c a p í t u l o 52🌻

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Vinícius

Encaro a Ana Clara, chocado e sem acreditar que ela está bem na minha frente como sempre desejei.

Agradeço mentalmente ao meu pai por ter insistido que eu viesse a essa droga de festa.

Finalmente a encontrei!

Um sorriso enorme de felicidade toma conta do meu rosto ao tê-la tão perto de mim. Sinto o seu cheiro inesquecível e vejo os seus olhos molhados por lágrimas.

Droga! Eu não queria fazê-la chorar.

— Vinícius?! — parece não acreditar que estou na sua frente.

— Senti sua falta. — eu a aproximo cada vez mais de mim, porém meu sorriso de satisfação some quando seu rosto fica vermelho e ela se debate nos meus braços.

— Solte-me! — grita.

Sinto-me afundando aos poucos com a sua rejeição.

Porra! Entendo que ela me odeie depois de tudo o que fiz, mas é difícil compreender que ela não me quer por perto.

— Não consigo! — aproximo nossos rostos, sentindo a felicidade de tê-la tão perto me inundar. —Fui atrás de você, mas não te encontrei. Não teve um maldito dia que eu não pensasse em você. Eu...

— Pare de mentir, seu canalha! — grita, e o meu mundo desmorona. — Como tem coragem de dizer que me procurou, se você foi o primeiro a me abandonar grávida de um filho seu?!

Fico quieto, assimilando o que ela disse. Fui a merda de um covarde mesmo!

— Me perdoa, amor. — aperto sua cintura, vendo o quanto está linda. — Juro que fui atrás de você no vilarejo, mas não te encontrei mais.

— Não acredito! — murmura, aborrecida. — Você só sabe mentir. E eu, burra, acreditei em você!

— Sei que errei. Eu me culpo todos os dias por isso, mas só preciso que me perdoe... — sinto meus olhos arderem. — Eu te amo, Ana Clara. Fiz tanta merda e nem mereço que você me perdoe, mas, por favor, só me dá uma chance de provar que eu realmente mudei e não sou aquele Vinícius covarde de antes.

— Solte-me. Quero ir embora daqui. — ela vira o rosto e não parece acreditar em nada do que eu falei. — Chega de mentiras! Não quero te ver nunca mais. Já estou refazendo minha vida e não preciso de você.

Fico em choque com suas palavras apesar de merecer ouvi-las. Eu mesmo causei isso.

— Só me deixa te ajudar com o bebê... — observo sua barriga, encantado, e já noto uma pequena elevação. Sinto um nó na garganta ao ver a pequena evidência do que criamos juntos. — Não quero que falte nada para vocês. Posso ajudar financeiramente e...

— Chega! — praticamente grita e suas lágrimas molham o rosto delicado. — Meu bebê e eu estamos muito bem e não precisamos de você ou do seu dinheiro.

— Não diz isso. Quero estar perto de vocês.

— Mas eu não quero! — murmura, deixando-me boquiaberto. Ana Clara mudou comigo; eu fiz isso com ela quando a machuquei no passado. — Fique longe de nós! Não me procure e vá viver sua vida com a Victória ou com quem quer que seja; não me importa.

— Não tive mais nada com a Victória.

— O quê? Espera que eu acredite nisso? Aliás, vocês pareciam muito bem quando os flagrei na cama. — sorri com ironia, balançando a cabeça.

— Droga, Ana Clara! Depois daquele dia, não nos encontramos mais, pode acreditar. Mandei-a cair fora um dia desses, porque não parava de me perseguir e falou besteiras sobre você. Fico mais no meu apartamento, sozinho.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora