Ana Clara
Sinto-me nas nuvens enquanto toco as tatuagens no peito e braços do Vinícius. Ele está deitado ao meu lado e parece relaxado.
Minha intimidade está dolorida, mas suportável. Relaxo nos seus braços ainda ouvindo o barulho dos bem-te-vis e da água do riacho batendo contra as pedras.
— Quando vamos nos casar?
Sinto o seu corpo ficar tenso com a minha pergunta. Ele parece bem irritado e me afasta, ficando de pé.
Não sei por que ele ficou assim. Minha vó disse certa vez que se uma mulher se entrega a um homem, eles têm que casar imediatamente. É o certo.
Levanto-me preocupada com a sua reação, e ele se veste rapidamente. Vinícius fica encarando o meu corpo com desejo e eu coro.
Jogo-me na água e lavo o meu corpo discretamente. Depois, ponho o meu vestido e a calcinha que estão ali perto.
Ele continua me encarando, agora totalmente vestido.
Aproximo-me timidamente e o abraço, sentindo o seu perfume masculino.
— Você ouviu a minha pergunta? — sussurro contra o seu peito.
— Sim. — diz sério, e eu levanto o rosto, encarando-o. — Vamos casar.
Abro um sorriso enorme e o meu peito parece que vai explodir de tanta felicidade. Ele sorri da minha animação.
— Quando? — questiono, ansiosa.
— Em breve. Primeiro preciso resolver as coisas com o meu pai. Talvez casemos daqui a dois meses, mais ou menos.
— Que bom. — eu o abraço. — Vamos ser muito felizes.
— Sim... vamos. — ele se afasta e desamarra o cavalo.
Ele monta no animal antes de me ajudar a montar na sua frente. Não consigo conter o sorriso e a felicidade que estou sentindo.
É muito bom ficar assim; tão próxima a ele e sentindo o seu calor.
Vinícius me deixa perto de casa e dá meia volta, afastando-se com um sorriso no rosto.
Deve está feliz assim como eu.
Enquanto entro em casa não paro de pensar no nosso momento no riacho. Foi maravilhoso e eu até esqueci a raiva em tê-lo visto com a garota loira na cama.
— Eu amo você, Vinícius. — penso em voz alta.
— Está falando sozinha, minha neta? — vovó Mercedes me assusta, entrando no quarto pequeno.
Meu rosto esquenta.
— Não é nada. Eu só estava pensando alto, vó.
— Hm... — me olha desconfiada, mas não insiste no assunto. — O almoço já está na mesa.
— Que bom. Estou faminta. — beijo sua bochecha, e ela sorri.
Seguimos para a cozinha e nos servimos com a refeição que ela conseguiu na vila vizinha.
— Amanhã preciso ir à outra vila vender os meus artesanatos.
— Se quiser, posso ir junto.
— Não precisa, Aninha. Estou indo lá bem cedo e espero vender tudo.
Minha vó faz artesanatos lindos, desde cortinas até tapetes de retalhos. Eu sei o básico porque ela me ensinou e até já fiz alguns. Mas não sou tão boa quanto ela.
— Dona Lurdes vai me pagar para lavar as roupas dela de novo. Já é uma ajuda e eu vou hoje à tarde. — digo com a boca cheia.
— Que bom, querida.
Após o almoço, aproveito para lavar as louças e limpar a cozinha, enquanto minha vó descansa na rede dela.
Ela tem 62 anos, mas nem por isso deixa de ser ativa. Vovó Mercedes é a minha única família, desde que os meus pais me abandonaram ainda pequena. Ela sempre cuidou de mim, dando-me amor e carinho, e eu sou muito grata a ela por isso.
Depois de limpar tudo, fico sentada por ali, matutando sobre o rumo que a minha vida tomou desde que conheci o Vinícius. Nunca fui tão feliz na minha vida e já estou com muita saudade dele.
No caminho, quando ele me trouxe no seu cavalo ainda a pouco, o mesmo disse que ninguém, inclusive a minha vó, pode saber do nosso envolvimento por enquanto. Ele disse que precisa ter tudo organizando com relação ao nosso casamento para falar com todos.
Concordei com isso, pois confio nele.
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A Aninha é muito inocente, né? Vocês acham que o Vinícius está sendo sincero com ela?
Não esqueçam de comentar. Se gostaram do capítulo, deixem suas estrelinhas😊💖Bjs Lucy😘
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A Redenção Do Bad Boy
RomanceAté que ponto o amor pode ser destrutivo? A ingênua Ana Clara de 16 anos não pensou nisso quando se envolveu com Vinícius de Albuquerque Velásquez, um jovem rico da cidade grande. Ela só não esperava que ele se mostrasse tão cruel. Agora grávida, e...