Ana Clara
Dia seguinte...
Desperto com um choro alto dentro do quarto. Sorrio apesar do cansaço e me empurro para fora da cama.
Sigo em direção ao berço, vendo o meu Matheus abrir o maior berreiro. Seu rostinho está vermelho e impaciente. Seus olhos estão apertados, como se estivesse esperando há muito tempo.
Eu o pego, colocando-o contra mim.
— Oi, meu amor. A mamãe tá aqui.
Eu o embalo, seguindo até a cama. Abro a sua fralda e noto o motivo do choro. Ela está cheia. Descarto a fralda, e o levo até o banheiro no outro lado do corredor. Depois de banhá-lo com todo o cuidado, ele fica mais calmo.
— Esse anjinho já está tomando banho? — Beatriz põe a cabeça no vão da porta. — Ele gosta de banhar. A maioria dos bebês faz a maior birra.
— Sim, ele ama banhar. Às vezes até chora quando o tiro da água.
Depois do banho, eu o carrego de volta para o quarto. Procuro outra fralda e o visto de maneira confortável. Ele logo choraminga, querendo mamar e eu dou o que ele quer. Minutos depois, saio do quarto e encontro a minha vó na cozinha tomando café.
— Bom dia — murmuro.
— Bom dia, Aninha. — ela sorri, observando o bebê. — Bom dia, amor da bisa.
Matheus está todo sério, e eu sorrio.
— Me dê ele aqui. — Vovó estende os braços, e eu o coloco em seu colo. — Ele já mamou?
— Sim. Já arrotou também.
— Que bom. — ela afina a voz para falar com ele. — Gostou de banhar, Matheus?
É claro que o bebê não responde, só resmunga na sua linguagem característica.
— A senhora vai mesmo hoje à tarde.
— Sim. Clarisse vem as três, né?
— Isso.
— Você não quer me contar o que ela disse pra você?
— Não posso. Perdoe-me, mas prometi guardar segredo. Ela disse que vai contar tudo para a senhora. Acho que só ela vai saber explicar.
— Estou tão curiosa.
— A senhora vai saber de tudo hoje à tarde. Fica tranquila.
Ela solta um suspiro e o sorriso volta ao seu rosto quando encara o bebê.
***
À tarde, depois que minha vó sai no carro de Clarisse, eu me vejo sozinha em casa, somente com o meu filho. Ele está tirando um cochilo em seu berço, então aproveito para assistir TV.
Tenho que aproveitar enquanto o Matheus dorme, pois quando ele acordar vai querer a atenção só para si.
Depois de assistir um filme qualquer, sigo para o banheiro com a intenção de tomar um banho demorado. Ligo o chuveiro, deixando a água cair sobre o meu corpo de maneira suave. Isso aqui nem se compara aos mergulhos que eu dava no riacho da minha antiga cidade, mas é relaxante.
Minutos depois, saio enrolada em uma toalha e sigo para o quarto.
A toalha quase cai quando eu me deparo com a cena a minha frente.
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A Redenção Do Bad Boy
RomanceAté que ponto o amor pode ser destrutivo? A ingênua Ana Clara de 16 anos não pensou nisso quando se envolveu com Vinícius de Albuquerque Velásquez, um jovem rico da cidade grande. Ela só não esperava que ele se mostrasse tão cruel. Agora grávida, e...