Vinícius
Encaro a Ana Clara, chocado e sem acreditar que ela está bem na minha frente como sempre desejei.
Agradeço mentalmente ao meu pai por ter insistido que eu viesse a essa droga de festa.
Finalmente a encontrei!
Um sorriso enorme de felicidade toma conta do meu rosto ao tê-la tão perto de mim. Sinto o seu cheiro inesquecível e vejo os seus olhos molhados por lágrimas.
Droga! Eu não queria fazê-la chorar.
— Vinícius?! — parece não acreditar que estou na sua frente.
— Senti sua falta. — eu a aproximo cada vez mais de mim, porém meu sorriso de satisfação some quando seu rosto fica vermelho e ela se debate nos meus braços.
— Solte-me! — grita.
Sinto-me afundando aos poucos com a sua rejeição.
Porra! Entendo que ela me odeie depois de tudo o que fiz, mas é difícil compreender que ela não me quer por perto.
— Não consigo! — aproximo nossos rostos, sentindo a felicidade de tê-la tão perto me inundar. —Fui atrás de você, mas não te encontrei. Não teve um maldito dia que eu não pensasse em você. Eu...
— Pare de mentir, seu canalha! — grita, e o meu mundo desmorona. — Como tem coragem de dizer que me procurou, se você foi o primeiro a me abandonar grávida de um filho seu?!
Fico quieto, assimilando o que ela disse. Fui a merda de um covarde mesmo!
— Me perdoa, amor. — aperto sua cintura, vendo o quanto está linda. — Juro que fui atrás de você no vilarejo, mas não te encontrei mais.
— Não acredito! — murmura, aborrecida. — Você só sabe mentir. E eu, burra, acreditei em você!
— Sei que errei. Eu me culpo todos os dias por isso, mas só preciso que me perdoe... — sinto meus olhos arderem. — Eu te amo, Ana Clara. Fiz tanta merda e nem mereço que você me perdoe, mas, por favor, só me dá uma chance de provar que eu realmente mudei e não sou aquele Vinícius covarde de antes.
— Solte-me. Quero ir embora daqui. — ela vira o rosto e não parece acreditar em nada do que eu falei. — Chega de mentiras! Não quero te ver nunca mais. Já estou refazendo minha vida e não preciso de você.
Fico em choque com suas palavras apesar de merecer ouvi-las. Eu mesmo causei isso.
— Só me deixa te ajudar com o bebê... — observo sua barriga, encantado, e já noto uma pequena elevação. Sinto um nó na garganta ao ver a pequena evidência do que criamos juntos. — Não quero que falte nada para vocês. Posso ajudar financeiramente e...
— Chega! — praticamente grita e suas lágrimas molham o rosto delicado. — Meu bebê e eu estamos muito bem e não precisamos de você ou do seu dinheiro.
— Não diz isso. Quero estar perto de vocês.
— Mas eu não quero! — murmura, deixando-me boquiaberto. Ana Clara mudou comigo; eu fiz isso com ela quando a machuquei no passado. — Fique longe de nós! Não me procure e vá viver sua vida com a Victória ou com quem quer que seja; não me importa.
— Não tive mais nada com a Victória.
— O quê? Espera que eu acredite nisso? Aliás, vocês pareciam muito bem quando os flagrei na cama. — sorri com ironia, balançando a cabeça.
— Droga, Ana Clara! Depois daquele dia, não nos encontramos mais, pode acreditar. Mandei-a cair fora um dia desses, porque não parava de me perseguir e falou besteiras sobre você. Fico mais no meu apartamento, sozinho.
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A Redenção Do Bad Boy
RomanceAté que ponto o amor pode ser destrutivo? A ingênua Ana Clara de 16 anos não pensou nisso quando se envolveu com Vinícius de Albuquerque Velásquez, um jovem rico da cidade grande. Ela só não esperava que ele se mostrasse tão cruel. Agora grávida, e...