Capítulo 4 - Quem é Duda?

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 Química... Ouvi falar que algumas pessoas a têm. Uma atração que não pode ser quantificada ou explicada. Será a razão por trás disso? Perda de controle. Talvez haja algo que eu possa fazer, para haver um modo de negar o que ela provoca em mim. E agora?

Rodrigo Araújo

Que caralho essa garota tá fazendo na minha mecânica?

Na hora que vi aqueles olhos não conseguir não gaguejar, porra de garota!

-O que tem seu carro? - pergunto assim que ela chega atrás de mim.

-O motor tá fazendo um barulho que não tinha e claro, a porta está amassada... - diz me observando. - Falaram que você é um ótimo mecânico.

-É, eu sou. - digo voltando ao olhar para ela. - Vou olhar seu carro e amanhã eu te dou um parecer pode ser? - digo mais frio possível. - Vou fazer o orçamento e você pode me ligar pela manhã. - digo e entrego meu cartão pra ela. - Como pode ver agora estou cheio de trabalho, mais assim que eu aliviar...

-Seu porra porque desgraça não atende a merda desse celular? - Júlio sai do carro me xingando e para ao ver a tal Duda. - Você aqui? - fala num tom rude que até me surpreende.

-Eu vim trazer meu carro... - diz meio desconfortável. - Bom Rodrigo esse aqui é meu telefone. - ela pega uma caneta e papel na bolsa e anota seu número pra mim. - Caso eu não te ligue, pode me ligar e dizer o preço.

Eu pego da sua mão e sinto Júlio nos observando com curiosidade.

-Não vai ficar caro, eu acho. - digo com sinceridade.

-Eu e minha amiga vamos rachar. - diz meio envergonhada.

-Venho aqui só pra arrumar o carro ou para dar pro meu amigo? - Júlio pergunta.

-Cala essa boca Júlio. - xingo ele.

-Babaca! - ela fala olhando pra ele. - E só pra te avisar, abaixa seu bola querido pois clientes como você eu tenho aos montes. - vejo ele ficar vermelho de raiva. - E outra coisa, se seu amigo aqui quisesse algo comigo, ele iria até mim e não eu que viria aqui. Bom Rodrigo vou esperar sua ligação, aqui minhas chaves. - ela me dá um pequeno sorriso.

-Eu ligo. - falo vendo ela virar as costas e ir embora andando. - Que merda te deu? Não foi você que pagou uma fortuna pra passar uma noite com ela? Não gostou?

-Gostei sim, só que mulheres como ela tem que se tratar assim ou elas grudam. - eu gargalho.

-Ela te esnobou Júlio não seja ridículo. - ele se cala. - O que quer comigo? - pergunto com as chaves do carro dela em mãos.

-Meu carro tá com problema no freio, dá uma olha pra mim eu te pago. - fala.

-Eu nem te cobro mais Júlio te conheço. - Júlio é meu amigo mais é um caloteiro.

Os dois meninos que trabalham comigo me ajudam muito, não posso pagar muito mais eles aceitam pois os dois tem família para sustentar. Eu olho o carro do Júlio e consigo arrumar em menos de um hora e ele vai embora.

Os dois carros que eu precisava arrumar eu terminei e os donos já pegaram, peço para Breno colocar o carro de Maria Eduarda pra dentro pois só agora tive tempo para olhar.

-Gata a dona desse carro em. - fala Breno para José meu outro ajudante.

-Gata? Gostosa! - ri e eu continuo calado enquanto abro o capo do carro. - Muita areia pro nosso caminhão Breno, não é chefe?

-Não sei de nada e bora trabalhar e parar de falar de mulher. - digo de forma mais grosseira por não gostar do rumo da conversa.

Só porque pensei que nunca mais veria essa mulher, agora tenho que ouvir até meus funcionários falando dela.

Sua Afrodite - Série Paixões Perigosas - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora