Capítulo Quarenta

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Voltamos para casa, conseguia caminhar, porém ainda doía. Ao adentrar nossa casa senti um alívio imenso me dominar, e um sentimento caloroso por ter Axel ao meu lado.

Um companheiro único, tudo o que pedi a Deus em minhas preces. E isso faz com que um sorriso tome meus lábios.

Naquela mesma noite dormi tranquilamente sobre seu peitoral, tentando decorar o som ritmado de seus batimentos, música para meus ouvidos. Chega a me assustar a forma com que o amo, tão intensa.

Quando vi Erick adentrar aquele quarto pude ver em seu olhar que o mesmo não tentaria algo com conotação sexual, ele iria além... Precisava de alguma forma vingar o fato de nunca ter me tido por completo, e parte de mim temeu morrer em seus mãos. Ali, em uma singelo quarto de hotel. 

Como me perdi tanto em mim ao ponto de não ter notado sua má índole quando o conheci? Talvez, fosse a insegurança de estar em outro estado, pode ter sido isto. Porém, sou incrivelmente grata à Deus por não ter permitido que me casasse com ele, que não me entregasse a ele. Vejo o quão Ele me livrou.

Como precisava de repouso mal me lentava, e as vezes que o fazia Axel me chamava a atenção. Contudo, este tempo em repouso me serviu pra pensar. Em tudo.

Pensei em como poderia ter feito as coisas diferentes antes de deixar Santa Catarina, ou em como deveria ter vindo mais vezes para casa visitar meus pais... Me fechei em meu próprio mundo, permitindo a entrada apenas de Erick, ou seria ele quem controlava as entradas? Não sei, contudo me sinto livre ao ver que tudo chegou ao fim. Me sinto bem.

Tenho ligado para Andressa, e a mesma está radiante pela gravidez, acho que nunca os vi tão felizes.

Em uma das noites, em que Axel já havia pegado no sono e pelo excesso de repouso não estava conseguindo dormir, comecei a pensar no meu desejo de ser mãe. Tão íntimo.

Chorei aquela noite, em silêncio, claro. Pedi, em um prece sincera para que de alguma forma Deus me permitisse ser mãe. Me permitisse gerar. Sei que para a medicina seria impossível, mas sei que Deus pode me dar um filho. E foi o que pedi. E por incrível que pudesse parecer aquela noite dormi melhor do que todas as outras. Em paz.

Hoje me sentia melhor, mais disposta e sem dor, graças a Deus.

Levantei-me, preparei um bom café da manhã, e apenas esperei Axel se levantar, comemos tranquilamente enquanto conversávamos sobre algumas amenidades. Foi também a primeira vez que saí de casa, fomos jantar na casa de meus pais, e foi muito agradável. Estava realizada, isso era notável.

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Um gemido me escapou enquanto rolava na cama.

-Clara, está tudo bem?-A voz preocupada de meu marido soou pelo quarto.

-Sim, só estou com um mal estar. -Respondo me sentando.

O ambiente está escuro, pego meu celular, são quatro horas da manhã e estou sentindo um mal estar terrível.

Axel também se sentou.

-Quer ir ao médico?

Antes que tivesse a chance de responder saio correndo em direção ao banheiro, vomitando assim que chego a bacia. E lá se foi o capuccino que tomei antes de dormir.

-Clara, está tudo bem?-Axel pergunta parado rente a porta do banheiro.

-Sim, apenas um mal estar. -Respondo enquanto dou a descarga.

Aproveito e escovo meus dentes.

-Tem certeza de que não quer ir ao médico?-Pergunta.

-Tenho, deve ser algo que comi. Pode ficar tranquilo.

Voltamos a nos deitar, seu peitoral se torna tão aconchegante.

-Eu te amo. -Diz enquanto massageia meus cabelos.

-Também te amo, meu amor. -Respondo.

Não demorei muito para pegar no sono novamente, ainda bem que o mal estar havia ido embora, pelo menos era o que parecia.

Abri meus olhos, o quarto já estava iluminado pelos raios solares, Axel ainda dormia tranquilamente. Estávamos na mesma posição.

Não me atrevo a me mexer, sentir seu calor é muito bom, ainda mais em uma manhã fria.

Sinto sua mão deslizar pela extensão das minhas costas.

-Bom dia. -Digo me virando para fitá-lo

-Dia.

Beijo-o, lentamente vai se intensificando, ele me rola na cama cobrindo-me com seu corpo, contudo o mesmo interrompe o beijo.

-Você está bem?-Pergunta parecendo preocupado.

-Sim, por que parou?

-Você estava passando mal...

-Isso faz horas, Axel. -Respondo tornando a beijá-lo.

Nos amamos, de uma forma única, e intensa. Tomamos um banho tranquilo e sussegado.

Axel me pediu para ir ao médico, porém não acho que tenha necessidade, tomei um remédio para o estômago e ótimo.

Pedimos alguns sushis para o almoço, e passamos uma tarde tranquila. Aproveito este últimos dias de folgas, pois logo volto a ativa e minha rotina volta ao normal...

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E aí, o que acharam???? 

Espero que tenham gostado!!!! 

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amo vocês

Sob Um Novo OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora