Capítulo Trinta e Sete

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O tempo havia passado mais rápido do que desejava, e nosso precioso tempo na Capadócia havia chegado ao fim... As malas já estavam prontas, e nos preparávamos para ir ao aeroporto.

Parte de mim já estava com saudade deste paraíso, ou talvez de tudo o que vivemos aqui. Possivelmente um mistura dos dois.

Sorri quando fechamos a porta e descemos a escada, por mais que fosse uma "despedida" desta cidade maravilhosa, também era uma boa vindas para a nossa incrível vida que nos esperávamos no sul.

A viagem foi tranquila, e quando chegamos fomos direto para nosso apartamento. O aroma doce de casa me trouxe certo conforto.

Tomamos um banho e logo me vi deitada sobre o peitoral de Axel que já dormia tranquilamente.

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O som do despertador ecoando pelo quarto me trouxe a tona de que estava na hora de voltar a ativa, literalmente.

Levantei-me, tomei uma ducha e troquei-me... Por fim, me despedi de Axel e deixei nosso prédio dirigindo a caminho do TC.

Parte de mim estava se sentindo mais leve, pois graças ao meu marido minha mente pôde tomar um novo rumo nestes últimos dias, e pude espairecer... Não pensei em deputados, ou em reportagens, doce realidade... Porém em algum momento teria de retornar as tarefas, correto? Cheguei ao prédio no horário, o porteiro me recepcionou com um sorriso fraternal nos lábios.

O elevador me levou até o meu andar, tudo estava tranquilo, até demais... Mal parece que este prédio passou uma semana inteira sem minha linda presença.

Haviam variados documentos do financeiro para assinar, e algumas matérias para permitir a publicação. Logo, foi um dia cheio, que mal percebi o tempo passar.

Quando finalmente deixei minha sala, senti o cansaço me dominar. Estralei meu pescoço, e percebo o alívio ao fazê-lo.

O trânsito estava bom, tranquilo. Nada se compararia a loucura do Rio, e isso me tranquiliza, afinal não demorava tanto para chegar em casa, ou talvez a certeza de que há alguém que realmente te ama a sua espera te traga este conforto.

Um sorriso toma meu lábios ao pensar em Axel, tudo o que passamos, cada toque, cada beijo e cada sensação ao seu lado tem se tornado eterno, desde a primeira vez que o vi de outra maneira. Desde a primeira vez que o beijei. Quando pequena sonhava, e até criava listas com as qualidades do meu futuro marido, e posso ver que Axel as esbanje naturalmente...

Estaciono o carro.

Chamo o elevador, não demora muito até as portas se abrirem. Aperto o botão de nosso andar, alguns minutos mais tarde estou no corredor.

Curiosamente, a porta estava aberta, então apenas adentrei. A sala estava silenciosa, vazia.

-Amor?

Ouço um som ecoar da cozinha, fecho a porta atrás de mim. Caminho até o som ecoado atrás de um sorriso amoroso, porém o que encontro faz meus passos cessarem.

Engulo a seco.

-Clara, tudo bem?-Certa voz feminina faz meu cenho franzir.

-O que faz aqui, Fernanda? -Pergunto imóvel.

-Vim visitá-los, e desejar a boas novas para a nova etapa de casados. -Diz com um sorriso cínico nos lábios.

Ela não mudou muito, seus cabelos ainda são negros, sua pele morena e se sua olhos escuros... Assim como me lembrava quando tínhamos quinze anos. Minha mente começa a recusar as lembranças negativas que me vêem a mente em relação a ela.

Sob Um Novo OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora