c a p í t u l o 48🌻

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Vinícius

Durante o domingo, visto uma roupa qualquer antes de ligar a TV. Distraio-me com um filme de ação até ouvir o barulho da campainha.

Sigo em direção à porta, abrindo-a com um suspiro de irritação.

Victória me encara, esboçando um sorriso de alegria. Quando tenta me abraçar, recuo alguns passos, deixando-a aparentemente confusa.

Depois preciso me entender com o porteiro, que nem me avisou sobre sua subida. Aposto que Victória fez um de seus joguinhos com o cara.

— O que você quer? — sou direto.

— Podemos conversar? — ela encara o corredor, então eu faço um gesto para ela entrar.

— Conversar sobre o quê? — questiono.

Victória põe a bolsa em cima do sofá e se aproxima. Está linda enfiada em uma calça jeans justa e em uma regata preta, mas, por incrível que pareça, não sinto um pingo de tesão.

— Você não atendeu minhas ligações nem respondeu minhas mensagens. Sinto sua falta, Vini. — faz um biquinho.

— Nunca tivemos nada sério. Por que as cobranças?

— Você é tão desagradável. — percorre meu abdômen com a mão. — Sinto falta dos nossos momentos juntos. Nunca mais transamos ou nada do tipo.

— Nem vamos! Se você veio aqui para isso, é melhor ir embora.

Victória parece chocada a rejeição, mas logo se recupera e põe um sorrisinho no rosto.

— Ah... Consigo entender. — me observa atentamente. — Laura me contou sobre sua ida à fazenda. Fiquei sabendo que foi buscar aquela caipira.

— Isso não é da sua conta!

— Sei que não, mas se a caipira te encantou ao ponto de você fazer isso, eu posso te encantar ainda mais na cama. A tonta da Ana Clara só foi uma novidade sem graça na sua vida, confessa. Aquela selvagem nem se compara ao que eu posso ser pra você.

— Acho melhor parar por aí, Victória. — alerto, tentando controlar a paciência que já tá pouca. — Amo a Ana Clara e não vou permitir que fale assim dela, entendeu? — murmuro com o maxilar apertado.

Ela fica surpresa.

— Então é mais grave do que eu pensava! Só não entendo como pode dizer que a ama depois do que fez com ela. — amplia os olhos. — Aquela caipira imunda conseguiu te fisgar, né? — dá um sorrisinho de deboche.

Antes que ela possa falar mais alguma coisa, eu me aproximo e seguro seus ombros com firmeza.

Victória fica assustada diante do meu olhar.

— Cala a boca, vadia! — disparo entredentes. — A única imunda aqui é você! Sei que fui um merda com a Ana Clara e não tem um maldito dia que eu não me culpe por isso, mas não vou permitir que abra sua boca suja pra falar dela. Entendeu ou quer que eu soletre?

Ela continua me observando, assombrada, então eu a solto.

Victória se afasta de mim, pegando sua bolsa.

— Você é um babaca, Vinícius! Você e essa caipira maldita ainda vão me pagar. Pode escrever o que estou dizendo.

— Cai fora daqui, caralho! — aponto a porta, e ela me dá as costas, bufando de raiva, antes de fazer o que ordenei.

🍁


À noite, por volta das 23 horas, visto uma camiseta branca de mangas compridas, calça jeans e tênis. Com a chave do carro e minha carteira, deixo a cobertura, entrando na avenida principal rumo à boate mais famosa de BH.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora