c a p í t u l o 53🌻

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Vinícius

No apartamento, jogo-me de qualquer jeito no sofá da sala. Minha cabeça tá uma bagunça depois do meu encontro com a Ana Clara. Depois que a perdi de vista, fiquei dirigindo sem rumo pela cidade.

Nunca pensei que ficaria à mercê de tantos sentimentos. Se alguém me dissesse no passado que eu iria ficar de quatro por uma mulher como estou pela Aninha, eu riria e xingaria a pessoa. Mas me tornei a porra de um chorão quando percebi que não posso viver sem minha mulher e meu filho.

Porra... Só quero ficar perto deles! Mas a cagada já foi feita e não posso simplesmente chegar com a maior cara lavada e dizer que me arrependi, embora isso seja verdade. Mereço cada palavra que ouvi da Ana Clara, apesar de doer pra cacete.

Juro que me arrependi do que fiz com ela e só quero tê-la perto de mim, como minha mulher e mãe do meu filho. Porém o seu olhar de dor me fez entender que não vai ser fácil ter o seu perdão.

Solto um suspiro de exaustão, recostando a cabeça contra o encosto do sofá.

Por outro lado, apesar da nossa briga recente, foi bom sentir o cheiro dela e tocá-la depois de tanto tempo.

Fico de pé, caminhando até a cozinha. Pego uma garrafa de vodca antes de beber seu conteúdo direto no gargalo. Sinto a ardência da bebida contra minha garganta e deixo ela me aliviar nem que seja por alguns instantes.

Caminho de volta para a sala enquanto tiro minha camiseta preta, ficando só de calça jeans.

De repente, o interfone toca e fico de pé. Atendo-o sem paciência.

— O que é?

— Senhor Vinícius... — diz Paulo. — Tem uma moça muito bonita querendo subir.

— Quem é? — questiono curioso. Só espero que não seja a Victória.

— Ela disse que se chama Raquel Andrade. Posso deixá-la subir? A moça não para de chorar.

Fico cada vez mais curioso.

O que pode ter acontecido?

— Claro. Mande-a subir. — murmuro.

Eu me pergunto o que ela tá fazendo aqui uma hora dessas. Acho que já é uma da manhã.

Volto para o sofá. Minha vontade era ter proibido o porteiro de deixar Raquel subir, mas ela nunca me fez nada de mal e pode está precisando de ajuda, então não vejo problema, apesar de querer ficar sozinho nesse momento.

Não demora muito para a companhia tocar.

Sigo até a porta, abrindo-a. Antes que eu possa falar alguma coisa, Raquel se joga nos meus braços e chora contra o meu peito.

— Estou tão triste, Vini.

Seguro-a, espantando com o seu surto. Quando ela se acalma e se afasta, tranco a porta.

— O que aconteceu? — questiono.

— Victória foi ao meu apartamento e me falou coisas horríveis, assim que eu disse que você me salvou daquele monstro na balada. Ela se irritou quando revelei que você me deu uma carona para casa e rompeu nossa amizade de anos. — funga, balançando a cabeça.

— Sinto muito. — murmuro um pouco aéreo, já que estou meio embriagado. — Como soube onde eu moro?

— Liguei para o Luan e pedi o endereço. — cora perceptivelmente quando encara meu torso nu.

Cato minha camiseta no chão e visto-a rapidamente.

— Como eu estava me sentindo muito sozinha lá em casa, decidi vir aqui de carro. Já imaginava dar volta perdida, pensando que você estava dormindo.

A Redenção Do Bad BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora