos de Marlon saíram de sua boca e seguraram seus braços para impedi-lo de cair para frente.


- E agora, Folha? - Marlon perguntou tentando conter o desespero. - O que nós fazemos?


- Esperamos. Não podemos fazer nada além disso. Vá para a sala e espere seu pai chegar enquanto eu cuido dele.


Marlon assentiu e deixou o quarto.


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