Capítulo Trinta e Quatro

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Deixamos o salão com uma música suave... O sol já acabava de se pôr, enquanto nossos sorrisos iluminava o ambiente. 

Fomos direcionados para um local onde há um corredor de árvore e flores, para nossa sessão de fotos. Os fotógrafos nos orientaram nas poses, e no fim realmente me senti a vontade, ao menos me lembrava que eles estavam ali, eternizando tal momento.

Adentramos ao salão sorrindo, sendo ovacionados pelos convidados. Aos poucos cada um veio ao nosso encontro para nos parabenizar, Guilhermo estava radiante, feliz. Parte de mim se alegrava ao ver que fiz a escolha certa, e que ao me verem realmente feliz, isso os alegra. Andresa, um pouco mais emotiva que o normal, me abraçou enquanto enxugava algumas lágrimas, enquanto me abraça pude ouvir a voz do meu irmão pedido a Axel que cuidasse de mim, sorri. Era bom sentir a harmonia e alegria que tomava o ambiente. 

Júlia e Davi foram os próximos, minha cunhada estava lindíssima, com uma maquiagem marcante e um batom vermelho. 

Meu amigo me abraçou logo em seguida, me parabenizando, e parte de mim se alegrou ao tê-lo ao meu lado neste dia tão especial... E assim, após cumprimentar cada um dos padrinhos pudemos caminhar tranquilamente até a pista de dança, onde a música "Rise up- Andra Day" começa a soar. 

Posiciono minhas mãos em volta do pescoço de meu marido, enquanto suas mãos seguem posicionadas em minha cintura. Lentamente, nossos passos sincronizados enfeitam o espaço. Mesmo com todos os olhares em nossa direção, sinto que existe apenas nós dois. Apenas as sensações que circulam por meu corpo.

-Eu te amo, e sempre estarei aqui por você... Sempre. -Digo, sussurrando.Ele sorri.

-Te amo tanto que me assusta, e independente da situação, sempre vou estar ao seu lado. -Diz me fazendo sorrir. 

Fito seus olhos, agora com uma coloração fraca devido a cegueira, porém vejo tantas coisas, tantas lembranças. E consigo ver a alegria presente ali, e isso me preenche de gratidão por ter tudo o que sempre pedi em minhas preces bem a minha frente. E com um sorriso agradeço silenciosamente por ter recebido o que pedi á Deus anos atrás. 

Permanecemos ali, em uma dança ritmada aos nossos batimentos cardíacos. Ao fim do último acorde senti vontade de apenas deixar nossa própria festa de casamento e apreciar o tempo a sós com meu marido, porém meu estômago me lembrou da fome que sentia, e digamos que este foi um bom aliado a decisão final de permanência.

Sentamo-nos a mesa reservada a nós, e não demora muito até um garçom vir nos servir, a carne de cordeiro estava maravilhosa. Realmente fizemos uma boa escolha.

A festa seguiu tranquilamente, meus pais junto aos meus sogros vieram nos parabenizar. Ambos estavam tão felizes.  Quando anunciei que jogaria o buquê, a maioria das convidadas se encontravam na pista de dança. Me posicionei no palco onde até então uma banda tocava animadamente. 

-No três!-Gritei para que todos me ouvissem. -Um... Dois... Três. 

E joguei.

Virei-me para observar quem havia pego, Júlia sorri um pouco sem graça com o buquê em suas mãos. De soslaio vejo meu sogro dizer ao meu marido quem havia pego o buquê, e por sua expressão ele também parece surpreso. 

E tudo seguiu dentro do esperado, o buffet, a música, tudo ocorreu perfeitamente. Quando deixamos a festa um carro já estava a nossa espera, adentramos nos bancos de trás, e como o motorista já sabia o endereço apenas começou a nos guiar até tal. 

Passaremos a noite em um hotel, apenas amanhã iremos viajar. E parte de mim está se corroendo pela expectativa. Sinto a mão de Axel segurar a minha, ele a leva até os lábios depositando um beijo, um arrepio percorre meu corpo. 

Sob Um Novo OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora