Capítulo Trinta e Três

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Quando a noite chegou, fitei meu reflexo no espelho, usava um vestido vermelho que marcava a cintura e recaia sobre meu quadril.

Axel chegaria daqui a pouco, havia preparado este jantar para nos desligarmos um pouco de todo este estresse que tem sido pensar no casamento.

A campanhia soou, deixei o quarto direcionando-me a sala. Abri a porta.

Ele estava lindo, com uma camisa nude e uma calça jeans escura. Enlacei seu pescoço, beijando-o.

-Acho que virei mais vezes aqui, afinal você não me recepciona assim quando vai à minha casa.-Diz assim que nos desvinculamos.

-Não sou a anfitriã de lá.-Respondo fazendo-o rir.

Fechei a porta atrás dele. O auxiliei até chegarmos a cozinha.

Passamos uma noite agradável, apenas apreciando a companhia um do outro. Sem nos lembrar dos nossos compromissos, das sessões de fotos que precisávamos fazer ou dos preparativos para o casamento. Fora apenas nós dois ali, naquela noite. Sem preocupações.

...

Quinze dias depois.

Nervosismo, essa era uma boa palavra para me descrever neste momento. Minha mãe me fitava cheia de expectativas e Júlia parecia não saber lidar com a emoção, enquanto eu, apenas via meu reflexo.

O vestido rendado e rico em detalhes apenas reforçava o fato de ter feito uma boa escolha. Sorri. Minha maquiagem estava linda, com os olhos marcados e os lábios nude.

Meus cabelos caiam como uma cascata do meu lado esquerdo, o véu corria pelo cumprimento de meu vestido, denhando-o.

-Você está linda. -Minha mãe se pronunciou, emocionada.

-Obrigada.

Através da janela do quarto do hotel que estávamos, pude ver o sol se pondo. Tudo estava perfeito.

-Axel já está lá?-Pergunto.

-Sim. -Julia responde prontamente.

Ouvimos uma batida na porta, para logo em seguida a mesma se abrir relevando meu pai.

O mesmo me fita de cima a baixo.

-Minha menina... Você está linda. -Diz com os olhos marejados.

Sorrindo, o abraço.

-Nós vamos indo. -Minha sogra diz deixando o quarto juntos a minha mãe e as madrinhas, deixando-nos a sós.

-Obrigada, pai. -Agradeço desvinculando-me de seu abraço.

-Você cresceu, e sou muito feliz pela mulher que se tornou. Nunca se esqueça de suas origens, de que Deus está ao seu lado e que pode contar com Ele para o que precisar.

-Obrigada, pai. Sou imensamente grata a vocês.

Ele assente, me oferece o braço e o aceito. Respiro fundo.

Acompanhada por ele deixamos o hotel. Adentramos ao carro alugado. Sinto minhas mãos trêmulas, um frio no estômago, talvez nem se desejasse conseguiria ter comido algo hoje, a ansiedade não permitiria.

Sob Um Novo OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora