c a p í t u l o 19🌻

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Vinícius

Observo o movimento da festa, bebendo o meu uísque enquanto Victória não fecha a matraca.

Garota chata!

— Você anda muito estranho ultimamente, Vini. — ela me analisa. — O que está acontecendo?

— Não sei do que você tá falando.

Ela bufa sem acreditar.

A festa está bem animada, e boa parte dos filhos dos fazendeiros locais está aqui, dançando e se entupindo de álcool. Eu, por outro lado, estou entediado e ainda tenho que aturar a chata da Victória.

Mereço!

— Estou falando com você! Odeio quando me ignora.

Reviro os olhos.

— Eu já disse que não tá acontecendo nada. Virou minha psicóloga agora, porra?! — perco a paciência.

— Não precisa me tratar assim — murmura indignada. — Só estou preocupada com você. Somos amigos, esqueceu?

— Sei... — continuo bebendo, distraído. — Me deixa em paz! — lanço um olhar para a piscina, onde duas garotas bêbadas estão rindo sem qualquer motivo aparente.

Sem poder evitar, meus pensamentos seguem diretamente para a Ana Clara e fico me perguntando se ela já foi dormir.

Cerro a mandíbula ao me pegar pensando nela outra vez.

Merda!

Aproveito quando uma das empregadas passa com uma bandeja cheia de copos e pego outra bebida mais forte. Preciso tirar esses pensamentos absurdos da cabeça.

Uma garota caminha por ali e chama minha atenção. Ela percebe o meu olhar e sorri descaradamente. Até que é gostosa, mas seus cabelos não são suficientemente castanhos nem os seus lábios tão carnudos e delicados quanto os da Aninha.

Caralho! Que porra eu tô pensando?!

Esvazio o meu copo de bebida e pego outro, até ficar meio tonto. Não posso ficar pensando merda, então é melhor beber.

— Se controla, garoto! Quer entrar em coma alcoólico? — Victória me encara quando pego outro copo.

— Virou minha mãe agora? — lanço um olhar irônico na sua direção.

— Só não quero ter que te carregar para dentro. — ela se aproxima, colocando a mão no meu peito. — Sou uma boba por me preocupar com você, mas não consigo evitar.

Fico em silêncio e ela me beija. Retribuo, até porque não sou de ferro, mas tenho a sensação de que não são esses lábios que eu gostaria de estar beijando.

Interrompo o beijo e ela me olha confusa.

Ignoro, desviando o olhar.

Preciso comer alguém, é isso! Só preciso encontrar uma garota bem gostosa nessa porra de festa. Posso conseguir isso facilmente, sem problema. Eu poderia pegar a Victória, mas hoje tô afim de carne nova. É disso que preciso pra tirar a caipira da cabeça.

Observo uma gatinha do outro lado da piscina e ela me encara de volta com um sorrisinho. Observo a sua bunda empinada, sem disfarçar. Talvez essa sirva. Apesar de estar sentindo certo desejo pela garota, não é nada fora do comum e que me faça perder a cabeça. Confesso que isso está me incomodando pra caralho.

Observo o líquido âmbar no meu copo, distraído, então um cheiro conhecido e viciante chega até mim. Fico confuso por um momento, mas logo chego à conclusão de que a minha mente tá me pregando uma peça.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora